O milagre
Ele estava aflito. O grande amor de sua vida, a mãe de suas duas lindas filhinhas, estava ali naquela U.T. I. Ele não poderia fazer nada. Aquela doença era muito cruel. Mas por que a sua mulher? Se Deus existe, por que permitir isso?...
É difícil aceitar a vontade divina na hora do infortúnio...Mas ele era um homem que cria na Palavra.Saiu do hospital.Havia um parque ali em frente.Sentou-se em um banco.Abriu sua Bíblia...Romanos 8.31...''Se Deus é por nós... Quem será contra nós?''
Descansou o livro em seu colo e passou a olhar o que acontecia ao redor dele. Havia vida no parque: uma criança corria de braços abertos para sua avó; um passarinho comia perto dele; uma cigarra cantava na árvore; uma abelha sugava o néctar de uma flor... Paradoxalmente, perto dali, no hospital, sua mulher lutava para viver. Voltou ao livro. Fora um aviso? Um consolo? Uma demonstração de que a vida continua?
Levantou-se vagarosamente. Cruzou toda a praça. Do outro lado da rua, avistou um mendigo sendo perturbado por alguns garotos de rua.Não vacilou.Tomou a defesa do ancião. Os garotos, vendo-o chegar, assustarem-se e fugiram. Ele ajudou o pobre velhinho a levantar-se. Perguntou se ele não estava machucado, se estava com fome. O ancião olhou bem firme para ele e disse-lhe:
_ Tu estás sofrendo muito por causa de uma pessoa a quem amas demais.
Cláudio, este era seu nome, admirou-se. Como ele podia saber?
Então o ancião falou:
_Não tentes compreender os desígnios de Deus. Tua crença e tua bondade te ajudaram. Volta para perto de tua mulher. Ela precisa de ti.
Quando Cláudio chegou, havia um alvoroço no hospital. Sua mulher havia recobrado os sentidos, e queria sair dali. Dizia que estava curada. Que um anjo do Senhor a tinha visitado e ela havia sido curada.
Quando viu o marido, correu para seus braços. Cláudio não podia acreditar, aquela não era a mesma mulher que jazia naquela U.T.I. De aparência mórbida, cuja vida era sustentada por aparelhos. Ela agora estava corada, cheia de vida.
Os médicos se aproximaram, dizendo que ela precisava fazer alguns exames, que eles precisavam entender o que havia acontecido.
Cláudio olhou para eles e disse;
_O Senhor seja louvado! Doutores, só há uma coisa pra se dizer a vocês. O milagre do Senhor é para ser vivido... E não para ser entendido!
Fim!
Criação - Marcelo Bancalero - Mardilê Fabre - Denise de Souza Severgnini
Ele estava aflito. O grande amor de sua vida, a mãe de suas duas lindas filhinhas, estava ali naquela U.T. I. Ele não poderia fazer nada. Aquela doença era muito cruel. Mas por que a sua mulher? Se Deus existe, por que permitir isso?...
É difícil aceitar a vontade divina na hora do infortúnio...Mas ele era um homem que cria na Palavra.Saiu do hospital.Havia um parque ali em frente.Sentou-se em um banco.Abriu sua Bíblia...Romanos 8.31...''Se Deus é por nós... Quem será contra nós?''
Descansou o livro em seu colo e passou a olhar o que acontecia ao redor dele. Havia vida no parque: uma criança corria de braços abertos para sua avó; um passarinho comia perto dele; uma cigarra cantava na árvore; uma abelha sugava o néctar de uma flor... Paradoxalmente, perto dali, no hospital, sua mulher lutava para viver. Voltou ao livro. Fora um aviso? Um consolo? Uma demonstração de que a vida continua?
Levantou-se vagarosamente. Cruzou toda a praça. Do outro lado da rua, avistou um mendigo sendo perturbado por alguns garotos de rua.Não vacilou.Tomou a defesa do ancião. Os garotos, vendo-o chegar, assustarem-se e fugiram. Ele ajudou o pobre velhinho a levantar-se. Perguntou se ele não estava machucado, se estava com fome. O ancião olhou bem firme para ele e disse-lhe:
_ Tu estás sofrendo muito por causa de uma pessoa a quem amas demais.
Cláudio, este era seu nome, admirou-se. Como ele podia saber?
Então o ancião falou:
_Não tentes compreender os desígnios de Deus. Tua crença e tua bondade te ajudaram. Volta para perto de tua mulher. Ela precisa de ti.
Quando Cláudio chegou, havia um alvoroço no hospital. Sua mulher havia recobrado os sentidos, e queria sair dali. Dizia que estava curada. Que um anjo do Senhor a tinha visitado e ela havia sido curada.
Quando viu o marido, correu para seus braços. Cláudio não podia acreditar, aquela não era a mesma mulher que jazia naquela U.T.I. De aparência mórbida, cuja vida era sustentada por aparelhos. Ela agora estava corada, cheia de vida.
Os médicos se aproximaram, dizendo que ela precisava fazer alguns exames, que eles precisavam entender o que havia acontecido.
Cláudio olhou para eles e disse;
_O Senhor seja louvado! Doutores, só há uma coisa pra se dizer a vocês. O milagre do Senhor é para ser vivido... E não para ser entendido!
Fim!
Criação - Marcelo Bancalero - Mardilê Fabre - Denise de Souza Severgnini