O dia em que a Lua sumiu
O DIA EM QUE A LUA QUE SUMIU
Alberto Valença Lima
Formiguinha era como todos conheciam Carolina. Na escola ou em casa. Esse apelido foi posto pelo seu pai, porque ela era muito comilona. Sempre estava pegando um docinho aqui, um salgadinho ali, uma comidinha qualquer que encontrava.
Mas Formiguinha tinha uma coisa que poucas crianças têm: ela adorava a Lua. Sempre que era noite de Lua, Formiguinha se sentava na varanda do apartamento, e ficava a noite inteira admirando a Lua. Ninguém podia mexer com ela, pois ela se zangava. Queria apenas ficar olhando a Lua no céu. Era uma verdadeira adoração. E nessa hora, ela nem se lembrava de comer. Só quando estava na hora de dormir, que Formiguinha saia da varanda.
Então um dia seu pai lhe contou uma história, e Formiguinha ficou muito feliz. Era a história da Lua que sumiu.
A Lua estava linda no céu bem azul. Não tinha nem uma nuvenzinha. Todos estavam em festa. Até os bichos na floresta festejavam aquela luz toda. Os poetas e namorados festejavam e cantavam. O poeta fazia versos de amor, e a Lua sorria para ele. E os bichos ficavam na floresta numa correria enorme. O sapo na lagoa cantava para a rã. A coruja piava e batia as asas alegre. O leão, rei dos animais, passeava com a leoa e cantava. E ela se alegrava. Os macacos gritavam nas árvores pulando de galho em galho e faziam piruetas. O hipopótamo mergulhava e levantava a cabeça pra olhar a Lua de dentro do rio. E vez por outra pegava algum peixinho descuidado que não via aquele bicho enorme que era quase da cor da água. A girafa com seu pescoço grande, comia as folhas mais altas das árvores, e os passarinhos comiam os mosquitos e besouros que dormiam nos galhinhos de mato. Todos estavam felizes.
De repente, a Lua sumiu do céu! Ninguém mais conseguia ver a Lua. Meu Deus! E então? O que aconteceu? Todos ficaram preocupados sem saber o que tinha sucedido com a Lua. A girafa que estava mais perto da Lua foi logo acusada de ter comido a Lua por engano. Ela logo se defendeu dizendo que a Lua era muito grande pra passar pela sua boca. Ela só comia folhinhas. Então um dos macacos logo teve uma ideia. Disse que devia ter sido o sapo pensando que ela era algum mosquito. E ele também se defendeu dizendo que não gostava de coisas amarelas. Só gostava de bichinhos pretos. Mas disse que tinha visto quando a coruja estava batendo as asas e, certamente, numa dessas batidas de asa, a Lua tinha sido jogada pra longe. A coruja ficou preocupada, mas falou que estava debaixo de uma coberta, e o vento das suas asas não poderia ter subido a Lua, pois a coberta não ia deixar. Foi quando o leão deu um rugido furioso. Quem começou toda essa história foram os vagalumes, que ficaram muito felizes por ter a Lua desaparecido, pois passaram a piscar mais, e vagalumear por aí.
Nessa altura, a Lua voltou a brilhar bela e amarela como antes.
E na verdade, o que foi que tinha acontecido com a Lua? Só um eclipse!
E seu pai foi explicar pra Formiguinha, o que era um eclipse. Peça a seu papai ou à sua professora para explicar também o que é um eclipse.
_____
Nota
Texto enviado para a coletânea a ser realizada pelo poeta Maurício de Oliveira do Recanto das Letras para criação de um e-livro a ser editado em breve destinado a crianças de 5 a 12 anos.
O DIA EM QUE A LUA QUE SUMIU
Alberto Valença Lima
Formiguinha era como todos conheciam Carolina. Na escola ou em casa. Esse apelido foi posto pelo seu pai, porque ela era muito comilona. Sempre estava pegando um docinho aqui, um salgadinho ali, uma comidinha qualquer que encontrava.
Mas Formiguinha tinha uma coisa que poucas crianças têm: ela adorava a Lua. Sempre que era noite de Lua, Formiguinha se sentava na varanda do apartamento, e ficava a noite inteira admirando a Lua. Ninguém podia mexer com ela, pois ela se zangava. Queria apenas ficar olhando a Lua no céu. Era uma verdadeira adoração. E nessa hora, ela nem se lembrava de comer. Só quando estava na hora de dormir, que Formiguinha saia da varanda.
Então um dia seu pai lhe contou uma história, e Formiguinha ficou muito feliz. Era a história da Lua que sumiu.
A Lua estava linda no céu bem azul. Não tinha nem uma nuvenzinha. Todos estavam em festa. Até os bichos na floresta festejavam aquela luz toda. Os poetas e namorados festejavam e cantavam. O poeta fazia versos de amor, e a Lua sorria para ele. E os bichos ficavam na floresta numa correria enorme. O sapo na lagoa cantava para a rã. A coruja piava e batia as asas alegre. O leão, rei dos animais, passeava com a leoa e cantava. E ela se alegrava. Os macacos gritavam nas árvores pulando de galho em galho e faziam piruetas. O hipopótamo mergulhava e levantava a cabeça pra olhar a Lua de dentro do rio. E vez por outra pegava algum peixinho descuidado que não via aquele bicho enorme que era quase da cor da água. A girafa com seu pescoço grande, comia as folhas mais altas das árvores, e os passarinhos comiam os mosquitos e besouros que dormiam nos galhinhos de mato. Todos estavam felizes.
De repente, a Lua sumiu do céu! Ninguém mais conseguia ver a Lua. Meu Deus! E então? O que aconteceu? Todos ficaram preocupados sem saber o que tinha sucedido com a Lua. A girafa que estava mais perto da Lua foi logo acusada de ter comido a Lua por engano. Ela logo se defendeu dizendo que a Lua era muito grande pra passar pela sua boca. Ela só comia folhinhas. Então um dos macacos logo teve uma ideia. Disse que devia ter sido o sapo pensando que ela era algum mosquito. E ele também se defendeu dizendo que não gostava de coisas amarelas. Só gostava de bichinhos pretos. Mas disse que tinha visto quando a coruja estava batendo as asas e, certamente, numa dessas batidas de asa, a Lua tinha sido jogada pra longe. A coruja ficou preocupada, mas falou que estava debaixo de uma coberta, e o vento das suas asas não poderia ter subido a Lua, pois a coberta não ia deixar. Foi quando o leão deu um rugido furioso. Quem começou toda essa história foram os vagalumes, que ficaram muito felizes por ter a Lua desaparecido, pois passaram a piscar mais, e vagalumear por aí.
Nessa altura, a Lua voltou a brilhar bela e amarela como antes.
E na verdade, o que foi que tinha acontecido com a Lua? Só um eclipse!
E seu pai foi explicar pra Formiguinha, o que era um eclipse. Peça a seu papai ou à sua professora para explicar também o que é um eclipse.
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Nota
Texto enviado para a coletânea a ser realizada pelo poeta Maurício de Oliveira do Recanto das Letras para criação de um e-livro a ser editado em breve destinado a crianças de 5 a 12 anos.