Seios Saltitantes II

Passou rápido por mim.

Velocidade fugaz em cima do salto agulha preto, que combinava debilmente com a calça social e a simples regatinha preta.

Com os ombros e o começo das costas de fora, aparecia com destaque sua colorida tatuagem no meio das costas.

Corpo magro, esbelto, bem desenhado pela regata que marcava bem a cintura. Sua calça marcava bem os quadris – como todas as calças sociais fazem -, dando assim uma ótima visão do material que passou voando por mim, que estava sentado no lugar de sempre, em frente ao mesmo prédio.

E ela passava logo na minha frente, correndo com aquilo pulando na minha frente, hipnotizava, poderia deixar qualquer um de boca aberta, babando em cima daquele corpo fino, modelado por deus.

Por sorte minha deu tempo der ver alguma coisa. E que coisa!

Branca, clara como cristal, aquele decote da regatinha. Descobri que deixava muito mais a mostra do que os ombros e as costas. Não era muito profunda, podia se ver pouco, mas já era o suficiente.

Redondo, tampado pela bendita regata, devia ter o tamanho de uma laranja gorda, aspecto macio, bem formado. Pena que foi um flash rápido.

E passou voando, olhando pra frente – tanto ela quanto o resto – e eu nem pude ver seu rosto direito. Somente o cabelo esvoaçante castanho, comprido. Devia estar na metade das costas. Liso, parecia de propaganda... Ah, porque não estava do lado dela para ver aquilo andando, pulando, saltitando em frente aos meus olhos. Doçura minha seria estar ali onde ela vai terminar a corrida.

Queria eu, mero mortal, poder ver onde terminava aquela tatuagem das costas tão bem formadas, nem ao menos pude ver o desenho direito pela rapidez com que ela passou.

Estava em boa forma, podia-se adivinhar isso enquanto ela corria, estava obstinada, pelo menos é o que parecia. Quem sabe um dia eu não poderei ver de perto algo assim.

Peguei meu cigarro, como normalmente faço depois de ver uma cena dessas, me aconchego no canto onde estou sentado, sempre tentando fugir do fugir do sol pra variar. E penso...

Como é que eu não tenho uma coisa dessas em minhas mãos? Porque é que não tenho como sentir aquela coisa pulando sobre mim?

Talvez porque eu seja apenas um safado.

Espero ao menos ser um bom safado. Ou será que não?

Minari
Enviado por Minari em 15/04/2011
Reeditado em 15/04/2011
Código do texto: T2911037
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