À queima roupa
Foi numa tarde
Aparentemente igual,
Entre gargalhadas,
Brincadeiras rasgadas
Tudo tão normal.
De repente ouve-se
Quase perdido,
Um ruído... “Muito prazer!”
“Como vai você?!”
Distante estampido.
Imperceptível
Suave, inocente
Foi esse o som que se fez
Quando meu olhar
Encontrou o teu
Pela primeira vez.
Esse ruído,
Parecia mais beijo sentido
Não consumido...
...Não consumado...
...Gosto tomado,
Vidro quebrado!
O mundo sumiu
Silêncio de vez
Agora senti
O dano se fez.
Ainda tentei,
Proteger a área da razão
Ignorando o desejo real
Mas já atingida no coração,
Escorreu, sangue fervente...Foi fatal!
Nada mais naquela tarde,
Pode ser feito,
Achada por um olhar perdido
Moralmente, ferida no peito.
Deixei um gemido fugir,
Atingida... adorando sentir
Desesperada, como louca...
Com prazer fulminante,
Morrendo em seus braços
De um desejo... à queima roupa!