Desastre emocional
— Me perdoe! Não foi minha culpa.
Ana enfurecida desligou o telefone. Estava abalada por tudo que acontecera na festa à despedida de Vanessa. Pois Vanessa mudar-se-ia para outro país. Estávamos todos bêbados, fora do sentido normal do ser humano, totalmente vulgares para um grupo de amigos cultos de uma classe social elevadíssima. Num momento oportuno acheguei-me perto à Vanessa, para lhe dar minhas despedidas e, dizer que a falta de sua presença fará meu mundo menos feliz. Vanessa agarrou-me como um felino incontrolável, cheia de vontade de devorar sua presa. Jogou-me de encontro ao sofá e começou a despir-me. No momento não consegui acreditar no que estava acontecendo, só quando senti seus seios quentes e latejantes ao meu rosto, pus-me a aproveitar da situação e responder com a mesma ferocidade.
— Que pouca vergonha é essa?
A voz enfurecida de Ana gerou um desconforto insuportável a meu ouvido. Naquele exato instante meu mundo desabou, pois ser presenciado aos beijos e quase outras coisas a mais por sua namorada é o inicio de um verdadeiro inferno. Tentei de qualquer maneira persuadir Ana de que tudo que ela acabara de ver era apenas uma conversa e, que ela estava bêbada; vendo coisas inverossímeis. Claro! Que não resultou em nada. Ana olhou em meus olhos com rancor e ódio jamais visto antes e, de repente suas mãos delicadas passou a virar um revólver, que como coronhada senti na pele a dor de um tapa ardente.