À queima roupa

Foi numa tarde

Aparentemente igual,

Entre gargalhadas,

Brincadeiras rasgadas

Tudo tão normal.

De repente ouve-se

Quase perdido,

Um ruído... “Muito prazer!”

“Como vai você?!”

Distante estampido.

Imperceptível

Suave, inocente

Foi esse o som que se fez

Quando meu olhar

Encontrou o teu

Pela primeira vez.

Esse ruído,

Parecia mais beijo sentido

Não consumido...

...Não consumado...

...Gosto tomado,

Vidro quebrado!

O mundo sumiu

Silêncio de vez

Agora senti

O dano se fez.

Ainda tentei,

Proteger a área da razão

Ignorando o desejo real

Mas já atingida no coração,

Escorreu, sangue fervente...Foi fatal!

Nada mais naquela tarde,

Pode ser feito,

Achada por um olhar perdido

Moralmente, ferida no peito.

Deixei um gemido fugir,

Atingida... adorando sentir

Desesperada, como louca...

Com prazer fulminante,

Morrendo em seus braços

De um desejo... à queima roupa!

Deia Martins
Enviado por Deia Martins em 25/01/2009
Reeditado em 05/10/2009
Código do texto: T1404123
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