RESSUREIÇÃO PARA ACERTOS DE CONTAS, o pai de Celinha
Celinha era a filha mais nova de Josefa, seu pai deixou de herança uma casa, hoje a moradia que ampara essa mãe e filha, pelas contagens no calendário, nessa data está fazendo dois anos do sepultamento do chefe dessa pequena família, nos dias atuais falecido, para Celinha foi um pai exemplar, essa menina de apenas uns dezessete anos sempre guarda seu pai através de suas orações.
Nessa quarta-feira Celinha foi abordada por um sinal muito estranho, quando lavava a última colher entre um montão de louças já enxaguada,
percebeu uma visão meio fantasmagórica, parecia uma mensagem de seu pai, dizia para que fosse ao cemitério e fizesse uma visita na tumba, seu pai teria que alertar para um fenômeno que estará para acontecer nessa cidade, mas, porém, vá e ore, reze, se apegue com deus, só ele para nos proteger. Apesar da pouca idade, Celinha não se abalou, nenhum pouco de medo.
Nesse meio de tarde, Celinha foi até a prateleira onde sua mãe guardava as despesas para o mês, com muito esforço conseguiu alcançar um maço de velas, calçou o tênis e se dirigiu rumo ao campo santo, intenção, fazer algumas preces em intenção de seu falecido pai.
Cemitério muito antigo, mau conservado, as covas disputavam espaços com os arbustos que nasciam desordenadamente, o pai de Celinha estava sepultado ali bem próximo do portão que dava acesso a centenas de sepulturas.
A menina se prostrou diante da lápide onde guardava os restos mortais de seu pai, sacou de sua bolsa algumas velas, acendeu-as, demostrou alguns gestuais e assim que começou a concentras em suas orações, de olhos fechados mais ainda percebeu que alguém chegou ali do lado, desviou a atenção para conferir quem seria essa pessoa, constatou que se tratava de um senhor demente, um louco como o povo da cidade o tratava de Longuinho que quando estava surtado saía pelas ruas dessa cidade fazendo pantomima, cantando alto e fazendo discurso expressando suas fantasias de anormal.
Celinha percebeu que esse senhor também veio aqui para fazer algumas orações, viu que não era motivo para se preocupar, ele estava em silêncio com suas orações.
A menina ficou por ali em volta do túmulo de seu pai durante algum tempo, fazia alguns minutos de orações, retomava, gastou vária velas daquele pequeno maço.
Longuinho chamou atenção de Celinha pedindo licença para dirigir algumas palavras, a menina respondeu dizendo que ele poderia dizer, perguntar:
- Você pode me arrumar um palito de fósforo, esqueci minha caixa de palitos, estou sem fogo, assim não consigo acender minha vela. (perguntou o senhor de nome Longuinho)
- Sim, posso sim, aqui está, pode levar para você. (Celinha respondeu com gestos de caridades, e o entregou uma caixa cheia de palitos de fósforo)
- Não mocinha!... eu disse somente um palito, não preciso da caixa toda, acendo uma vela e reparto o fogo para as outras que acenderei. (Longuinho)
- Não tem problema pode ficar pra você. (Celinha).
Antes de voltar pra casa, Celinha deu início aos últimos minutos de reza e orações, para despedir em momento de fé, nesse exato instante Celinha sentiu aquela mesma vertigem que aconteceu na primeira quando lavava a louça, sentiu que se tratava da mensagem de seu pai falecido a muito tempo.
Der repente ouviu-se um barulho estranho, parecia desabamento de alguma estrutura de construção, quando ela abriu os olhos ficou aterrorizada com o que viu, chocada com uma rachadura enorme sobre o mármore que arquitetava o túmulo de seu falecido pai, uma fresta enorme desenhou dês da cruz até o outro lado indo até os compartimentos das gavetas, isso era motivo de ficar muito assustada, se dizia, mensagem do além, em seguida surge uma voz cavernosa, alertando Celinha para algo que verá acontecer nesse futuro bem próximo, Celinha percebeu que se tratava da voz de seu pai levando essa mensagem, assim dizia:
Fique atenta, avise quem você poder, haverá uma rebelião dos mortos, eu tenho o conhecimento disso, eles se levantarão de suas sepulturas e marcharão em rumo as vilas e centro da cidade, os mortos irão cobrarem suas dívidas a quem os tenham ofendidos quanto em vida, eles cometerão um grande genocídio, peço que você e sua mãe não saiam de casa nesse dia, aguardem até quando tudo se acalmar.
