CAPÍTULO 2

continuação do texto: O ABUSO

 

...Seu Guilherme recebe uma visita inesperada, uma eis aluna dos tempos que lecionava no ginasial em um colégio, cidade do interior.

 

A mim hoje foi um dia especial, voltar o passado de vez em quando, acho não fazer mal a nenhum saudosista.

Em uma viagem pelo interior, mi deparei com aquela placa indicando acesso a essa pequena cidade, fiz uma curva nesse trevo de acesso, não ficava longe, próximo a essa rodovia em que eu dirigia rumo a capital desse estado, uma cidade aí por volta de uns quarenta mil habitantes, morei provisoriamente nessa localidade, lecionei por quase umas duas décadas, eu posso me orgulhar que vivi nesses anos setentas, memorável e cheio de Glórias, deixei minhas marcas por aqui, sempre me dediquei por demais a essa faixa etária, alunos dos primeiros anos escolares, fiz boas amizades com esse povo tão hospitaleiro, esses tempos os professores eram muito respeitados e tratado com o máximo de carinho, nem podia sair pelas ruas despercebido, sempre havia algumas criaturinhas agarrando a mim, eu e meus alunos vivíamos uma paixão desmedidas, nunca vou me esquecer desses meu amáveis alunos e alunas, meus eternos anjos, mas que cresceram e construíram famílias.

Estacionei meu carro bem do lado da pracinha, o colégio ficava bem ali, quantas e quantas vezes escrevi naquele quadro negro que estou vendo daqui devido essas vidraças ser tão amplas, e vendo daqui não fica longe de meus olhares, eu vivi uma vida correta com meus alunos, eles aprendiam com rapidez devido o carinho ao ensinar.

Ainda não me esqueci daquela aluna menina tão sofrida pelos maus tratos, Letícia era o nome dela, seus males eram impostos dentro de casa, ainda mais preocupante, o abusador seria seu próprio pai, assediava dês de muito pequena, sofreu de estupros, violência sexual e muitos atos libidinosos, seu próprio pai era o autor dessas maldades com essa menina, mas quando o caso chegou aos meus conhecimentos, convoquei vários homens das autoridades para me auxiliar, conseguimos desbaratar essa facção ligado a prostituição infantil, infelizmente essas feridas causam cicatrizem para todo a vida, felizmente existem os profissionais da área da saúde mental que ameniza um pouco essas marcas terríveis, os psicólogos, e a psiquiatria faz diminuir essas dores da alma, a pedofilia é um crime hediondo, esses maus feitores terão que ser preso por muito tempo.

Seu Guilherme ficou muito comovido, mesmo que já passaram tantos tempos.

Nos dias atuais Letícia ainda vive por aí, trabalha em um departamento público de uma dessas cidades do estado, secretária municipal da área que trata da proteção a criança e adolescente, Letícia é uma das principais coordenadora do Conselho Tutelar nesse município.

Seu Guilherme depois daqueles anos lecionando, passou a trabalhar em um órgão público em um cargo muito importante em uma secretaria, contando esses anos de trabalho prestados se aposentou, mora em um condomínio e vive para seus netos a maior parte de vida arrodeados de seus netos, suas filhas tiveram esse trabalho de lhes presentear com uma meia dúzia de alguns travessos jogadores de futebóis, logo contratados em grandes times, bem! Quer dizer, essas são as previsões do velho Guilherme que passa   maior parte de sua vida aprontando as piores travessuras; avô e Netos, Vovô Guilherme é o principal cúmplice das travessuras desses pestinhas, quando ele está indisposto a comparecer na hora do treino no campinho, os meninos fazem as maiores gritarias, se esforçam para carregar para o campinho, mesmo disfarçando a indisposição o velho acaba se cedendo e se apresenta até que sem vontade, só para fazer os gostos dos meninos ele faz presença.

Nesse momento o velho sábio se encontra cochilando, aquele soninho depois do almoço, a frente de seu nariz que apoia esses óculos, grau bem amena, quase não havia necessidades de usar esses vidros de lentes, as vistas de seu Guilherme eram excelentes, tinha uma boa visão, sentado quase deitado, mas, apontava para a estante de infinidades de páginas já lidas por esse bom velhinho.

Num dado momento o interfone da portaria toca bem os ouvidos do senhor Guilherme, atende, controlador de acesso, fala em poucas palavras:

- Senhor Guilherme, estou te comunicando que aqui na portaria tem uma senhora que deseja muito falar com o senhor, diz ser sua eis aluna quando o senhor lecionava no colégio S. Pedro lá por volta dos anos setenta, mando subir, vá recebe-la? “Passou o recado o rapaz de nome Marcelo que trabalha no controle de acesso”

- Não, diga ela que não, não quero ser incomodado, não vou receber nenhuma eis aluna, se essa onda pegar, estarei dedicando meu dia e minha noite para receber esses meus eis alunos, existe milhares deles espalhados por aí, outra coisa, diz aí o nome dela e o que trás a essa visita. “Disse seu Guilherme sem pensar nas histórias do passado”.

Dona Letícia de posse do interfone, tenta refrescar a memória do senhor Guilherme, a partir daí vai relatando os acontecimentos ocorridos nessa época tão remota; nos tempos dos Colégios, grupo escolar e tudo que dizia ensino nos primeiros anos de vida de um aluno.

- Não se lembra mais da Letícia, aquela menina que o senhor tanto ajudou naqueles momentos tão difícil, sofria assédio pelo próprio pai naquela cidadezinha do interior, não se lembra mais senhor Guilherme, fiquei frustrada, vim de longe para lhe dar um abraço e dizer obrigado por tudo que fizestes em minha ajuda. Vim te visitar, mas, se estou te importunando, peço desculpa, já estou indo embora, mesmo assim lhe digo, muito obrigado por tudo o quanto me ajudou. “muito aborrecida, Leticia vira as costas e vai saindo de cabeça baixa, quando ouviu o controlador de acesso; Marcelo a chamou por algumas vezes, Leticia olhou para trás e perguntou ao rapaz.

- E agora, o que quer de mim? “perguntou meio acanhada”

- Seu Guilherme disse para a senhora aguardar uns minutinhos, virá até aqui, aguarde um pouco.

Logo o Guilherme desse e chega até a portaria, fica impressionado quando dá de frente a aquela menina de décadas passadas, fizeram a maior festa nesse encontro, agora ela pode agradecer pessoalmente.

- Já fazem alguns tempos que estou planejando essa visita, sabe como é, muito corre-corre nessa vida agitada, eu ainda trabalho, as vezes não coincide com os dias de folga, também tenho família e marido, minhas atividades em dose dupla, no município e em casa, dona de casa que trabalha fora é assim mesmo, mas, o bom disso tudo é que estou aqui. “Disse Leticia”

- Agora vamos subir, esse resto de tarde será reservado para nossas conversas em bate papo. “O velho professor aposentado acompanhou aquela senhora até seu apartamento, apresentou a sua família e até foram resumidos a história de Leticia, expressaram as brutalidades cometida a essa senhora quando era menina da classe do professor Guilherme....

(continua. livro Guilher'mania)

13 de outubro de 2024.

Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 14/10/2024
Reeditado em 18/10/2024
Código do texto: T8173110
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