Uma Simples Mulher II Capítulo 2-
A Meditação Dinâmica.
A Meditação Dinâmica Criada pelo Mestre Rajneesh é apropriada para ser feita na parte da manhã, logo ao acordar.
Ela é a meditação do despertar e nos prepara para ter um dia muito ativo, bem humorado e produtivo.
A primeira parte consta de respirar intensamente por 10 minutos, com ênfase em soltar o ar, cada vez mais rapidamente, o que provoca uma limpeza nos pulmões e uma revigoração de todo o organismo.
A segunda parte é a catarse: você deixa seu corpo se expressar da forma que ele quiser, seja se movimentando, chorando, rindo, gritando, fazendo gestos.
Depois vem a parte de pular, batendo os calcanhares no chão e gritando o mantra “hu”, o que te deixa exausto.
Em seguida a total imobilidade e silêncio por 15 minutos.
Finalmente a dança e a celebração finais.
Uma loucura muito positiva!
Logo de inicio eu gostei e senti que iria me fazer muito bem; corri a tirar uma cópia da fita cassete que tinha as musicas apropriadas para cada parte da meditação.
Combinamos que faríamos cada uma em sua casa, pois tinha que ser feita de manhã.
Nos primeiros cinco dias nada de diferente se passou. Na hora da catarse meu corpo se mexia muito e um sentimento de raiva se apossava de mim.
Do sexto ao décimo dia, sentia vontade de movimentar o corpo de determinadas maneiras. Parecia que meu corpo “escolhia” qual parte mexer: os braços, as mãos. Na hora do silencio eu sentia como se houvesse uma capa em torno de mim.
Do décimo primeiro ao décimo sexto dia, comecei a sentir que meu corpo se movia conscientemente: às vezes trabalhava com os braços, às vezes com a cintura. Aumentou a minha percepção de mim mesma, o intestino regulou-se.
No décimo sétimo dia, eu tinha dormido mal, porque tinha planejado acordar mais cedo para fazer a meditação de manhã. Até aqui eu fazia à tarde, mas tive a intuição para fazer antes de sair para o trabalho. Tinha que acordar as cinco e trinta, porque às seis e meia eu já tinha que acordar as crianças e preparar-nos para sair.
Levantei-me as cinco e quarenta e fui fazer a dinâmica. Eu fazia no quarto da frente da casa, longe dos outros quartos onde eles dormiam.
Coloquei a musica em volume baixo, fechei a porta e na hora da catarse gritava só com gestos, sem soltar o som.
Na hora do silêncio, tive uma experiência um tanto angustiante: senti que havia sobre o meu peito e meu ventre, desde o pescoço até a barriga, uma carapaça pesada, uma couraça como aquelas usadas pelos jogadores de futebol americano.
Essa couraça me impedia de respirar direito e pesava tanto que precisei curvar-me para frente. Não consegui dançar na hora da celebração e passei o dia todo com certo mal estar que só passou no dia seguinte, após dormir uma noite toda.
Do décimo oitavo ao décimo nono dias houve movimentação intensa do corpo.
No vigésimo dia a minha amiga Celina me telefonou apavorada: tivera contato com um medo incrível, que a deixara totalmente apavorada. O corpo tinha se descontrolado e os olhos e a língua pareciam querer saltar para fora! Fiquei assustada!
No vigésimo primeiro e segundo dias meu corpo parou de se mover! Acho que eu tinha ficado com medo; eu era muito influenciável.
Mas do vigésimo terceiro dia em diante, meu corpo voltou a mover se com vigor e eu sentia cada vez mais que estava no caminho certo e que todo um trabalho comigo mesma estava se iniciando: eu tinha encontrado um caminho de volta a mim mesma.
Dia 01 de outubro de 1981
“Hoje, dia primeiro de outubro, continuo com a Meditação Dinâmica. O meu corpo move-se, se expressa durante a meditação, mas perdi aquela sensação que estava tendo durante todo o dia, de consciência do corpo. Acho que isso ocorreu porque parei de observar o corpo como eu vinha fazendo, durante o dia todo. Os fenômenos que sinto durante a meditação são: girar até cair, choro, massagem em mim mesma. Não estou conseguindo fazer o “hu”, porque o meu corpo gira e cai. Poderá haver interferência de entidades estranhas? Como se explica a letargia da minha amiga Liliana que fica horas em estado de semi sonolência durante o dia? Sentimos demais a necessidade de orientação, de conversar com pessoas que já passaram por tudo isso.”
Por ai se vê quantas dúvidas e medos nós tínhamos e não sabíamos explicar nada.
Mas ao mesmo tempo eu tinha uma certeza: eu estava no meu caminho certo e continuando com as meditações, tudo iria se aclarando à medida que minha própria consciência fosse se expandindo e iluminando.
Mas tudo isso eram intuições muito delicadas e eu precisava aprender a confiar nelas e não em tudo que eu lia, ouvia e pegava das outras pessoas e do mundo ao meu redor: deixar de ser insegura e influenciável, eis a minha lição!
continua... 
