VERSÃO EM PORTUGUÊS ABAIXO DO ORIGINAL EM INGLÊS
THE DAY I LOST MY BEST FRIEND
©Dalva Agne Lynch
Ahmed and I grew up together in the same neighborhood by the Waterworks. Our fathers worked in the compound and we went to the same grammar school. We played together on the soccer field and rode our bikes to the orchards, to pick up oranges and eat them under the trees, talking about things.
Ahmed wanted to be a vet. I wanted to be a writer. He´d make amazing discoveries on how to raise cattle and I´d write on the papers about them and other stuff.
One day Ahmed stopped going to school. After a week I decided to go to his house to see what was the matter. His father opened the door and told me to scat. He was very rude.
I didn´t know what to make of it so at night I told my father about it. His face was very grim. He said Ahmed´s father wasn´t showing up at work either and asked me not to go to their house anymore. I was very annoyed.
When everybody went to bed, I jumped out of my window and went in search of Ahmed. There was light in his house and the door was ajar so I went in.
There was a bunch of men talking together in his living room, but I didn´t see Ahmed. The men stopped talking when they saw me and Ahmed´s father called him. He came from the kitchen and stood in front of his father. One of the men then got him very rudely by the arm and turned him in my direction.
“Is that kid your friend?”
Ahmed looked at me and then turned to the man.
“No”, he said.
The man pulled a gun and gave it to Ahmed.
“Prove it!”
Ahmed pointed the gun at me. His hand wasn´t shaking.
Then he pulled the trigger.
VERSÃO EM PORTUGUÊS:
O DIA EM QUE PERDI MEU MELHOR AMIGO
©Dalva Agne Lynch
Eu e o meu amigo Ahmed crescemos juntos na mesma vizinhança, perto da Usina Hidráulica. Meu pai e o pai dele trabalhavam no Complexo, e nós dois íamos no mesmo colégio de ensino fundamental. A gente jogava futebol no campinho e ia até os pomares de bicicleta, para catar e comer laranja embaixo das árvores, falando sobre coisas.
Ahmed queria ser veterinário. Eu queria ser escritor. Ele ia fazer incríveis descobertas de como criar gado, e eu ia escrever sobre elas e outras coisas nos jornais.
Um dia, Ahmed parou de ir ao colégio. Depois de uma semana, decidi ir até à casa dele, para ver o que estava acontecendo. O pai dele abriu a porta e disse pra mim me mandar. Ele foi muito rude.
Eu não sabia o que pensar, então, naquela noite, contei pro meu pai. Ele ficou muito sério. Disse que o pai de Ahmed tampouco estava indo ao trabalho, e me pediu que não fosse mais à casa deles. Fiquei muito chateado.
Quando todo mundo foi dormir, pulei a janela do meu quarto e saí em busca de Ahmed. Havia luz na casa dele e a porta estava aberta, então entrei.
Na sala de estar, havia um monte de homens conversando, mas não vi Ahmed. Daí os homens pararam de falar quando me viram, e o pai de Ahmed chamou por ele. Ahmed veio lá da cozinha, e ficou parado na frente do seu pai. Daí um dos homens pegou seu braço bem rudemente, e fez ele se voltar na minha direção.
“Esse moleque é seu amigo?”
Ahmed olhou para mim, e daí para o homem.
“Não”, ele disse.
Então o homem pegou uma arma e entregou pra ele.
“Prove!”
Ahmed apontou a arma pra mim. A mão dele nem tremia.
Daí ele puxou o gatilho.
THE DAY I LOST MY BEST FRIEND
©Dalva Agne Lynch
Ahmed and I grew up together in the same neighborhood by the Waterworks. Our fathers worked in the compound and we went to the same grammar school. We played together on the soccer field and rode our bikes to the orchards, to pick up oranges and eat them under the trees, talking about things.
Ahmed wanted to be a vet. I wanted to be a writer. He´d make amazing discoveries on how to raise cattle and I´d write on the papers about them and other stuff.
One day Ahmed stopped going to school. After a week I decided to go to his house to see what was the matter. His father opened the door and told me to scat. He was very rude.
I didn´t know what to make of it so at night I told my father about it. His face was very grim. He said Ahmed´s father wasn´t showing up at work either and asked me not to go to their house anymore. I was very annoyed.
When everybody went to bed, I jumped out of my window and went in search of Ahmed. There was light in his house and the door was ajar so I went in.
There was a bunch of men talking together in his living room, but I didn´t see Ahmed. The men stopped talking when they saw me and Ahmed´s father called him. He came from the kitchen and stood in front of his father. One of the men then got him very rudely by the arm and turned him in my direction.
“Is that kid your friend?”
Ahmed looked at me and then turned to the man.
“No”, he said.
The man pulled a gun and gave it to Ahmed.
“Prove it!”
Ahmed pointed the gun at me. His hand wasn´t shaking.
Then he pulled the trigger.
VERSÃO EM PORTUGUÊS:
O DIA EM QUE PERDI MEU MELHOR AMIGO
©Dalva Agne Lynch
Eu e o meu amigo Ahmed crescemos juntos na mesma vizinhança, perto da Usina Hidráulica. Meu pai e o pai dele trabalhavam no Complexo, e nós dois íamos no mesmo colégio de ensino fundamental. A gente jogava futebol no campinho e ia até os pomares de bicicleta, para catar e comer laranja embaixo das árvores, falando sobre coisas.
Ahmed queria ser veterinário. Eu queria ser escritor. Ele ia fazer incríveis descobertas de como criar gado, e eu ia escrever sobre elas e outras coisas nos jornais.
Um dia, Ahmed parou de ir ao colégio. Depois de uma semana, decidi ir até à casa dele, para ver o que estava acontecendo. O pai dele abriu a porta e disse pra mim me mandar. Ele foi muito rude.
Eu não sabia o que pensar, então, naquela noite, contei pro meu pai. Ele ficou muito sério. Disse que o pai de Ahmed tampouco estava indo ao trabalho, e me pediu que não fosse mais à casa deles. Fiquei muito chateado.
Quando todo mundo foi dormir, pulei a janela do meu quarto e saí em busca de Ahmed. Havia luz na casa dele e a porta estava aberta, então entrei.
Na sala de estar, havia um monte de homens conversando, mas não vi Ahmed. Daí os homens pararam de falar quando me viram, e o pai de Ahmed chamou por ele. Ahmed veio lá da cozinha, e ficou parado na frente do seu pai. Daí um dos homens pegou seu braço bem rudemente, e fez ele se voltar na minha direção.
“Esse moleque é seu amigo?”
Ahmed olhou para mim, e daí para o homem.
“Não”, ele disse.
Então o homem pegou uma arma e entregou pra ele.
“Prove!”
Ahmed apontou a arma pra mim. A mão dele nem tremia.
Daí ele puxou o gatilho.