O combate interior.
O bloqueio da mente suplicava pelo desafogar das palavras.
A hiperatividade de pensamentos clamava por disfarces de vícios desnecessários.
A dispersão suavizou o que o coração aflito desejava desabafar.
E pelas verdades não ditas, o tempo sufocou a mulher e sua menina.
Resistir aos caminhos fáceis parece ser contraditório para aquela mulher acostumada com suas auto rédeas.
A menina entretanto morde a mão de quem encobre seus lábios e implora no olhar por atitudes de sua mulher.
A mulher sabia que seu progresso era considerável, mas as pedras pequenas de seu trilhar a imobilizavam mais que as grandes.
Ambas dispunham de toda a ajuda que quisessem, mas sabiam que a maior evolução só poderia partir de sua mútua cooperação.
Seus lamentos pareciam histórias alheias, mas haviam cicatrizes que as lembravam de seus erros e insatisfações.
Por aquele momento, necessitavam da força que todos a diziam para ter.
Deviam isso não só aos que as amavam, mas para a deusa interior que compartilhavam timidamente em seus interiores.
Um formigamento de membros inferiores, lembrou a mulher de seu momento presente.
A menina sorriu ao perceber que ao mínimo chamado,sua mulher já sentia suas necessidades.
A ansiedade era descarga elétrica que nutria os pensamentos repetitivos, mas era animador saber que o combate já não era solitário.