English originals after the Portuguese translation
TERESA
(Capítulo 7 de meu livro “Elite Celestial”, que para sempre permanecerá inédito, depois do escâncalo midiático causado pela publicação do livreto em 1989, nos EU em 1989)
Dalva Agne Lynch
Teresa tinha apenas quatorze anos quando deixou seu trabalho em uma grande plantação do nordeste e veio para São Paulo. Ela tinha grandes olhos amendoados, covinhas, um perfeito nariz, e cachinhos escuros emolduravam seu rostinho redondo, dando-lhe um ar infantil. Ela veio buscando por uma vida melhor, na qual não precisasse trabalhar doze horas por dia pela irrisória quantia de quarenta e cinco reais por mês, e na qual pudesse ficar livre do abuso sexual e das surras que recebia de seu pai e seus três irmãos mais velhos.
São Paulo é uma dura cidade. Em questão de meses, a menina estava nas ruas vendendo o corpo por alguns trocados. Mas ser prostituta em uma grande cidade é negócio perigoso, e ela era jovem e ingênua. Sentia-se sozinha, desprotegida. Quando uma colega bem-intencionada apresentou-a a um gigolô de meia-idade, que lhe ofereceu não apenas proteção, mas um teto sobre sua cabeça e frequeses certos, ela aceitou alegremente. Mudou-se para a casa do “protetor”, e deu início à sua nova carreira de prostituta de luxo.
Todas as tardes, junto com outras quinze garotas, Teresa se vestia sensualmente, se bem que cuidando para preservar seu ar infantil. Descia então para a sala e colocava-se à mostra, esperando por fregueses. Ela foi um sucesso instantâneo – os homens gostavam de ouvir suas histórias de abuso sexual, e tiravam um prazer todo especial nos detalhes e nas demonstrações práticas do que ela era obrigada a fazer quando morava em casa.
Acontece que um dos fregueses de Teresa era um famoso produtor de filmes pornográficos, e decidiu fazer um teste com ela. Bem logo, Teresa havia se transformado em atriz pornográfica, inclusive fazendo bastante sucesso. Seu gigolô, satisfeito com sua atuação, fez dela sua favorita. Teresa estava no ápice da carreira. Tudo parecia estar indo bem.
E foi então que veio o golpe: Teresa ficou grávida. Isto enfureceu o seu gigolô, mas ela agora já estava começando a ficar esperta. Sua história mudou de abuso sexual para violação, e seus seios grandes e maduros continuaram a fazer dinheiro, apaziguando o gigolô. Depois que o bebê nasceu, ela o trazia para a sala, e a mamãe com cara de criança continuou a fazer bons negócios.
Daí o destino outra vez caiu sobre Teresa. Quando o bebê tinha apenas quatro meses, ela ficou grávida denovo. Desta vez não houve misericórdia – ela foi jogada na rua. Mais uma vez a menina foi fazer ponto nas esquinas. Quando ficou grande demais para atrair fregueses, buscou por trabalhos de faxineira.
Sem referências e sem amigos, era bem difícil encontrar qualquer espécie de trabalho, especialmente porque ela precisava levar o bebê consigo. Ainda assim, conseguiu se virar até o nascimento do segundo filho. Ao sair da maternidade, entretanto, com um bebê nos braços e o outro berrando num velho carrinho capenga, ela se encontrou completamente só, sem trabalho, sem lugar para dormir e com diversas dívidas. Incapaz de pensar sobre o que fazer, ela se dirigiu a uma agência de empregos.
Ninguém parecia querer uma empregada com dois bebês. Teresa preencheu um formulário e se sentou numa cadeira de plástico, exausta, para amamentar o recém-nascido. Nesse meio tempo, um jovem casal entrou na agência em busca de uma empregada. Eles pareciam estrangeiros, e não estavam dispostos a pagar muito. Quando saíram, Teresa viu sua chance e foi atrás deles. Por acaso estariam interessados nela? Trabalharia por casa e comida – se deixassem-na ficar com os bebês.
O plano parecia perfeito. O jovem casal levou Teresa para casa no mesmo instante, e ela teve o primeiro vislumbre do que pensou ser o Céu.
Na verdade, ela estava cruzando os portais do Inferno.
* * *
Robert, um americano alto e forte com abundantes cabelos escuros, e Guadalupe, sua bela esposa chilena, eram os principais Provisionadores (responsáveis pela coleta de provisões através de donativos) para todo o ramo sul-americano da Família (Meninos de Deus). Juntamente com outros dois casais, eles viviam em uma enorme mansão no quilômetro 24 da Rodovia Raposo Tavares, em São Paulo. A casa tinha muros de três metros de altura, um lindo jardim com um lago de peixinhos dourados, e um pátio com uma piscina azul. Havia um total de seis adultos na casa, além de dez crianças e dois cães.
