PEQUENO CONTO DE NATAL
O dia de natal é um dia em que as pessoas - pelo menos, a maioria -, se irmanam, inspiradas pelos exemplos de Jesus Cristo, num só sentimento: o do amor ao próximo.
Mas Juarezinho de apenas doze anos, não entendia o porquê que depois que passa a data de natal, muitos se esquecem de dar continuidade a esse sentimento. Nem seu Juarez, seu pai, sabia responder, de modo convincente a pergunta do filho.
- Então, papai, por que isso acontece?
- Filho, você está me fazendo uma pergunta difícil de responder. Pois, há que se levar em conta que o natal em que se comemora o nascimento de Jesus Cristo só acontece uma vez no ano!
- Eu sei pai, mas, por isso mesmo que devia ter continuidade. Pois, o nascimento de Jesus, foi apenas um exemplo para que amemos ainda mais os nossos semelhantes.
Apesar da pouca idade, Juarezinho tinha um entendimento apurado das coisas, parecia adulto conversando e conversando com propriedade. Não esqueçamos que o próprio Jesus Cristo, com essa idade estava deixando os doutores estupefatos com a sua divina sabedoria.
No caso especifico de Juarezinho, Ele, simplesmente, queria entender do pai onde ia parar o sentimento solidário de irmão para irmão, esquecido por muitos homens depois que passava a data natalina.
Na casa de Juarezinho não tinha conforto material, mas tinha livros, muitos livros. E tais livros é que o ajudaram a ter o entendimento que possuía e fazer as perguntas que fez para o pai.
Ele, igual a muitos outros meninos, queria apenas que todos os meninos e meninas, velhos e mulheres, se sentissem felizes todos os dias, que nos outros dias as pessoas não se hostilizassem, que não se tratassem com indiferença etc e tal, e que sempre lembrassem e não deixassem de ajudar os mais necessitados, independente do tempo.
- Papai, se Jesus Cristo deixou tantos exemplos de amor, porque existem pessoas que não seguem seus exemplos?
- Filho, eis uma pergunta que eu gostaria muito de te responder, mas não possuo sabedoria suficiente pra isso! Só sei que Deus, o pai Dele, deu livre arbítrio. Isto é, a liberdade, para os homens fazerem tanto o bem como o mal. Aí vai de cada um (a), filho!
- Entendi, pai! Então, se é assim, vamos fazer nossa parte, repartindo o pouco que temos com os que estão mais próximos de nós. Tá bom, pai?
- Claro, filho! Claro, filho!
E, assim, na noite de natal, mesmo tendo pouco, Juarezinho, junto com a sua família, se sentia feliz e sonhava que tal amor fosse o sentimento principal, todos os dias, em todo lar, seja num lar pobre, ou num lar rico.
Laudate Dominum