Peça de teatro:
Um menino de rua e um senhor da alta sociedade
O menino pedinte e o senhor está sentado numa
Praça lendo algum livro.
Menino de rua = Moço ei, seu moço por favor,
Senhor = Ô menino que atrevimento é esse?
Saia da qui, não está vendo que estou ocupado?
Menino de rua= Eu só queria pedir...
Senhor = Saia logo desse lugar, voce está poluindo meu ar, olha só, que sujeira, voce está fedido, seu imundo
que coisa mais nojenta
Menino de rua = Moço, to com tanta fome eu só queria...
Senhor = Não queria nada, some daqui, quer que eu chame a ploícia? aqui não é lugar pra gente como voce.
Foi-se o menino chorando, pela rua ccoversando sobre o que queria falar para aquele senhor.
Menino de rua - Eu só queria comer, depois eu queria conversar um pouco com ele. Sinto vontade de conversar, de ficar perto de alguém, mas as pessoas não querem ficar perto de mim, elas fogem, se afastam para longe e isso dói igual a fome. Todos me olham com nojo, ninguém quer ficar perto de mim, me sinto tão mal, tão sozinho, não sei quem me jogou na rua, não lembro, não tenho família, eu sei que ando sujo, mas queria andar limpo e perfumado, igual aquele homem, queria saber por onde começar. Eu quero ser alguém na vida, quero que as pessoas me vejam e não tenham nojo de mim. Preciso arrumar um jeito de ser importante como aquele homem e todas essas pessoas, que passam por mim. Mas não quero fazer com os outros, o que eles fazem comigo. Só quero ser alguém, ser visto, sem nojo e ser abraçado por alguém. Cansei de viver sujo, pelas ruas, vendo todo mundo se afastar de mim. Sinto vontade de chorar, queria ser igual essas pessoas bem vestidas, limpas, mas onde vou tomar banho? Eu queria morar numa casa poder abraçar alguém, ter uma família.
Narrador = O tempo rápido passou, e um dia,
Aquele jovem encontrou alguém que lhe ouviu e o ajudou, dando-lhe casa, estudo e uma familia. O menino cresceu, dedicando-se sempre aos estudos e em medicina se formou. E imaginem que aquele senhor rico que havia desprezado o ex-menino de rua, encontrava-se agora numa maca de um hospital, do sus, já bem velho e maltratado pela dor e pelo que a bebida lhe causara, ele gemia muito. O
Jovem médico, passando pelo corredor ouviu os gemidos e ali parou e logo reconheceu o então senhor, que logo falou:
Senhor = Ôh! Doutor ajude-me a sair daqui, por tudo eu lhe peço.
Estou sentindo muita dor, o álcool me destruiu, eu nunca pensei que um dia, eu pudesse vir parar nesse lugar Doutor, eu já tive de tudo, você pode não acreditar, mas já fui muito rico e perdi tudo tão rápido. Hoje vivo desse jeito, tudo por causa da bebida e da mulher que me abandonou me deixando com um filho, que não pude criar sozinho e acabei dando o menino, hoje não tenho ninguém e me encontro nesse estado, me ajude
Doutor = Não se preocupe, cuidarei do senhor.
Senhor = Obrigada, Doutor faz horas que grito aqui e ninguém veio me atender
Doutor = Deus quis que fosse eu que viesse lhe atender aqui
Senhor = Você é tão bom, tão gentil
Doutor = Obrigado, eu tambem sofri muito na vida, fui rejeitado pelos meus pais e pela sociedade e inclusive por um senhor
que se parecia muito com você e naquele dia eu queria muito ficar perto do senhor.
Senhor = Eu? Deus me livre, acho que eu não tinha coragem pra fazer isso. Obrigada por me socorrer, Doutor, aqui nesse hospital do SUS, eu ia gritar até morrer se não fosse voce
Doutor = Fique tranquilo voce está em boas mãos e não sei porque eu sinto vontade de estar perto de você igual naquele dia. Talvez algo em mim, queira mostrar que eu consegui ser importante como aquele senhor que você era
Senhor: Eu não Doutor, você está enganado.