O Lar colocou Teresa como uma nova discípula com dois filhos em seu relatório mensal, e recebeu créditos da alta Liderança por fazer a colheita do campo. Eles agora também tinham uma empregada quase de graça – afinal, onde comem dezesseis, dezenove podem facilmente comer – e abrigar outra mulher não teve problema. Os três homens do Lar estavam mais do que dispostos a compartilhar a cama de suas esposas com uma bela garota bem versada nas artes de agradar homens.
Teresa amou seu novo lar. Sua vida como empregada-discípula não era lá muito diferente da que levara no elegante prostíbulo onde havia morado anteriormente, e, para falar a verdade, era ainda melhor, já que agora ela estava na "Casa do Senhor", e todos lhe davam elogios pelas mesmas coisas que antes faziam com que ela ficasse com vergonha. E ela recebia grandes quantidades do único amor que conhecia, agora embasado por versos bíblicos: “De graça recebestes, de graça dai.” (Mateus 10:8)
O único problema nesse doce Céu foi os dois bebês de Teresa. Ela precisava trabalhar o dia inteiro, daí "ministrar" para os homens do Lar metade da noite – e seus dois bebês mantinham-na acordada pela outra metade. Não apenas isto, mas eles perturbavam as suas "ministrações de amor", e os "irmãos" ficavam irritados quando as crianças interrompiam o sexo com seu choro. Teresa estava ficando muito frustrada. Ela buscou o conselho de Guadalupe, e o Lar se reuniu para orar por uma solução. “Já que o sexo é a maior necessidade do homem, sexo é o maior ministério da mulher”, dizia Moisés David. Teresa era uma "ministra de misericórdia", e precisava estar livre para "seguir o seu chamado", sua vocação.
Enquanto tudo isto se passava na casa de Robert e Guadalupe, chegava a outro Lar do Brasil um importante casal da Família, vindo dos Estados Unidos. Eles se chamavam Tom e Mary, e haviam sido, quando ainda membros externos do grupo, proprietários de uma loja de produtos naturais e centro Nova Era localizado em Miami, Flórida. Em suas andanças pelo estado, os membros de tempo integral costumavam pernoitar na sua casa e, um belo dia, eles resolveram largar tudo, vender seu negócio e entrar para a Família a tempo integral.
Tendo dois filhos adultos, diversas noras e genros e uma penca de netos na Família do Brasil, Tom e Mary resolveram se mudar para cá. Com seu dinheiro e seu vasto conhecimento de esoterismo, além de uma boa lábia, eles imediatamente subiram à mais alta liderança nacional. Logo depois disto, resolveram se mudar para Brasília.
Mas Tom e Mary tinham um grande sonho: adotar um bebê brasileiro, e levá-lo consigo para a América. Por essa época, em São Paulo, Teresa começara a ter problemas. Robert, seduzido pela sua experiência sexual, requisitava seus favores com uma frequência que começou a incomodar sua esposa. Guadalupe decidiu que era hora de Teresa ter uma mudança de ares, e ela foi enviada para Brasília – para o Lar onde Tom e Mary estavam morando.
Os adoráveis bebês de Teresa imediatamente conquistaram Tom e Mary – foi amor à primeira vista. Eles gostaram especialmente do menorzinho, e estavam determinados a adotá-lo. Teresa foi convocada, e apresentaram-lhe o "plano de Deus" para a sua vida.
Parecia um plano perfeito: o casal adotaria o bebê, e Teresa ficaria mais livre para seguir seu "ministério". Mas por agora ela estava gostando mais e mais do poder que tinha sobre os homens, através das suas fraquezas e do medo que tinham de serem pegos por suas mulheres. Ela também já conhecia todos os versos bíblicos necessários para corroborar suas escolhas e facilitar sua vida. E queria também um companheiro – mas ninguém estava disposto a se casar com uma mulher com dois filhos. Para se divertir, tudo bem; casar – não.
Com tudo isto em vista, Teresa docemente apresentou a Tom e Mary sua contra-proposta: o Senhor "havia lhe dito" para dar-lhes não apenas o filho menor, mas o outro também. Ela voluntariamente sacrificaria seu amor pelos seus filhos para obedecer o comando do Senhor. Ora, tomando isto como uma direta profecia de Jesus (“Da boca das crianças de peito...” – Salmos 8:2), o casal legalmente adotou ambos os filhos de Teresa. E pela segunda vez em seus dezessete anos, ela atingiu um momento de glória.