Como de costumes, os cemitérios ficam ar retirado um pouco além do centro da cidade, assim obrigatoriamente se trata de uma necessidade, pois não ficaria nada normal se fosse contrário, nessa cidade os mortos seriam sepultados em campo santo localizado no fim da rua principal.
Logo Celinha ficou de obrigação cumprida no que se diz lado espiritual, se levantou esticando novamente seus joelhos, de pé pôs a se movimentar, deixou aquele ambiente que cheirava mortos e bateu em retirada, regressando para sua casa, olhou para trás ainda percebeu que longuinho ficou por lá, imagine, louco como é, ainda viu a cena do morto pai de Celinha estourando a catacumba, momentos de horrores ainda perguntando para si.
- Meu deus que está acontecendo com esse nosso mundo, parece que estamos vivendo o fim dos tempos; os mortos emergem de suas covas, atende orações, envia mensagens para seus entes ’queridos, agora só nos resta aguardar o que virá de novidade, essas cobranças serão para mudar as ordens das rotinas, imaginem todos vocês.
Frederico que além de traído pelo seu melhor amigo, ainda mais, sua esposa se juntou com o assassino e cometeram o crime, entrava em questão uma apólice de seguro em altos valores, agora senhor Frederico se levantou dos mortos somente para essa vingança, serão localizados e vingados.
Esse cadáver saiu a frente, logo virão outros, subirão por aquela pequena e curta estradinha que dava acesso a entrada pelo portão desse cemitério, procurará sua viúva esposa e se vingará, na verdade Rose e Lois foram autores desse crime de assassinato em que levou senhor Frederico as condições de defunto, Rose e Louis agora estão sendo procurado para acerto de contas.
Dessa vez não foi somente o falecido Frederico que se levantou dos mortos, senhor administrador do cemitério percebeu algumas outras covas eclodida e violada, na verdade o espaço para acondicionar o cadáver estava vazio, algo misterioso e inexplicável, os mortos estrão se safando das amarras as quais os seguravam para a vida eterna, o senhor sinistro que andavam pelas ruas com a gola do casaco e um capote que escondia por totalidade o rosto transfigurado, próprio de uma aterrorizante surgida do além mortos, se tratava do vingador vindo das trevas além vida. Cuidado, não fale com ele, não o cumprimenta, ignore, ele poderá agir com violência, por enquanto a vingança será contra Lois e Rose, outros indivíduos também estarão na mira de suas fúrias que tiveram suas avenças contra Frederico, Lois e Rose, agora serão vingados e serão levados para o mundo dos mortos.
Quando ele subia rua a cima, fato curioso aconteceu, Frederico demostrou toda a sua força e capacidade de destruição, enquanto os cães latiam, rosnavam mostrando os dentes instigando e ameaçando a tal temida criatura, der repente um dos mais temíveis cachorros da raça pitbull... muitos transeuntes assistiam as cenas, o monstro ia ser atacado por um cão muito raivoso, todos assistiam essa briga, certeza! Se fosse um ser normal a ser atacado o estrago seria de grandes proporções, mas o que se foi assistido ali naquelas cenas foi de causar espanto, ficaram aterrorizado, quando o cachorro atacou o monstro de garras e afiados dentes, o animal foi contra-atacado, o monstro revidou as investidas, esse morto vivo, aplicou um forte pontapé atirando o animal contra o muro, o impacto foi tão grande que causou múltiplas fraturas no esqueleto do animal, por aí já se podia calcular a força e destruição que essa criatura poderia causar.
Frederico; o cadáver vingador seguia aquela avenida, fazia frio e o clima era de inverno intenso, destino, mercadão BB intuição cadavérica dizia que o casal que ele procurava estava fazendo compra e já regressava para casa, o monstro ficou parado em um ponto de ônibus que existia bem ali naquela esquina dessas duas ruas mais importante da localidade urbana, ele tinha certeza que Lois e Rose passariam por ali, estaria ele pronto para atacar nesse momento fatal.