Narrador: E com uma doença rara, aquele senhor precisou de sangue o e o médico comovido, logo se prontificou e por curiosidade, por sentir algo diferente em relação aquele homem e até uma certa semelhança com ele, fez um exame de DNA que confirmou: Aquele senhor era o seu pai.
Que o abandonara ainda bebê, no auge do seu desamor e na quela praça o abandonou novamente quando o expulsou da sua presença.
(E foi o Doutor dar a noticia ao senhor)
Doutor = O senhor lembra de um menino que
passou por voce, quando estava sentado lendo seu jornal
numa praça, que voce gostava de estar todas as tardinhas? Você disse que o menino estava fedido e que ia chamar a polícia?
Senhor = Lembro, eu era muito ruim, mas como sabe disso?
Doutor = Pois é: Como Deus é sábio e justo, sabendo porém, que eu viria ao mundo para cuidar de vidas e
principalmente da sua, me fez conhecer primeiro a miséria, o gueto a fome e a rejeição da sociedade. Quanto à você Deus lhe deu béns e fez com que os perdesse, para poder descer do seu pedestal e quem sabe se tornar uma pessoa melhor. Olhe aqui esse exame, eu sou o filho, que o senhor abandonou e o ex menino de rua que mais uma vez voce rejeitou mandado-me sair da sua presença ameaçando chamar a polícia, lembras? Naque dia em que lhe pedi um prato de comida
Senhor = Meu filho! É voce? Me perdoe, eu perdi sua mãe e não sabia como fazer com voce, entrei em depressão, comecei beber lhe dei para um casal, e fui embora, parei com a bebida, arrumei béns! Mas voltei a beber novamente e acabei assim, me perdoe por tudo eu lhe peço
Doutor = Sim, perdou não guardo mágoas em meu coração, tenho muito amor pra dar e humildade para perdoar. Vou cuidar de voce até o fim da sua vida
Senhor = Obrigada, meu filho me dê aqui um abraço, o abraço que eu lhe neguei, por favor me dê esse abraço.
Soutor=Sim, meu pai. Esse abraço eu desejei durante todos os meus dias.
Narrador = abraçaram-se por longo tempo e o Doutor o levou para sua casa
Kainha Brito
Direitos Autorais Preservados
Um menino de rua e um senhor da alta sociedade
O menino pedinte e o senhor está sentado numa
Praça lendo algum livro.
Menino de rua = Moço ei, seu moço por favor,
Senhor = Ô menino que atrevimento é esse?
Saia da qui, não está vendo que estou ocupado?
Menino de rua= Eu só queria pedir...
Senhor = Saia logo desse lugar, voce está poluindo meu ar, olha só, que sujeira, voce está fedido, seu imundo
que coisa mais nojenta
Menino de rua = Moço, to com tanta fome eu só queria...
Senhor = Não queria nada, some daqui, quer que eu chame a ploícia? aqui não é lugar pra gente como voce.
Foi-se o menino chorando, pela rua ccoversando sobre o que queria falar para aquele senhor.
Menino de rua - Eu só queria comer, depois eu queria conversar um pouco com ele. Sinto vontade de conversar, de ficar perto de alguém, mas as pessoas não querem ficar perto de mim, elas fogem, se afastam para longe e isso dói igual a fome. Todos me olham com nojo, ninguém quer ficar perto de mim, me sinto tão mal, tão sozinho, não sei quem me jogou na rua, não lembro, não tenho família, eu sei que ando sujo, mas queria andar limpo e perfumado, igual aquele homem, queria saber por onde começar. Eu quero ser alguém na vida, quero que as pessoas me vejam e não tenham nojo de mim. Preciso arrumar um jeito de ser importante como aquele homem e todas essas pessoas, que passam por mim. Mas não quero fazer com os outros, o que eles fazem comigo. Só quero ser alguém, ser visto, sem nojo e ser abraçado por alguém. Cansei de viver sujo, pelas ruas, vendo todo mundo se afastar de mim. Sinto vontade de chorar, queria ser igual essas pessoas bem vestidas, limpas, mas onde vou tomar banho? Eu queria morar numa casa poder abraçar alguém, ter uma família.
