Amar

Os dois encontraram um no outro todas as boas coisas que sempre buscaram.

A simplicidade única no prazer real, não na surrealidade de casos caóticos, conturbados, aqueles em que pequenas coisas acabam se tornando o motor propulsor da relação.

Tipo assim, se não existe atrito, não flui.

Com eles era diferente, a conexão evolutiva os colocava na mesma frequência.

Eram cúmplices, amigos, amantes, culpados e inocentes.

Felizes sempre, não importava se conversando em um banco de praça ou caminhando por um cemitério observando as fotos de todos que um dia aqui também estiveram.

Costumavam fitá-los bem nos olhos, em suas lápides e podiam ouvir os sussurros:

_ Carpe Diem!

Aproveitem bem o dia, a essência de viver é unicamente sentir o enlevo de amar, obviamente precisamos entrar no sistema mas nunca deixar de ouvir a poesia!!

Julia Lopes Ramos
Enviado por Julia Lopes Ramos em 22/03/2009
Reeditado em 22/03/2009
Código do texto: T1499920