FOLCLORE

FOLCLORE
Primeiro ouviu-se o canto do urutau, aquilo causava um arrepio, todos os seres vivos destas imediações sentiam-se sobressaltados, ai corriam e procuravam um lagar mais seguro para se livrar dos maus pressagio.
_ Olhe, escute aqui seus meninos, vão já para dentro de casa, que está noite está muito tenebrosa.
_ Sim, minha mãe, nós já escutamos, já vou, já vou.
La no alto ela brilhava, parecia uma moeda de prata, mas, apesar de linda, ainda de mostrava muitos mistérios, pois, nestas noites que ela; A luz maior... é na lua cheias, hora que acontecem muitos fatos macabros; assombrações e muitos sons aterrorizadores que podiam presenciar.
Dona Filomena logo foi se acostar no quentinho de sua cama, deixou a rede, pendurou os pés no chão, calçou o chinelo e caminhou até alguns passos levando debaixo de seu braço um travesseiro e uma coberta para se cobrir, estas horas tocava uma brisa um tanto fria.
Depois que tomou seu chá de ervas cidreiras, ainda sonolenta, com a voz balbuciante insistiu renovando suas palavras deixando um recado para todos:-
_ Tenho um mau pressentimento que esta noite ela vai retornar vocês vão todos para cama, já são horas de ir dormir.
Seu Gustão; esposo de dona Filomena que nestas horas já estava embrulhado em suas cobertas dês desta tardinha, quando ouviu os alertas de sua companheira se tornou enfurecido e foi logo chamando atenção de sua esposa dizendo assim:
_ Olhe minha velha, até parece que não tem homem nesta casa, você fala assim com tanto medo destas assombrações, pois você pode ficar ciente que eu ainda estou vivo e sou eu o chefe desta casa, outra coisa; não tenho medo destes fantasmas que andam rondando nosso sítio.
Seu Gustão deixou a cama, vestiu sua roupa, calçou sua botina, apertou na cinturar seu cinturão arrodeado de balas, passou pela sala e tomou posse de sua espingarda cartucheira caminhando alguns metros e foi deitar na rede; a mesma rede que dona Filomena acabara abandonar no momento que ralhava com os meninos. Seu Gustão acomodou e apoiou a espingarda ao peito e lá de sua varanda observava todos os movimentos que acontecia em pleno clarão desta tão nítida noite de luar; assim guardava sua casa e sua família.
Ar retirado dali a alguns vinte e cinco metros, pelos fundos desta casa, localizava bem no rumo do nariz deste velho sertanista, havia um riacho que servia de bebedouro para os animais, logo ao lado do mangueirão dos porcos, naquela trilha que os animais marcavam no pasto que seu Gustão centralizava suas atenções, ali neste malhador de gado.
Quando o velho balançava na rede, e com os olhos atentos observava o redor de sua propriedade, algo lhe deixou em prontidão, quando a noite ainda estava calma e silenciosa um barulho nas folhas de bananeira estava deixando o velho Gustão de alerta, mais que depressa apontou a espingarda no rumo que tudo isso acontecia, com o dedo no gatilho, disse com a voz firme:
_ Quem vem lá?... Diga logo se não eu atiro.
Só se via as folhas se mexerem e como estivesse quebrando galho de pau, seu Gustão ficou surpreso quando direcionou o foco da luz do farolete em direção daquilo que se mexia e percebeu um bicho horrível, ali estava um monstro de médio porte, parecia um gorila, mas sem a pelagem, o couro que cobria o corpo com a luz produzia uma cor reluzente, para seu Gustão aquele era realmente o tal fantasma que aterrorizava o povo daquele lugar, ai o velho que se dizia corajoso neste momento ficou assustado, trêmulo com a mão no gatilho pronto para detonar a espoleta. O tal bicho emitiu alguns sons parecendo um grunhido, seu Gustão não entendeu nada, parecia mesmo coisa do outro mundo. Ainda munido de alguma pitada de coragem consegui se aproximar ainda mais e logo percebeu que poderia ser um ser extraterrestre; um E.T, logo a pontou a espingarda para o tal fantasma, com o dedo no gatilho, mas, porem ainda trêmulo de tão extasiado, com muita apreensão, certificou que se tratava de um ser muito parecido com os humanos aqui sobrevivente. Seu Gustão arrastou o dedo no gatilho, foi um pipoco ensurdecedor, o som deste estampido ecoou por todos os descampados deste sertão tão deserto, chegou até espantar os bichos de costumes noturnos.
O tal animal... ou sei lá o que... Saiu em disparada seguindo a mesma trilha que chegou neste local. Seu Gustão presenciou no céu ainda clareado pela a lua que um objeto luminoso que neste momento veio em socorro do tal assombração e o mesmo embarcou nesta nave cheia de luzes e se dirigiram para o infinito, seu Gustão ainda detonou alguns tiros com sua espingarda cartucheira ai neste momento estes E.Ts voltou, deu uma rasante, voando rasteira com a nave e por uma espécie assim de uma janela deste veículo espacial apontou para o quintal de seu Gustão e desferiu uma rajada de uma luz forte que quando tocou o solo causou uma grande explosão incendiando o gramado do terreiro dos derredores da casa, enquanto alvejou uma leitoa gorda de propriedade de seu Gustão, o pobre animal teve morte instantâneo; morreu torrada, virou uma grande poção de torresmos, Seu Gustão gesticulou com seus braços e disse assim com bravura instigando em provocação a estes extraterrestres:
_ Sai de retro Satanás... Sai-te fora bicho do cão, aqui no meu terreno você não tem vez não assombração dos diabos... Aqui quem manda é eu...
Antônio Herrero Portilho – 01/6/2015
Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 01/06/2015
Reeditado em 08/09/2020
Código do texto: T5263007
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