Pulgas

As pulgas que me perseguem são moderninhas. Não se enquadram no ditado. Pululam. Roem grades, cadeias e o cérebro do filósofo. Cansaram dessa vida referencial. É o tornozelo que querem roer. Não suportam a taxação de “fraquinhas”. As convenceram que podem mais. Há idéias que não vêm pro bem. Há ideais que reforçam o mal. Embora o salto até a orelha as vanglorie como tri atletas, carne de tornozelo obriga a remodelar o estômago. Dever mais que obrigatório ultimamente. E nem pensem em colocá-las na estrutura de um palavrão, como: “Vai pra pulga que o pariu!”. Se uma já dá trabalho ao percevejo, a união daria a coça. Pior se deixassem de perseguir orelhas. Imagine uma imensidão de pulgas “dando seus pulos por aí”. Bagunçaria a “ordem” do mercado informal. Os bons costumes do Snob do zelo. Para não tirar de seu canto o Lord. Melhor, não alvorocemos a pulgarada, que mesmo sem elas a cachorrada já come solta. Um alvoroço só!

pulga

o próprio nome

dá dimensão do salto.

jeferson bandeira
Enviado por jeferson bandeira em 02/07/2008
Reeditado em 11/08/2009
Código do texto: T1061088
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