A Meditação Dinâmica.
A Meditação Dinâmica Criada pelo Mestre Rajneesh é apropriada para ser feita na parte da manhã, logo ao acordar.
Ela é a meditação do despertar e nos prepara para ter um dia muito ativo, bem humorado e produtivo.
A primeira parte consta de respirar intensamente por 10 minutos, com ênfase em soltar o ar, cada vez mais rapidamente, o que provoca uma limpeza nos pulmões e uma revigoração de todo o organismo.
A segunda parte é a catarse: você deixa seu corpo se expressar da forma que ele quiser, seja se movimentando, chorando, rindo, gritando, fazendo gestos.
Depois vem a parte de pular, batendo os calcanhares no chão e gritando o mantra “hu”, o que te deixa exausto.
Em seguida a total imobilidade e silêncio por 15 minutos.
Finalmente a dança e a celebração finais.
Uma loucura muito positiva!
Logo de inicio eu gostei e senti que iria me fazer muito bem; corri a tirar uma cópia da fita cassete que tinha as musicas apropriadas para cada parte da meditação.
Combinamos que faríamos cada uma em sua casa, pois tinha que ser feita de manhã.
Nos primeiros cinco dias nada de diferente se passou. Na hora da catarse meu corpo se mexia muito e um sentimento de raiva se apossava de mim.
Do sexto ao décimo dia, sentia vontade de movimentar o corpo de determinadas maneiras. Parecia que meu corpo “escolhia” qual parte mexer: os braços, as mãos. Na hora do silencio eu sentia como se houvesse uma capa em torno de mim.
Do décimo primeiro ao décimo sexto dia, comecei a sentir que meu corpo se movia conscientemente: às vezes trabalhava com os braços, às vezes com a cintura. Aumentou a minha percepção de mim mesma, o intestino regulou-se.
No décimo sétimo dia, eu tinha dormido mal, porque tinha planejado acordar mais cedo para fazer a meditação de manhã. Até aqui eu fazia à tarde, mas tive a intuição para fazer antes de sair para o trabalho. Tinha que acordar as cinco e trinta, porque às seis e meia eu já tinha que acordar as crianças e preparar-nos para sair.
Levantei-me as cinco e quarenta e fui fazer a dinâmica. Eu fazia no quarto da frente da casa, longe dos outros quartos onde eles dormiam.
Coloquei a musica em volume baixo, fechei a porta e na hora da catarse gritava só com gestos, sem soltar o som.
Na hora do silêncio, tive uma experiência um tanto angustiante: senti que havia sobre o meu peito e meu ventre, desde o pescoço até a barriga, uma carapaça pesada, uma couraça como aquelas usadas pelos jogadores de futebol americano.
Essa couraça me impedia de respirar direito e pesava tanto que precisei curvar-me para frente. Não consegui dançar na hora da celebração e passei o dia todo com certo mal estar que só passou no dia seguinte, após dormir uma noite toda.
Do décimo oitavo ao décimo nono dias houve movimentação intensa do corpo.
No vigésimo dia a minha amiga Celina me telefonou apavorada: tivera contato com um medo incrível, que a deixara totalmente apavorada. O corpo tinha se descontrolado e os olhos e a língua pareciam querer saltar para fora! Fiquei assustada!
No vigésimo primeiro e segundo dias meu corpo parou de se mover! Acho que eu tinha ficado com medo; eu era muito influenciável.
Mas do vigésimo terceiro dia em diante, meu corpo voltou a mover se com vigor e eu sentia cada vez mais que estava no caminho certo e que todo um trabalho comigo mesma estava se iniciando: eu tinha encontrado um caminho de volta a mim mesma.
Dia 01 de outubro de 1981
“Hoje, dia primeiro de outubro, continuo com a Meditação Dinâmica. O meu corpo move-se, se expressa durante a meditação, mas perdi aquela sensação que estava tendo durante todo o dia, de consciência do corpo. Acho que isso ocorreu porque parei de observar o corpo como eu vinha fazendo, durante o dia todo. Os fenômenos que sinto durante a meditação são: girar até cair, choro, massagem em mim mesma. Não estou conseguindo fazer o “hu”, porque o meu corpo gira e cai. Poderá haver interferência de entidades estranhas? Como se explica a letargia da minha amiga Liliana que fica horas em estado de semi sonolência durante o dia? Sentimos demais a necessidade de orientação, de conversar com pessoas que já passaram por tudo isso.”
Por ai se vê quantas dúvidas e medos nós tínhamos e não sabíamos explicar nada.
Mas ao mesmo tempo eu tinha uma certeza: eu estava no meu caminho certo e continuando com as meditações, tudo iria se aclarando à medida que minha própria consciência fosse se expandindo e iluminando.
Mas tudo isso eram intuições muito delicadas e eu precisava aprender a confiar nelas e não em tudo que eu lia, ouvia e pegava das outras pessoas e do mundo ao meu redor: deixar de ser insegura e influenciável, eis a minha lição!
continua...