O PACTO NA FLORESTA

A vida na floresta estava ficando muito difícil por causa da invasão humana. Seus habitantes já não tinham sossego com tanta poluição sonora, causada pelas moto-serras, tratores, caminhões, algazarras e gritos humanos que comprometiam a harmonia florestal. Não se ouvia mais a comunicação entre os pássaros, com seus cantos e assovios que trocavam entre si as notícias do dia e as conversações comuns entre as espécies. Os gritos, os berros e os rangidos dos animais, tão comuns na floresta, não eram mais ouvidos, porque nos grandes clarões das árvores derrubadas, se perdia o eco dessa orquestração.

As aves andavam amedrontadas e negavam seus cantos ao embelezamento sonoro da floresta, por medo de serem capturadas. Inhambus, juritis, papagaios, araras e tantos outros, estavam proibidos de integrar a orquestra sinfônica da floresta. Poderiam ser alvejadas em pleno canto, por um caçador impiedoso.

A Onça-pintada, a Jaguatirica, o Lobo-guará, o Porco-espinho, o Tatu e muitos outros animais estavam apavorados e já não desciam para beber no rio, alguns já haviam sido mortos quando saciavam a sede, pelas espingardas dos invasores.

A Anta, o Veado-catingueiro, a Ema e vários outros viventes dali estavam passando fome por não poderem sair para saborear a pastagem na beira da chapada, com medo de caírem nas armadilhas mortais, instaladas pelo homem nas veredas da mata.

A todo o momento se ouviam estampidos de tiros que atravessavam mata adentro, quase sempre causando baixas e provocando um desespero na floresta.

A Arara-azul já não cantava mais, apenas gritava para alertar os outros seres sobre a presença de estranhos.

Nem à noite havia mais silêncio. Os caçadores desrespeitavam o repouso noturno da floresta, e com suas espingardas, covardemente, atiravam nos “bichos” até mesmo dormindo, indefesos. Alguns animais eram baleados e acabavam morrendo sem assistência, fato que tinha sido constatado pelo Urubu-rei.

O Lobo-guará, quando saía para caçar à noite, era constantemente atacado pelos cachorros caçadores, que invadiam seu reduto e disputavam, ilegalmente, a sua natural alimentação.

Era grande a lamentação e o desespero na floresta. Os buracos eram poucos para o esconderijo de tantos animais apavorados. As árvores estavam sendo derrubadas e os pássaros não tinham mais onde fazer seus ninhos, nem onde dormir.

À noite, alguns animais saíam para passear, outros para fazer uma caçada natural, mas muitos não voltavam, tornavam-se presas do homem, esse “bicho pensante”, cruel e sem escrúpulos diante da natureza, que não se contentava em derrubar as belas árvores floridas, mas também apresentava apetite voraz pelos seres que ali habitavam.

Debaixo dos pequizeiros, das castanheiras, dos jatobás e de muitas árvores frutíferas, onde era costume os animais se reunirem na boca-da-noite para um jantar mais farto, já não se podia mais frequentar; o homem armava suas espingardas justamente nas veredas de acesso e ainda subia na copa das árvores para mirar os infelizes animais inocentes que ali iam pastar ou degustar uma frutinha. Uma verdadeira carnificina.

Era preciso tomar uma providência urgente ou a extinção engoliria todos os viventes da selva e ela própria.

O PACTO NA FLORESTA.

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Autor: José Ribeiro de Oliveira.

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Professor José Ribeiro de Oliveira
Enviado por Professor José Ribeiro de Oliveira em 23/11/2010
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