Liberdade
Viajar para longe.
Ver a humanidade cair em desespero através dessa lente espelhada.
Meus óculos já não podem mais mostrar as mentiras que eu desejava ver.
Minhas lentes já empoeiradas pelo tempo não me mostram mais as ilusões que costumavam me anestesiar.
Quero sentir o ar limpo passando pelo meu rosto recém barbeado, sentir o vento gelado dessa cidade poluída.
Quero acompanhar esse vento, viajar para longe, para a mata virgem, que carece de novas descobertas. Ver as maravilhas da natureza que existem em contos de fadas imortalizados pela mídia surreal.
Procurando sempre por algo que eu não possa pegar, um sentimento palpável e visível, mais que permanece tão distante de minhas mãos.
Quem poderia imaginar que um jovem rapaz como eu poderia chegar a esse ponto.
Quero ver os olhos da multidão e sorrir como num palco de teatro existente apenas em meus sonhos.
Ver o brilho das luzes de uma cidade que não dorme, que as pessoas jogam suas vidas através de uma carta qualquer de baralho, ou então em dados viciados.
Sentir o glamour fantasioso de uma noite de núpcias com a realidade.
Será que custa tanto assim poder viajar?...
Talvez esse sonho seja possível e passível alem do impossível, basta torna-lo real.
E eu em minha insanidade temporária instalada por um sistema de regras aleatórias, libertadas por um comandante cego de cinta-liga, que acende seu charuto numa nota de 50, ira fazer de mim seu escravo a longa distancia.
Nesse ápice insano, irei voar e finalmente viajar... Pulando por essa janela do 13° andar.
Enfim LIBERDADE!