FOGO
Gerson passava em frente ao cemitério.
Olhou para o lado e sentiu aquela paz. Gostava de cemitérios. Não fosse o avançado da hora e a pressa que tinha para chegar a casa após o longo dia de trabalho, entraria naquele recinto para caminhar entre os túmulos.
Ouviu um som estranho e logo detectou ser o canto de uma coruja. Era apenas uma ave. Ah o povo cria tantas histórias sobre esses lugares! Não era de sentir medo nem acreditava em coisas do além. Era um ser racional que cria na ciência e dizia que para tudo tem uma explicação.
Quando passou em frente ao portão do campo santo viu uma luz, quase em frente à capela. Uma chama azulada que parecia formar desenhos no ar e que surgiu após uma pequena explosão. Fogo fátuo, normal. Tudo explicado.
A ciência e a racionalidade explicavam tudo. Ele não se preocupava com coisas do além. Só não conseguia explicar porque estava sendo atraído por aquela luz e não conseguia evitar ir em direção a ela. Pulou o portão e seguiu rumo à capela...
E Assim como a ciência não explica certas coisas, a polícia também não conseguiu explicar o desaparecimento de Gerson.