Ao abrir mão voluntária e “sacrificialmente” de seus filhos, Teresa atingiu uma posição de respeito e autoridade. Ela era um exemplo de amor longânimo. Deram-lhe o direito de escolher qualquer lugar onde quisesse morar, e já que as "lagoas de peixes" de São Paulo eram as maiores e mais ricas do país, e o Lar de Robert e Guadalupe o melhor, Teresa foi enviada de volta a São Paulo.
Foi nessa época que Eman e eu entramos para aquele Lar. Eu estava com seis meses de gravidez, quebrantada pela perda de meus filhos e pelos onze meses de luta para entrar no grupo a fim de resgatar meus filhos. Ao chegarmos, Teresa me foi dada como mentora. Robert e Guadalupe pensaram que ela talvez pudesse ser uma ajuda em caso de alguma rebelião minha, com seu exemplo de dar-se longanimamente, e voluntariamente renunciar a seus filhos. “E todo o que tiver renunciado a casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, OU FILHOS, ou campos, por causa do Meu nome, receberá cem vezes mais, e herdará a vida eterna.” Mateus 19:29
* * *
Nesse meio tempo, Teresa estava de volta às ruas, desta vez como "Ffer" (pescadora de homens) oficial, e como "postificadora" (vendedora de pôsteres). Ela se levantava bem cedo e passava o dia fora com um "irmão" no glorioso "ministério de alimentar as ovelhas" – dando-lhes as palavras do Profeta e o máximo amor de Deus – “seu amor através do corpo de uma mulher”. Não levou muito tempo para que Teresa engravidasse outra vez. Ela encontrou um executivo no centro de São paulo, ofereceu-lhe o "amor de Deus", e ele a levou para seu elegante escritório.
O bebê poderia ter sido de qualquer um, já que Teresa mantinha relações sexuais com todos os homens do Lar e dezenas de outros nas ruas – isto sem contar os inúmeros "irmãos" de outros Lares – mas ninguém estava disposto a tomar a responsabilidade, e aquele executivo talvez pudesse ajudá-la com sustento. Sabendo agora todos os seus versos bíblicos, Teresa afirmou que Deus lhe havia dito que o executivo era o pai, e que o bebê era um "bebê de Jesus" – filho de um "peixe".
Outra vez as coisas começaram a mudar para Teresa. Ficando cada vez maior, ela não era mais atrativa aos "irmãos". Ela se sentia solitária. Em cima de tudo isto, suas roupas não mais lhe serviam. Sem poder "provisionar" outras, e sem ter um companheiro ou um amante disposto a sustentá-la, Teresa andava pela casa enrolada em lençóis velhos, ou em trapos que Hepzibah, também grávida, lhe jogava, com os pés metidos em havaianas desgastadas.
Enquanto trabalhávamos juntas na cozinha descascando batatas e cenouras, Teresa me abriu o coração, e me contou sua história. Não a história do brilhante exemplo de uma rainha do amor longânimo, mas os refugos da miséria que carregava dentro de si. Meu coração se partiu por ela, pensando na menininha abusada pelo próprio pai desde antes dos dez anos, oferecida como prêmio de um jogo de cartas, fugindo de casa sozinha no meio da noite. Eu sentia seu desespero, sua fome de amor, enquanto perambulava pelas ruas ou sentava-se na sala perfumada do prostíbulo, vendendo seu corpo para poder se sustentar e dependendo da aceitação masculina para se sentir aprovada e valorizada. E odiei ainda mais a Família por prometer-lhe o Céu e entregar um Inferno vivo.
Teresa acabou em um Lar de Provação como proscrita, e nunca mais a vi. Quando ela se tornou um perigo para a Família, Tom e Mary levaram as crianças para os Estados Unidos.
Quando eu mesma saí, o seu quinto bebê já havia nascido, e ela estava outra vez grávida, trabalhando como empregada doméstica. Uma mulher velha e cansada, sem esperança e sem futuro – aos vinte anos de idade.
ENGLISH VERSION:
THERESA
(Chapter VII of "Heavenly Elite", which will be forever non published after the booklet´s fiasco, published in 1989 in the States by the Christian Research Institute)
© Dalva Agne Lynch
Theresa was only fourteen when she came to São Paulo from the big Northeast plantations, where she worked as a field hand. She was small and pretty, with full breasts and a thin waist. Her face was round, with big slanted eyes, a perfect nose and dimples. Her hair was very dark, falling around her face in cute little girls’ curls. She was seeking for a better life, in which she wouldn’t have to work twelve hours a day for the pitiful wage of fifteen dollars a month, and could be free from her father and three older brothers, who sexually abused her and beat her up.