O chegar da noite se aproximava, esse crime já estava para acontecer, o casal vinham nessa direção, convicto que praticaria esse duplo assassinato e nada o repreenderia, não constaria em nenhum código penal que alguém do além praticaria um crime e seria encarcerado, Lois e Rose se sentia muito solto, sabia que havia praticado um crime perfeito, agora é só gastar esse rico dinheirinho, usar seus entorpecentes e suas drogas mais de alta alucinação, Rose passou a ser usuária de drogas, consumidor de Opel, cocaína e maconha, com o dinheiro desse golpe, ainda mais, Lois a viciou para ter acesso aos ricos milhões roubados com esse estelionato, Frederico perdeu sua vida, Lois e Rose foram os autores desse crime, até a poucas horas vivem juntos, mas algo está para acontecer, o falecido de Rose ressuscitou para vingar seu rival e ladrão do Seguro de vida em que esse casal agora está desfrutando.
Com o clima frio, muitos jovens e senhores usavam um capuz, assim como os viciados consumidor de droga, Frederico se mimetizou em meio desses personas, mais para que ninguém percebam seu semblante de morto vivo.
O casal atravessou a rua e se aproxima do local que Frederico se prontificava para o ato de assassinato, logo o tal ressuscitado de nome Francisco, nome dado para os vivos, mas agora sem nome para essa condição de existência.
Frederico abordou os dois, segurou pelo braço em um impensado a és esposa, agora viúva, sacou não se sabe de onde uma longa espada e desferiu um golpe certeiro, o covarde ao qual a acompanhava tentou se evadir do local, mas Frederico tocou os calcanhares tirando o pé de apoio, Frederico; o monstro efetuou vários golpes de espada causando umas oitos perfurações, entre Lois e Rose, o cadáver Frederico gritava alto com sentimento de estar vingado, demostrava todo aquele rosto desfigurado, os corpos de Lois e Rose deitados em uma enorme poça de sangue.
Havia algumas pessoas no ponto do ônibus aguardando para se embarcarem de volta para casa, ficaram amendrontados e presenciaram essa noite de horror, a mocinha mais corajosa sacou um celular e tentava falar com a polícia, encontrou a central telefônica congestionada, parece que quase a cidade inteira estavam telefonando para a polícia nessa hora, finalmente a mocinha conseguiu linha, telefonista muito apavorada perguntava para a moça que assistiu tudo, indagava o nome e vários dados dessa testemunha ocular que foi relatando tudo.
Polícia retoma o diálogo e pergunta como se deu o ato desse crime e dizia que o autor tinha toda as evidencias de um monstro vindo do cemitério, ele parecia com um cadáver andante, coisa muito horrorosa.
A telefonista que comandava umas outras vinte e cinco telefonistas disse apavorada que todos ramais estavam ocupados, toda a cidade telefonava com esse mesmo enfoque; monstro sobrenatural atacam pessoas matando a golpes de ferramentas cortantes e até estrangulamentos, afirmava que essa cidade se tornou uma calamidade pública, havia infinidades de corpos atirados ao chão, vitimados dos ataques desses cadáveres, mortos ressurgiram dos mausoléus, das catacumbas e covas fundas para vingar os que em vida foram ofendidas.
Na manhã seguinte quase todos habitantes desse município se dizia ter perdido algum ente querido da família, os mortos de muito tempo sepultados vieram a tona para vingar todos os que fizeram mau em vida, eles vieram vingar, mesmo seria intrigas de poucas causas, morreram muitos caluniadores, senhoras metidas em fuxicos, pessoas que agrediam senhores idosos, crianças, trapaceiros, estelionatários e até religiosos que cobravam quantias indevidas a seus fiéis.
Nesse momento estão todos reunidos em um campinho de futebol cito ali na periferia, eles estão reunidos para voltarem para seu devido lugares, prometendo um retorno em breve, aguardem, outra turma de monstros cadáveres, já se preparam para um novo ataque
Tudo aconteceu conforme Celinha e o louco profetizador longuinho presenciou, Frederico era o pai de Celinha, estava escalado para o primeiro ataque, longuinho presenciou quando o alerta fora dado no momento que estrondou a catacumba, Agora Celinha ficou órfã.
Antônio Herrero Portilho/06/9/2024.