A CHUVA, o nascimento do menino índio. (1ª parte. a origem de tudo)

 

Esse silêncio de mostra alguns maus presságios, não se ouve barulho de nenhum bicho que habitam por essas águas, parece que algo extraordinário estará para acontecer, difícil a noite que não se escuta o barulho das antas dentuças passando por essas trilhas aqui por perto de casa.

"disse Condoca impaciênte angustiada pela falta do sono"

O marido fazendeiro ali do outro lada do leito de dormir, em resposta só emitiu um bocejo depois limpou a garganta como se estivesse concordando. Até os empregados dessa fazenda que acostumava jogar carteado até as tantas, silenciaram, não se percebia os gritos de blefes exaltando a posse das cartas maiores, ameaçando jogar na mesa desse jogo, eles foram dormir mais cedo.

“foi a conta  a mulher do fazendeiro dizer esses pensamentos que algo quebrou o silêncio, o Urutau rasgou seu canto assustador bem ali no alto do tronco da aroeira seca plantada e nascida a muitos anos já passados, perto do terreiro da fazenda,

Condoca aproveitou esse momento de insônia, levantou-se foi até a cozinha para tomar um pouco de água, matou a cede, quando voltava para a cama, arriscou dar uma olhadela pela janela vidraça, arredou a cortina para olhar o escuro lá de fora, presenciou várias luzes lá no fundo do quintal, era os olhos dos bichos que transitava às margens do rio lá a uns cento cinquenta e poucos metros dentro da noite, nesse momento sentiu um calafrio quando respirando aquele odor da onça pintada, a mais grande das felinas estava também por ali, como sempre marcava presença nessas imediações dessa casa grande da fazenda.

Apesar dessa noite um pouco estranha, dentro desse quarto de dormir, acomodou se nesse lado da cama, logo pega no sono apesar de um vento que passava entre as folhas desse coqueiro dali de perto, esse tronco dessa palmeira dobrava se rendendo a força do vento.

Ao amanhecer o dia, o cenário fora formado, o tempo estava mesmo encoberto, prometia muita chuva nesse começo de dia, o cheiro de terra molhada estava bastante forte aos narizes, bem longe podia perceber a chuva que descia da nuvem, e se aproximava com rapidez, a tuiuiú voltou para seu ninho a fim de proteger seus filhotes enquanto os relâmpagos partiam os céus carregado das nuvens, logo nessa hora dessa manhã o céu escureceu, era um bando de pássaros que voavam nesse cenário de tanto aspecto selvagem, essas aves saldavam bailando e dando boas-vindas para a chuva que nesse momento começava cair os primeiros pingos desse temporal, aos poucos foram formando uma grande tempestade, os raios caiam como facas incandescentes, os estrondos ensurdecedores parece que tremia a terra de tão intensa era essa chuva, uma cortina de águas que impedia se enxergar a uns dez metros diante de nossos olhos. Felizmente a casa sede da fazenda foi construída bem a cima do nível das enchentes desse rio que passava por ali a uns duzentos e sessenta metros, essas enchentes nunca atingiriam essa moradia, mas, porém, aproximava do terreiro dificultando o ir e vir.

Quando se observam o ritmo desse tempo chuvoso, todos admiravam  o efeito dessa natureza parece que despejava enormes cântaros dessas águas nesse tempo chuvoso, ventou muito e até caíram desse céu, pequenos cubos de gelos, por onde passava esse tempol deixava um rasto de destruição tal foi a força da natureza.

Jorge o capataz da peonada, saiu para os arredores da casa procurando intensamente sua esposa que havia desaparecida pouco antes da chuva, só percebeu um pouco antes do amanhecer, Anhuma estava nos últimos dias de gestação, daria luz a qualquer momento, certeza, ela sofreu o efeito da tempestade, Jorge seu esposo alimentava a esperança que nada poderia ter acontecido com Anhuma, ela sabia se defender desses maus tempo, de origem indígena acostumada a sofrer esses intemperes, mas depois que percebeu o estrago desse mau tempo,  ficou muito preocupado.

Anhuma sentiu as dores do parto, naquela tarde anterior, saiu em busca de um local parecido com os das tribos de seus ancestrais para dar à luz a essa criança, essa chuva lhe pegou em meio a esse trabalho de parto, certeza um parto muito complicado, mas Anhuma evocou com fé em seus deuses da natureza, além de sofrer as duras penas se salvou, a criança nasce nesse parto de cócoras, depois desse pesadelo, veio a alegria de ter em seus braços sua cria anda que vermelha desse sangue desse parto doloroso.