Narrador = O tempo rápido passou, e um dia,
Aquele jovem encontrou alguém que lhe ouviu e o ajudou, dando-lhe casa, estudo e uma familia. O menino cresceu, dedicando-se sempre aos estudos e em medicina se formou. E imaginem que aquele senhor rico que havia desprezado o ex-menino de rua, encontrava-se agora numa maca de um hospital, do sus, já bem velho e maltratado pela dor e pelo que a bebida lhe causara, ele gemia muito. O
Jovem médico, passando pelo corredor ouviu os gemidos e ali parou e logo reconheceu o então senhor, que logo falou:
Senhor = Ôh! Doutor ajude-me a sair daqui, por tudo eu lhe peço.
Estou sentindo muita dor, o álcool me destruiu, eu nunca pensei que um dia, eu pudesse vir parar nesse lugar Doutor, eu já tive de tudo, você pode não acreditar, mas já fui muito rico e perdi tudo tão rápido. Hoje vivo desse jeito, tudo por causa da bebida e da mulher que me abandonou me deixando com um filho, que não pude criar sozinho e acabei dando o menino, hoje não tenho ninguém e me encontro nesse estado, me ajude
Doutor = Não se preocupe, cuidarei do senhor.
Senhor = Obrigada, Doutor faz horas que grito aqui e ninguém veio me atender
Doutor = Deus quis que fosse eu que viesse lhe atender aqui
Senhor = Você é tão bom, tão gentil
Doutor = Obrigado, eu tambem sofri muito na vida, fui rejeitado pelos meus pais e pela sociedade e inclusive por um senhor
que se parecia muito com você e naquele dia eu queria muito ficar perto do senhor.
Senhor = Eu? Deus me livre, acho que eu não tinha coragem pra fazer isso. Obrigada por me socorrer, Doutor, aqui nesse hospital do SUS, eu ia gritar até morrer se não fosse voce
Doutor = Fique tranquilo voce está em boas mãos e não sei porque eu sinto vontade de estar perto de você igual naquele dia. Talvez algo em mim, queira mostrar que eu consegui ser importante como aquele senhor que você era
Senhor: Eu não Doutor, você está enganado.
Narrador: E com uma doença rara, aquele senhor precisou de sangue o e o médico comovido, logo se prontificou e por curiosidade, por sentir algo diferente em relação aquele homem e até uma certa semelhança com ele, fez um exame de DNA que confirmou: Aquele senhor era o seu pai.
Que o abandonara ainda bebê, no auge do seu desamor e na quela praça o abandonou novamente quando o expulsou da sua presença.
(E foi o Doutor dar a noticia ao senhor)
Doutor = O senhor lembra de um menino que
passou por voce, quando estava sentado lendo seu jornal
numa praça, que voce gostava de estar todas as tardinhas? Você disse que o menino estava fedido e que ia chamar a polícia?
Senhor = Lembro, eu era muito ruim, mas como sabe disso?
Doutor = Pois é: Como Deus é sábio e justo, sabendo porém, que eu viria ao mundo para cuidar de vidas e
principalmente da sua, me fez conhecer primeiro a miséria, o gueto a fome e a rejeição da sociedade. Quanto à você Deus lhe deu béns e fez com que os perdesse, para poder descer do seu pedestal e quem sabe se tornar uma pessoa melhor. Olhe aqui esse exame, eu sou o filho, que o senhor abandonou e o ex menino de rua que mais uma vez voce rejeitou mandado-me sair da sua presença ameaçando chamar a polícia, lembras? Naque dia em que lhe pedi um prato de comida
Senhor = Meu filho! É voce? Me perdoe, eu perdi sua mãe e não sabia como fazer com voce, entrei em depressão, comecei beber lhe dei para um casal, e fui embora, parei com a bebida, arrumei béns! Mas voltei a beber novamente e acabei assim, me perdoe por tudo eu lhe peço
Doutor = Sim, perdou não guardo mágoas em meu coração, tenho muito amor pra dar e humildade para perdoar. Vou cuidar de voce até o fim da sua vida
Senhor = Obrigada, meu filho me dê aqui um abraço, o abraço que eu lhe neguei, por favor me dê esse abraço.
Soutor=Sim, meu pai. Esse abraço eu desejei durante todos os meus dias.
Narrador = abraçaram-se por longo tempo e o Doutor o levou para sua casa
Kainha Brito
Direitos Autorais Preservados