A sutileza de Raul Seixas
Em um verso de uma letra do Raul bom baiano Seixas, Ele canta assim: "baby, hoje cê faz treze anos,
Vejo em seu rosto,
seus planos,
Eu sei que você quer deitar,
Não dá,
Ouvido à razão...
Com efeito, vamos ao conto:
A fulaninha vinha dançando o um para lá, dois para cá, dobrando a cintura violada em cima das pernas. Descia a ladeira sob assovios e palmas, as vezes escapava de alguma boca um "gostosona, vai lá em casa, vai"; porém, notabilizava-se mesmo era por mostrar a máscara da mulher "Melancia" tapando os lábios da boca. Ao que o mais inocente e ingênuo ladeirense, indagava: "Ué, o que há demais em usar uma máscara de pano tapando os dois lábios da boca?
Fazendo-o entender, contudo, nas curvas que os olhos se espantam e a imaginação se perde indo parar nas entranhas, há mais coisas por ver, pensar e refletir; e sem um pingo de pudor, a peça de pano usada por cima dos lábios da boca era maior, muito maior que o short que lhe cobria parte das nádegas; fazendo com quê as dobrinhas da bunda sorrisem, maliciosamente, para os olhos que as contemplavam. Deveras, o turismo sexual brasileiro difundido por Anitta mund'afora faz efeito positivo.
E as vistas dos gringos aprovam, a mente divaga e a imaginação...; Ah, a imaginação! A cavuca fundo as entranhas; afinal, solo abundantemente fértil, é o princípio de boa e qualificada semeadura.
Bem, o conto é inspirado no profeta Seixista, aquele que disse que o "negócio é alugar o Brasil", - aliás com o dólar e o euro ao valor de picanha, o Brasil já está alugado, faz tempo - então sigamos refletindo sobre o escrito por Ele, e "faça o que tu queres, pois é tudo permitido por lei".
Raul não perdia tempo em jogar esperma fora com uma foda mal musicada, e sim com um espantoso fodão metafórico no superlativo recheado de críticas ácidas e ao mesmo tempo, sensatas e adocicadas! E fodam-se os desentendidos; afinal, todos sabem o que Ele quis, tanto para a cultura quanto para o Brasil, e o fosso abismal que domina a cultura brasileira, atualmente.