Rei Arthur( A Ilha)
Capa-Airton Sobreira
Digigravuras-Airton Sobreira
Parecer do Autor
A magia dos contos arthurianos resgata toda a poética visionária medieval de um mundo em plena formação cheia de valores humanos.
O que procurei resgatar foi a bravura de um rei e uma rainha que jamais desistiram de lutar por seu povo diante de tempos difíceis rodeados por bárbaros e piratas.
Os reis não se tornaram forte ao acaso, mas por enfrentarem juntos o desconhecido com valentia, sabedoria, sacrifício e criatividade. Assim também foram tais cavaleiros e o mago, ao atravessarem mares e oceanos de onde se falavam em monstros, sereia e o abismo do fim do mundo.
Cada personagem traz dentro de si virtudes e defeitos, sem levar em questão se são herois ou vilões.
Creio que irão se envolver e se apaixonar por personagem.
Trecho do livro de minha autoria
A bordo do Corvo
O sol se despedia lá no horizonte, e as primeiras estrelas apresentavam um novo céu onde às velhas conhecidas, Polares, Ursa Maior e Menor davam espaço para outra do hemisfério sul.
Deveriam retornar para o Corvo, pois pernoitar nesta ilha na primeira noite seria imprudente, como também deixar as sós Malenca a bordo. Certamente ter uma surpresa desagradável na manha seguinte, caso partisse com o navio sem Arthur e os cavaleiros, pois a confiança que Arthur havia depositado no capitão Malenca já não era a mesma de outrora.
A bordo do Corvo, a tripulação se maravilhava com um céu de uma negritude carregadas de mistério, e cheio de estrelas. O cartógrafo pôs-se a desenha-as, criando o registro de um mapa estrelar para futuras navegações nesses novos mares a desvendar, e que aos poucos seriam desmistificados da existência de monstros marinhos, e do fim do oceano terminando num precipício.
Um tanto abafado em sua cabine Arthur, foi para o convés, observando de perto o trabalho do cartógrafo, e constatou nos desenhos uma constelação em forma de cruz, voltou os olhos para o céu, e lá estava ela que mais tarde seria conhecida com Cruzeiro do Sul.