Confete
Noites de amor regadas a confetes de carnaval.
A festa lá fora era alta, mas seus braços me envolvem mais do que qualquer coisa.
Tenho insônia por causa do amor quente de fevereiro que me enlouquece.
O confete cai, a champanhe estoura na mesma hora que nossos lábios se tocam, e a festa não para.
O amor rola cada vez mais solto no Rio, a cada suspiro eu sinto seu coração bater sobre meu peito.
Vejo seus olhos cada vez mais pertos de mim, seu sorriso entrega seus sonhos e eu tenho medo de enfrentá-los... Tenho receio.
Os fogos me assustam, sua vaidade me consome, teu beijo me enlouquece, e seu abraço me envolve. Mas tudo se acaba nas cinzas do carnaval.
Meu sonho se desfaz como serpentina jogada pro vento.
Será que você é real?
Vejo meu sofá amassado, sinto o cheiro doce de champanhe no ar.
Tudo me deixa feliz, parece que eu já não estou aqui, o carnaval não passa nessa terra de meu deus. O que será que tem aqui?
Vejo meu confete voando com o vento, que também leva meus medos de amar.
Porque tenho tanto receio?
O prazer do samba corre nas minhas veias e o meu espírito é livre, mas o que é que você tem que me faz ficar tão preso ao chão?
O amor do carnaval não tem essas barreiras que eu impus sobre mim, e que com tanto pesar não consigo tirá-las agora que eu quero amar!
Espírito do carnaval, doce samba que corre pelos meus pés, confete amado que voa com o tempo e morre com a quarta de cinzas, peço tua ajuda nesse amor quente de fevereiro!
Quero o sorriso e o abraço, o beijo e o carinho. Quero tudo o que meu carnaval deseja. E festejar... Festejar ate não poder mais.
Cair e sentir a queda! Com o sabor do champanhe!
Quero você.
Quero meu sofá amassado.
Quero meu confete.
Quero samba!
Quero carnaval!