Cor
Olhou-se no espelho e viu-se amarelo ouro. Reluzente, quase laranja.
Nem se assustou: acostumara-se a mudar de cor constantemente. Não sabia por que e também não se perguntava. Apenas saboreava cada instante, cada tonalidade.
Diariamente, refletia sua cor e dava dela a quem precisasse. Talvez entendesse agora a razão de ser tão diferente e tão igual ao mesmo tempo: também ele tinha seus dias de branco ou de preto intenso.