However, São Paulo is a hard city. In a matter of months, the girl ended up walking the streets, peddling her body for a couple of dollars. She was young and naive, and being a prostitute in a big city is a dangerous business. She needed protection. When a well-meaning co-worker introduced her to a middle-aged pimp who offered her not only protection, but a roof over her head as well as regular work, she gladly accepted. She moved in with her “benefactor”, beginning her career as a “call girl”.
Together with about fifteen other girls, Theresa would alluringly dress herself up, careful to keep her little girl airs. She’d then display herself in the living-room of their house, waiting for customers. She was a hit from the start. The men liked to hear her stories of sexual abuse, and took special pleasure in the details. She sat in their laps and gave them practical demonstrations of what she had been required to do back home.
One of Theresa’s customers was a famous X-rated movie producer. He decided to try her out, and soon she became a successful hard-porn actress. Her pimp, pleased with her performance, made her his favorite. She was in the apex of her career. Everything seemed to go her way.
That’s when the blow came. Theresa got pregnant. Her pimp was furious! But Theresa was getting smarter. Her story changed from sexual abuse to rape, her breasts were full and round. Money kept flowing in, so her pimp kept her. After the baby was born, she’d bring him to the living room with her, and the young naïve-looking mother was still good business.
Then fate hit Theresa once more. When the baby was only four months old, she got pregnant again. This time there was no mercy. Theresa was thrown out.
Once again the girl walked the streets. When she became way too big to attract customers, she looked for cleaning jobs. With no references and no friends, it was very hard to find any kind of work, especially since she had to take the baby along. She managed nevertheless, until the second baby was due. As she left the charity maternity ward, one baby cradled in her arms, the other yelling in an old stroller, she found herself alone, with no job, no home and several debts to pay. She went in search of a Maid Service Agency, unable to think about any other solution.
No one, however, seemed to need a maid with two babies in tow. Theresa filled up a chart, and, exhausted, let herself down in a hard plastic chair to feed her baby. As she sat there, disheartened and hungry, a young couple came in, seeking for a maid. They seemed to be foreigners, and were not willing to pay very much. As they left the Agency, Theresa saw her opportunity. She stopped them. Would they take her in? She would work for food and board - if they’d only let her keep her babies.
The arrangement seemed perfect. The young couple took Theresa to their home then and there, and she had her first glimpse of what she thought was Heaven.
* * *
Adam, a tall, full-bodied and dark-haired American, and his wife Hepsibah, an olive skin Chilean, were the main Provisioners for the whole South American branch of The Family. Together with two other couples, they lived in a huge home on the Km 24 in Raposo Tavares Highway, São Paulo. The house was surrounded by walls seven feet high, and had a pretty garden with a fish pool, and a backyard with a swimming pool. They had a total of six adults, ten children and two dogs living on the premises.
The Home wrote Theresa down as a “new disciple” with two children in their monthly report, getting some credit with the higher leadership for harvesting the field. Never mind that Teresa didn’t even know what was going on. She was “in”. They also had a maid virtually for free - where you feed sixteen, you can feed nineteen-, and housing another woman was no problem. The three men in the Home were more than willing to share their wives’ bed with a pretty girl well versed in the arts of pleasing a man.
Theresa loved her new home. Her life as a maid-disciple was very much similar to the one she led at the fancy whorehouse in which she used to work before. As a matter of fact, it was even better, since she was now in the “House of the Lord”, and everybody gave her praises for the very same things she had always felt guilty of. She was showered with the only kind of love she had ever known, but now endorsed with bible verses. “Free ye have received, freely give” (Matthew 10:8).
The only trouble in this sweet Heaven was her children. Theresa had to work the whole day, then “minister” to the men half the night - and her two babies kept her awake for the rest of the night. Not only that, but they disturbed her “ministrations of love”, and the “brothers” would become upset when the children interrupted their lovemaking with their cries. Theresa was highly frustrated. She sought counseling with Hepsibsah, and the home prayed together for a solution. “Since sex is man’s biggest need, sex is the woman’s biggest ministry”, said “Moses” David. Theresa was a “minister of mercy”, and needed to be free to “follow her calling”.
