Hoje encontrei um velho amigo.
Hoje encontrei um velho amigo. As tardes quentes nem sempre são as mesmas. Aquela chuva que costumava cair, acostumou-se a arrastar-se mais manhosamente por outras direções.
Alguns fragmentos de tempo, simplesmente não voltam mais e aqueles deliciosos momentos de que você tanto esperou e quis que acontecesse, são agora resquícios do que se foi. Aquele aroma de melancia que corresponde a todos os prefixos -In.
A velha arquibancada vermelho-descascado continua onde sempre esteve.
Alguém muito especial, que em meio de risadas de ingenuidade de criança, aparece, fazendo-a parar pra pensar: ''pra que tanta pressa?’’ alguém que a lembra que um pouco de conhecimento nunca é demais; e que mesmo a chuva tendo mudado de horário e as tardes continuando quentes, os velhos amigos não mudam, eles continuam os mesmos. Nós é que mudamos.
Estar presente inconscientemente , atrelando-se a deveres rotineiros, faz-nos esquecer o quanto aquelas sandálias e bermudas xadrez fazem falta: Foram trocadas por salas tediosas e blusa social.
Nada disso importa. Sentido faz, dar boas gargalhadas e não ater-se a perguntas do tipo: ''Junto ou separado?’’ apenas responder: ''velhos amigos de novo’’.