Era madrugada e a insônia tomava conta daquela mulher que vivia sozinha num apartamento de terceiro andar em uma comunidade popular.
Ela pensava o tempo todo em sua vida que estava bastante complicada.
Ela era ainda jovem e trazia no ventre um filho que já paria o abandono do seu pai.
De repente, a interfone toca e ela se assusta, pois não tinha ninguém em especial que pudesse procurá-la, principalmente de madrugada. Mesmo assim atendeu o interfone.
Do outro lado uma voz masculina se anuncia. O homem deu boa noite e disse ver que ela estava sempre com a luz acesa e ao passar sempre por ali resolveu falar. Tenho observado você a distância a algum tempo, gostaria muito de conhecê-la.
Porém ainda não foi dessa vez que ele pode se aproximar dela, ela não lhe deu permissão pra isso, afinal se tratava de um estranho e a sua condição atual também não permitia tais envolvimentos.
Passado alguns meses ele encontra uma forma de chegar até ela. Só que quando isso acontece houve uma explosao de sentimentos, sedução e magia de uma grande paixão que iria trazer vários acontecumentos desagradáveis e ao mesmo tempo loucuras de verões.
Numa noite após algumas tentativas ele chega até ela. Assim como se nao quisesse nada so que com a vitória nas mãos e ela pensava o que aquele homem se wudacia conseguir com ela.
Ele chega trazendo nas mãos uma rosa embrulhada num papel. Um pequeno papel com um grande propósito. Ele entrega a rosa a ela e aguarda na sala enquanto ela vai com a rosa até a cozinha.
Ao tirar o papel ver que há um texto com letras grandes. Ler o texto com uma certa curiosidade. Após isso fica emocionada, não esperava, já que havia sofrido com amores fúteis no passado e não era costumeiro receber declarações dessa forma.
O texto dizia: Precisava viver a emoção de esta contigo, esse momento maravilhoso de sermos um só, em um só coração. Te quero. Isso foi o bastante para mexer com o coração daquela mulher que estava diante de uma gravidez solitária.
Por esta razão não analisou nem a colocação do verbo." Precisava". Mesmo sentindo um pouco envergonhada por está grávida de um outro homem, aceitou aquele sentimento novo que estava brotando dentro dela e que chegou em um bom momento por também ter sido abandonada pela família. Uma família cheia de conceitos morais, todavia de uma fraca estrutura.
Nasceu daí então um amor entre ela e o rapaz que foi ficando forte e roubando-lhe a paz ao mesmo tempo que lhe trazia felicidade.
Se por um lado o rapaz fez-lhe companhia e encheu seu coração de felicidade, dando a ela a proteção que ela precisava, por outro lado deu-lhe sofrimento.
Um belo dia esse homem chega ao seu apartamento e disse:Tenho algo para lhe falar.Ela parou diante dele e esperou indagativa, apesar de continuar em silêncio. Sou casado e moro em frente à sua casa, disse ele.
Ela fica perplexa e sem palavras. Descobre de uma forma sórdida que o rapaz era comprometido, tinha outra mulher.
E agora? Como poderia pensar em agir de forma ética diante daquele amor e da gravidez. Encontrava-se sozinha em seu apartamento recém-comprado e junto a isso perderá o emprego de doze anos.
A muito tempo a família havia deixado ela pra trás por completo. Os pais não aceitavam que ele viesse a ter um outro filho sozinha sem ter marido. Já havia tido a sua primeira filha sem companheiro e essa criança morava com os seus pais.
Só que o coração já estava tomado de amor por aquele homem. Ela mais do que nunca precisa desse homem para lhe dá apoio.
O tempo passou. Ela foi ficando com ele enquando amadurecia a ideia de deixá-lo.
Quando a criança nasceu era chegado então a hora da separação. Só que, o coração ainda precisava de muitos invernos para que pudesse dizer ao seu amor, ao grande amor da sua vida: Adeus.