SARITA, IMITANDO CHAPEUZINHO VERMELHO.
Sarita morava com sua mãe em uma cidade longe da capital, logo que terminava a zona urbana começava uma mata ciliar, os grupos defensores da natureza faziam plantão nessas lagoas, rios e florestas que por ali se fazia presença, por assim dizer; Polícia Florestal, os guardiões da natureza.
Apesar de sua pouca idade, formada em magistério, dava aula no grupinho escolar daquela periferia, todas mães de alunos diziam que Sarita era uma professora exemplar, seus alunos aprendiam com muita facilidade, muitos engenheiros, advogados e médicos passaram pela classe da professora Sarita.
Ela esbanjando seus feitos de filantropia, sempre fazia visita a sua tia-avó que morava lá do outro lado desse município, até a pouco tempo, se tratava de um casal de velhinhos solitários, nos dias atuais, Nhazinha mora sozinha, seu esposo faz pouco tempo jaz falecido, mas, porém; ela gosta de solidão, agora não tem mais a companhia de seu esposo, dona Nhazinha, não está gozando de uma saúde perfeita, passa quase todo o dia tomando medicação para o controle de diabetes, mas dona Nhazinha tem uma neta muito atenciosa, sempre a ajuda nas tarefas do dia a dia, dona de um carinho especial com sua tia-avó.
Residia ar retirada dista à quase dois quilômetro e meio, longe da casa da senhorinha recentemente viúva.
Nessa tarde Sarita juntou alguns doces, bolachas, pacotes de chás, muitas frutas deliciosas, estava pretendendo fazer uma caminhada pela trilha na mata, levar essas iguarias para ajudar na cesta alimentar, dona Nhazinha pelo que se vê é realmente uma senhora idosa, mas, uma grande apreciadora dessas frutas e qualquer tipo de comida, tinha muita disposição para movimentar essas velhas mandíbulas.
Tomou a trilha pela mata e marchou em passos longos e decisivo, sua titia já a esperava.
-Vovó, já estou a caminho, logo estarei chegando por aí, levo uma cesta cheia de muita coisa para comer, vamos jantar juntos, aguarde para logo, segure o cachorro, ele com suas festas dando boas vindas, sempre me arranha os braços e a pernas, até logo vovó.
Desligou o celular e, pois, se a movimentar.
A moça não tinha medo dos bichos que sempre atravessava sua trilha, ela se preocupava mais com os seres homens intencionados a qualquer ataque acedioso, mas nesses aglomerados de residências, todos se conheciam mutuamente, aquele povo era realmente gente boa.
Quase completou esse trajeto, já estava bem próxima casinha de sua tia-avó, mas porem surge um grande obstáculo, á uns dez metros antes de chegar, veja que surpresa, devido à alguns temporais desabado esses dias, a pequena ponte havia caído, Sarita não conseguiu completar seu trajeto, o pequeno córrego de margens de largura de uns dez metros, agora só resta a verdade.
Ela voltou pela mesma trilha, mas conseguiu entregar a cesta para sua vovozinha, os soldados da brigada florestais, estavam nessas imediações, ouviram quando Sarita chamava a senhorinha e dizia que voltaria em uma outra ocasião, mas os soldados sentiu pena da moça tentando fazer essa caridade, sargento foi até a viatura e pegou uma corda de uns quinze de medida, e conseguiram laçar um toco de árvore de uns dois metros de altura que havia do outro lado do riozinho... perto das margens desse córrego, no quintal de dona Nhazinha, os soldados fizeram uma espécie de tirolesa, a corda atravessava o riozinho e chegava logo ali na casa de dona Nhazinha, assim os soldados tiveram essa ideia e colocaram em prática, a menina Sarita voltou para casa, seguiram o mesmo caminho que a levou a visitar sua tia-avó. Aí ficou tudo acertado, a menina Sarita aproveitou que a viatura seguia para cidade, nessa mesma direção, ela pegou carona de volta para casa na viatura dos policiais.
Sarita não conseguiu o contato corpo a corpo com sua avozinha, mas ficou certa que a velhinha está tudo bem, o regato tinha pouco mais de dez metros de largura, e essa foi à medida que separou Sarita de sua Avozinha.
Antherport/hoje dia 24/8/24