...Na ausência de seu  Tenório a sua casa e ficava alguma temporada distante de suas coisas tão íntima; tão seu, Maria ficava guardando o porta-joias inviolável para o regresso de seu esposo viajante; Tenório  

Esses metais ourives sempre estavam polidos e brilhantes. Os broches, gargantilhas e alianças, só seriam para as vistas de seu eterno marido Tenório, quer dizer: eterno, eterno não porque um dia aparece Alcides... dona Maria possuía uma pedra preciosa de um intenso brilho que até então somente Tenório tinha posse e poderia sentia esse brilho reluzente, quanto mais lustrava essa pepita, mais oferecia o reflexo do amor fiel embalado por esses laços matrimonial.

        Tenório sabia que  no regresso tudo estaria em seus devidos lugares, ainda mais, intocada,  enquanto dona Maria zelava dizendo ser propriedade de senhor Tenório, posse indivisível.

Assim passaram os dias, a fidelidade entre os dois lhe parecia um tanto até que muito monotóna, mas Tenório experimentou algo fora dessa magia de relação casamental, essa vivência foi prorrogada, logo Maria descobriu essa desarmonia enquanto se torna um campo de batalha nesse lar doce lar.  

Maria quando se sentiu traída ficou enfurecida percebendo que Tenório não tinha mais zelo pelos seus deveres, guarda de sua chave de abrir a porta de seus encantado mundo, portal divino dos prazeres repletos de volúpias, na verdade havia uma outra oferecendo, até escancarando as portas de seu altar sagrado para Tenório, muitos louvores e glórias foram, rezado vivido nesse ambiente sacrossanto, a outra lhe ensinou novos caminhos e novas descobertas, a partir daí as noites cor de rosas de Maria nunca mais foram as mesmas – Vamos pra cama. – Vá você que eu vou depois. Maria percebeu que estava ficando para a segunda opção, as noites nunca mais será as mesmas, mas porém sempre tem um homem amante na reserva, ela vai em busca de Alcides e dentre tantas joias e ornamentos penduricalhos, ela oferece seu anel tão bem guardado e até em desuso, Alcides preencheu todo aquele círculo com seu membro anelar, indicador desrespeitoso, Maria se sentiu vingada e voltou a repetir várias as vezes essa infidelidade aos compromisso com Tenório que agora volta com um mau pressentimento, ao dentrar porta dentro desse ninho de amor percebeu que Maria não está mais cuidando de suas coisa, alguém está momentaneamente mexendo em suas preciosidades que ficara na responsabilidade de Maria zelar e guardar, ainda mais, isso ficou comprovado em escutas entre empregados domésticos, Tenório ouviu as escondidas que Maria e Alcides tem  um relacionamento ultra secreto,  alguém abriu o porta-joias que Maria jurou um dia ao sacerdote que seria só dela e de Tenório, esses elos ligados entre Maria e Tenório foram quebrados, até banalizados em todas as fórmulas, geométricas que  simbolizava esse casamento, o formato triangular, e  catetos de hipotelusa, foram reescrito e calculados,  aquelas páginas em branco foram preenchidos de desenhos  cilíndricos enquanto que círculos em formas de anéis tomaram outras dimensões.

 

Agora Tenório está certo que aquelas coceirinhas na testa, se confirmava alguns dois belos cornos nascendo tal qual dois brotos de bambus, mas para matar Alcides o suposto plantador dessas protuberâncias, teria que matar muitos outros vivos e outros já  mortos, um verdadeiro rosários de muitas contas comparando outros conquistadores desses céus e até paraíso  que só  Maria é a possuidora.  Tenório de armas em punhos sai a caça. Agora só resta aguardar o desfeche final, porque ele pode estar na mira de um outro cano assassino se posicionando para um duelo de vida e morte.

     

Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 26/07/2022
Reeditado em 27/07/2022
Código do texto: T7568046
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