O combate interior.

O bloqueio da mente suplicava pelo desafogar das palavras.

A hiperatividade de pensamentos clamava por disfarces de vícios desnecessários.

A dispersão suavizou o que o coração aflito desejava desabafar.

E pelas verdades não ditas, o tempo sufocou a mulher e sua menina.

Resistir aos caminhos fáceis parece ser contraditório para aquela mulher acostumada com suas auto rédeas.

A menina entretanto morde a mão de quem encobre seus lábios e implora no olhar por atitudes de sua mulher.

A mulher sabia que seu progresso era considerável, mas as pedras pequenas de seu trilhar a imobilizavam mais que as grandes.

Ambas dispunham de toda a ajuda que quisessem, mas sabiam que a maior evolução só poderia partir de sua mútua cooperação.

Seus lamentos pareciam histórias alheias, mas haviam cicatrizes que as lembravam de seus erros e insatisfações.

Por aquele momento, necessitavam da força que todos a diziam para ter.

Deviam isso não só aos que as amavam, mas para a deusa interior que compartilhavam timidamente em seus interiores.

Um formigamento de membros inferiores, lembrou a mulher de seu momento presente.

A menina sorriu ao perceber que ao mínimo chamado,sua mulher já sentia suas necessidades.

A ansiedade era descarga elétrica que nutria os pensamentos repetitivos, mas era animador saber que o combate já não era solitário.

Angela MT Melo
Enviado por Angela MT Melo em 13/01/2013
Reeditado em 17/01/2013
Código do texto: T4083438
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