Aventuras no território Inca

Jéssica e Thaina acharam aquele lugar lindo. Bem ao contrário de David e André(Tico) que o  acharam perigoso. Já a Marcella achou que era muito divertido. Seus pais concordariam com os meninos, era realmente perigoso e sinistro.
Os cinco irmãos tinham ganhado uma viagem de férias de seus pais. Thaina e Jéssica queriam ir à Europa, os meninos preferiam os EUA, e pequena  só queria sair da rotina, qualquer lugar serviria. Mas como indicação de um amigo de seu pai, eles foram parar nas Ruínas Incas de Ingapirca, no Equador, na província de Cañar um complexo arqueológico Inca, o mais importante do Equador.
Acabaram se perdendo do grupo de turistas dentro do enorme templo. E sem perceber entraram por uma passagem secreta indo parar num enorme saguão repleto de  ratos e teias de aranhas. Marcella começou a não achar mais divertido aquele lugar, as outras meninas retiraram o adjetivo de beleza e os meninos prefeririam estar enganados quanto ao que pensavam. Assim que passaram a passagem se fechou, e Tico percebeu que algo havia mudado as paredes silenciosamente mudaram de lugar. O saguão estava iluminado por uma réstia  de luz que vinha de um corredor em uma das alas. Haviam pedras trabalhadas nas paredes do estreito corredor. As meninas estavam praticamente agarradas umas as outras e os meninos logo à frente delas exploravam o caminho com cuidado devido a pouca luz. De repente Marcella pisa em uma pedra que estava solta do piso. Abre-se um alçapão e as três meninas caem escorregando por um declive de pedra lisa. Os meninos quando ouviram o barulho e olharam para trás, já não viram mais nada, o alçapão fechara-se rapidamente  sem dar pistas do paradeiro das irmãs. David correu por todo o corredor chamando as irmãs. Tico usando a luz do celular encontrou marcas no piso que denunciavam o que acontecera. Chamou o irmão e juntos encontrarão a pedra solta. David a deslocou e o alçapão e este se abriu novamente. Concordaram que teriam que descer.
Lá em baixo as meninas se descobriram no que parecia um cemitério Inca.


Viram uma múmia sentada, pois este era um antigo costume do povo inca.
Os incas acreditavam na reencarnação. Aqueles que obedeciam à regra ama sua, ama llulla, ama chella (não roube, não minta e não seja preguiçoso), quando morressem iriam viver ao calor do sol enquanto os desobedientes passariam os dias eternamente na terra fria.
Os incas também praticavam o processo de mumificação, especialmente das pessoas falecidas mais proeminentes. Junto às múmias era enterrada uma grande quantidade de objetos do gosto ou utilidade do morto. De suas sepulturas, acreditavam, as múmias mallqui poderiam conversar com ancestrais ou outros espíritos huacas daquela região. As múmias, por vezes eram chamadas a testemunhar fatos importantes e presidir a vários rituais e celebrações. Normalmente o defunto era enterrado sentado. Mas tudo isto é História.
Estavam ali, as crianças muito assustadas... Um forte rangido foi ouvido... Thaina agarrou fortemente o braço de Jéssica. Marcella logo atrás também se agarrou às irmãs. Quando de repente viram que alguma coisa se aproximava sorrateiramente. Começaram a gritar em uníssono num som tão forte e agudo, que pareceu tremerem as velhas paredes daquele lugar. David gritou... Calma! Somos nós! As meninas correram para abraçar os irmãos.
Lá fora os coordenadores da excursão que já tinham notado a falta dos jovens, e estavam  à procura do grupo, ouviram o som do grito das meninas. Graças a isso puderam encontrá-los.
Os pais dos jovens aventureiros estavam no Brasil quando assistindo o noticiário na TV, ouviram sobre a notícia de um grupo de jovens brasileiros que tinham descoberto a múmia de um dos primeiros imperadores Inca que até o momento era tido apenas como lenda 1200 d.C. Manku Qhapaq ou Manco Capac.
Um olhou para o outro, quando o pai disse... Isto é que são férias! Aventuras no território Inca.

Fim

Criação – Marcelo Bancalero e Denise  de Souza Severgnini