While this was going on, Tom and Mary, a very important couple in the Family, came down from the States. They used to own a Healthfood Store and New Age Center in Miami, Florida, as they worked as outside members of the group. When visiting town, the full-time members of the group used to stay at their home, until the couple finally decided to sell their business and join the group full time.
They also had two adult children working as full-timers in Brazil, together with their several mates and offspring. What with their money and experience in exoteric matters, as well as their incredible salesmanship, they immediately joined the high leadership. Shortly after that, they decided to move down to Brasilia, Brazil’s capital.
Tom and Mary came to Brazil with one big dream: to adopt a Brazilian baby, bringing the child back to the States as their very own.
In the meantime, in São Paulo, Theresa was getting in trouble. Adam, seduced by her experienced lovemaking, had requested her favors too frequently for his wife’s comfort. Hepzibah decided a change would be good for the girl. Theresa was then sent to Brasilia - to the home where Tom and Mary were staying.
Theresa’s adorable babies won Tom and Mary’s heart immediately. It was love at first sight. They specially liked the younger one, and were determined to adopt him. Theresa was called, and presented with the “plan of God” for her life.
It seemed like the perfect plan: the couple would adopt the baby, and Theresa would be freer to follow her “ministry”. By now, however, she was fully enjoying herself and the power she had over men, through their weaknesses and their fear of being caught by their wives. She also knew all the bible verses needed to corroborate her choices, and make her life easier. She also wanted a mate. However, no one wanted to marry a woman with two babies. To have fun, yes; to marry - no.
With this in mind, she very sweetly presented Tom and Mary with her counter-proposition: the Lord “had told her” to give them not only the younger child, but the older one as well. She’d willingly sacrifice her love for her children, to obey the commandment of the Lord. Taking it as a direct prophecy from Jesus (“out of the mouth of babes...” – Psalms 8:2), the older couple legally adopted Theresa’s children. For the second time in her now seventeen years, Theresa had reached a moment of glory.
Having given up her children willingly and “sacrificially”, Theresa reached a position of respect and authority. She was an example of unselfish love. She was given the right to choose wherever she wanted to live. So, since São Paulo’s “fish ponds” were the biggest and richest in the country, and Adam’s Home the best, Theresa was sent back to São Paulo.
That’s when Eman and I moved into their Home. I was six months pregnant, broken by the loss of my children and by those eleven months of struggle to join the group to get my kids back. As we got settled in, they gave me Theresa as a mentor. Adam and Hepzibah figured she would be a help to my potential rebelliousness, with her example of unselfish giving of herself and the forsaking of her children. “And everyone who has forsaken houses or brothers or sisters or father or mother OR CHILDREN or fields for my sake will receive a hundred times as much, and will inherit eternal life” (Matthew 19:29).
* * *
In the meantime, Theresa was back in the streets, this time as an official “Ffer” and posterer. She got up very early, and spent her days out with a “brother”, in the “glorious ministry of feeding the sheep” - giving them the words of the Prophet, and the ultimate love of God - “his love through the body of a woman”. It didn’t take long for Theresa to get pregnant again. She met a businessman in downtown São Paulo, offered him “God’s love”, and he took her to his fancy office. The baby could be anyone’s, since she had sexual relations with all the men at home and dozens in the streets - not counting other “brothers” from other homes - but no one was willing to own it, and this one man could help her with support. Knowing all her bible verses now, Theresa said “God had told her” the wealthy businessman was the father, and that her baby was a “Jesus baby” – a fish’s baby.
Life began to change again for Theresa. Getting bigger and bigger, she no longer was attractive to the “brothers”. She was lonely. On top of it all, her clothes didn’t fit her any more. Unable to go out and “provision” new ones, and not having a mate or lover willing to support her, she walked around the house wrapped in old sheets, or in rags Hepzibah, also pregnant, threw her way, her big swollen feet shod in unattractive plastic thongs.
As we worked in the kitchen together, peeling potatoes and carrots, Theresa opened her heart to me, and told me her story. Not the shining example of a selfless love queen, but the dregs of misery she really carried inside. My heart went out to her, as I pictured the little ten-year-old girl being abused by her own father, given to her brothers as a card game prize, running away alone in the night. I could feel her despair and hunger for love, as she walked the streets or sat in the perfumed whorehouse to sell her body for a living and clung to men for approval, self-acceptance and self-worth. And I began to hate the Family even more, for offering her Heaven and delivering a living Hell.
Theresa ended up in a probation Home as an outcast, and I never saw her again. When she became a danger to the Family, her children were taken to the States. By the time I left, she had two other little ones, and was working as a maid once again - an old and tired woman, with no hope and no future - at twenty one years of age.