O RÁDIO

A velha ligou o rádio. Sua única diversão naquela casa triste. O aparelho antigo e grande e que eficava em cima do guarda-louça da sala era sua forma de fugir da realidade sofrida do dia a dia. Comapnaheiro de uma vida solitária e ascética naquela casa simples .

Ouviu uma música que lembrou-lhe o netinho que agora estava distante. E então o rádio que sempre foi um mensageiro da alegria tornou-se o correio da saudade, trazendo de bem longe a ausência empacotada com belos laços de fitas nas notas daquela canção que o menino tanto gostava.