Era certo que Anhuma não resistiria essa forte chuva, ainda mais, em um momento tão delicado como esse desse nascimento dessa criança, mas Anhuma ainda firmava seus olhos para o infinito, movida por uma fé extraordinária pedia a proteção dos deuses de seus antepassado, essas suas entidades protetoras que em momento de urgência sempre os atendiam. Súbito um clarão muito forte; luzes que quase cegava os olhos se firmassem suas vistas, parecia um relâmpago de ação mais duradora,  se tratava de seus amigos espirituais que estavam chegando para esse socorro preciso, em visão de clarividência Anhuma percebeu uma máquina voadora, assim como dos extras-terrestres, pairou no ar a uns cinquenta centímetros do solo, em seguida aportaram alguns seres com trajes parecido como os de indígenas, mas de intenso brilhos, certeza, eram seres de outro planeta que na hora desse parto chegaram para socorrer essa que nesses momentos finais expelia essa cria, que conforme as condições chuvosas não sobreviveria nessa situação de clima e tempo. Esses seres interplanetários com sua nave fantástica em momento indescritível abduzido, trouxeram para o interior desse objeto voador essa parturiente, e assim tudo configurou em nascimento perfeito, mas porém esses extras terrestres marcaram esse renascido como mais um dos seus humanoides plantado aqui no planeta terra, ele estará entre nós, mas para essa civilização desse planeta azul passará despercebido, seu nome será Augusto e viverá sobre os hábitos e costumes das tribos dos nativos Sul americano.

Quando fazia algum tempo do desaparecimento de Anhuma, grávida, o fazendeiro patrão e esposa pediram que todos empregados dessa fazenda desse uma trégua em seus serviços, poderiam considerarem feriado, mas se reunirem frente a pequena capela dessa fazenda,  assim foram feitos.

Esse patrão fazendeiro e esposa, chegaram na hora marcada, a pequena igreja foi aberta, enquanto todos se recolheram, se posicionaram para uma grande vigia e oração, todos os bancos desse tabernáculo foram ocupado, depois de um pequeno discurso em homilia desse religioso, todos começaram suas orações em intenção da jovem nativa grávida desaparecida, pediram em orações a volta de Anhuma, rezaram horas a fio, deram uma pausa, a patroa serviu um café com algumas iguarias dessa cozinha sertaneja, para em seguida voltarem em orações, essa reunião terminaria as quinze horas.

Logo esse dirigente desse culto, pediram que todos orassem em silêncio por alguns minutos. O silêncio reinava naquele ambiente de fé e devoção, antes que as orações recomeçassem em voz alta, todo começaram perceber um som bem baixo pela distância, não era de bicho, mas logo foi se aproximando, em seguida perceberam, o um choro de recém-nascido, em seguida, Anhuma apareceu com essa criança nos braços, os fiéis largaram suas orações e correram ao encontro de Anhuma com esse neném no colo, isso foi motivo para a festa continuar com mais alegre, Anhuma voltou, tudo está salvo, a mãe e a criança.

O menino aos poucos foi se desenvolvendo, os anos foram passando, Augusto não conseguiu falar no idioma que todos falavam, a pronúncia do pequeno índio tinha as origens assim como seus ancestrais pronunciava, mas quem convivia com o menino Augusto o entendia com facilidade. A mãe e as pessoas que por ali conviviam percebiam alguns sumiços desse garoto, logo daí uns quatros a cinco dias ele reaparecia, fato que estranho esses acontecimentos, todos tinham a impressão que esse curumim viajavam para outra esfera planetária.

O pequeno índio atinge a idade de uns nove a dez anos, e os desaparecimento se tornam mais frequente, Anhuma com suas intuições de mãe sabia que aqueles seres interplanetários o levavam em viagem astrais, ela tinha suas certezas que nada aconteceria com o pequeno humano infantil.

um dia desses Augustinho resolveu ir mais longe do terreiro da fazenda, deu começo a uma longa jornada, caminhou por um dia inteiro, deixou sua casa a muitos quilômetros de distância, ele sentia desejo de conhecer mais desse planeta até chegar a uma cidade grande, novas civilizações, com essas andanças chegou a uma estrada que que vinha da capital e dirigia-se ao interior, o menino caminhava por essa estrada, depois de alguns quilômetros avançado percebe-se o barulho de um caminhão de transporte, o menino se escondeu nos arbustos nascido a beira dessa estrada, o caminhão do senhor Toninho, vinha bem devagarzinho, Augustinho apostou tudo nessa aventura, rapidamente saltou na carroceria desse caminhão, se escondeu entre a carga e a lona de cobrir os volumes de carga e assim seguiu em frente. /**** antherport.

 

Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 25/09/2022
Reeditado em 30/05/2024
Código do texto: T7614128
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