sERES
Existe nela uma vastidão de seres imersos -numa intranqüilidade tácita- românticos e envolventemente caóticos. Em duelo constante com o “eu” sensato-racional que nela co-habita.
O ser revolto da boca pra fora, absorve centelhas, magmas da aurora. Enquanto os outros, que compõem o ser Ela,
calam, consentem e desejam momentos sôfregos nos abraços de homens indizíveis.
E ela atônita se observa nas palavras ditas ou não, nas idéias, nos gestos e nos pressentimentos não consentidos.
Sentimentos... Senti mentos...
Senti momentos
Senti muito...
Senti... Minto.
Freme a tal marginália entre mentira e omissão
Reação e contemplação, movimento e exaustão, claustro e liberdade.
Cabedal de “certezas” desconexas que povoam a mente e fazem vibrar os músculos em perfeita sinastria.
Orgástica e onírica.
Margarida em campo de Monsenhores e Girassóis.
Nuvens rosáceas cintilam no céu do Rio de Jeneiro, sol vermelho num azul de fevereiro. 2007 cometas exauridos e anjos sem trombetas anunciam o alvorecer de mais um dia. Na inexatidão do tempo que, não passa aqui dentro, dela, sua racionalidade evapora...
E ela, adormece sarcástica, atônita, apaixonada e entorpecida.