Numa briga no botequim. (continuação de O inferno d'antes não é como agora.)

Nesse lugar dos quintos dos infernos já estava quase na hora da jornada de trabalho começar, ultimamente as atividades nesse lugar dos infernos intensificavam cada vez mais, uma correria danada, carroças e mais carroças de lenhas trafegavam nessas ruelas dessa cidade interplanetária, todos os carregamento dirigiam para o mesmo lugar, local meio que afastado desse centro comercial, onde havia um enorme forno e um taxo que permanecia aceso dia e noite sem parar, os corpos eram atirados ali em águas fervente, quer dizer, isso conforme o cumprimento dessas penas.

Nessa manhã como de costume o Estrela maior se aproximou de seu trono, arrumou sua capa preta, esfregou as mãos no rosto, tocou nos chifres, para conferir se estavam envernizado demostrando elegância, pela vista no espelho de sua saleta constatou que tudo estava nos conformes, Estrela Maior com uma canequinha de um líquido parecendo café junto com algo comestível, igual a um pedaço de bolo, mesmo com as mãos ocupadas, virou o traseiro para o acento e se sentou se, até que meio sem jeito, é que as mãos estavam ocupadas com esse lanche da manhã, terminou de deglutir demostrando muita pressa, até entalou se de tão cheia estar a boca, não mastigou direito, causando vário soluços... coisa de diabos, se acomodou nessa tipo de cadeira de almofada tamanho grande, bocejou um pouco, verificou suas vestes para ter certeza que tudo estava bem arrumada, mas não estava, levantou se novamente e se consertou, apertou essa calça ainda bem perto do umbigo, acondicionou a matula dentro das cuecas, fechou os botões da braguilha que havia esquecido da última vez que urinou, voltou a assentar o bundão na fofa almofada, agora acho que será por definitivo, chamou a ruivinha para dar uma ordem.

- Prontinho chefe, que mandas, estou a suas ordens.

- Quero que você me chame aquele meu rapaz que trabalha na boca do forno de sacrifícios, eu estive olhando suas informações na sua ficha descobri que ele é realmente o diabo que eu quero para fazer uma missão na terra...

- Lá na terra?

- Sim!... naquela localidade existe alguns indivíduos incluindo algumas mulheres que terá que vir pra cá, o tempo deles já terminaram, terá que prestar contas do que andou praticando ali naquele pedacinho de geografia, ele será o meu enviado para essa tarefa.

- Chefe, como conseguirei chegar até lá, é longe, ainda mais com esses sapatos salto agulha não conseguirei andar cinco passas que me afundo nessa terra fofa, se é que pode chamar isso de terra nesse mundo.

- Lógico que você não irá a pé até naqueles cafundós, eu não faria essas maldades com essa sua belezura de garota, te adoro ruivinha, se não fosse casado, me casaria com você.

- Primeiro você precisaria saber se eu te quero, como uma belezinha como eu casaria com um Bisonte, quer dizer, um boi búfalo como você; Capeta desengonçado.

- mandarei um triciclo te levar até lá, não se preocupe.

Disse à Ruivinha que fosse, mais que depressa, já ia saindo quando sentiu um puxão pelo braço.

– espere aí, para que tanta pressa, não foi bem isso que eu quis dizer, aqui temos muito tempo, o Cosmo nos regem, deixe esses astros circular, você é mais importante que qualquer sol nessas galáxias, o importante é o agora, e esse agora com você é mais interessante que quaisquer constelações, há dias que estou te olhando com bons olhos, quer dizer; olhos desejosos, você é minha secretária preferida, calma aí meu bem, depois trataremos disso.

Estrela maior falava e roçava em seus ouvidos, cortejava a diabinha com muita volúpia, enquanto a Ruivinha se esquivava e dizia não gostar daquelas aproximações.

- Calma queridinha, se você for boazinha vou aumentar cinquenta por cento seu salário, não quer não gatinha? eu quero namorar com você minha diabinha adorável, faz muito tempo que você não sai de meus pensamentos.

Estrela Maior, dizia sussurrando aos ouvidos da entidadesinha, mas ela recusava.

- Você não tem vergonha não seu touro pulguento, você é casado, não respeita sua esposa? Seus filhos?... se você insistir com esses assédios vou te denúncias no sindicato das secretárias, você poderá até ir preso, pegar uma cana comprida, pare com isso já.

- Qual nada minha pitutinha, aqui quem manda sou eu, sou autoridade absoluta, aqui eu prendo ou solto, nada pode me deter, sou a Estrela Maior, o príncipe da escuridão, sou o cabritão mor.

- Esse foi o mau que praticaram, deram poder a esse diabão infernal, agora aguentem. Disse a diabinha sex com ar de desaprovação toda essa política de esfrega, esfrega.

- Não me judie chifrudinha, eu te amo.

- Quero que você vá para os quintos dos infernos... ah, quer dizer, nós já estamos no epicentro das diabruras.

Estrela Maior deu uma gargalhada e disse:

- Pois é, pois é, todos nós estamos fudidos e irremediáveis... e foi logo pegando na mão da entidadesinha.

- Me solte, deixe me ir cumprir seu chamado, me solte por favor, estou com pressa para sair desse ambiente diabólico.... se me der outro tapa desse na minha bunda vou lhe rebentar essa sua cara de demônio.

A diabinha ficou muito nervosinha e prometeu até denuncia-lo como assédio, logo o tal veículo passageiro, tipo táxis estacionou de frente do portal desse prédio da administração dos infernos, Ruivinha se acomodou no banco estofado e seguiu em frente destino ao local em que davam o fim nos corpos endividados com as promessas divinas, todos pecaminosos que morriam aqui nessa terra, desembarcaria no departamento das dores, local onde Ruivinha estava destinada para o chamado, teria que levar o recado ao rapaz a mando do Estrela Maior, que ele teria uma missão lá na terra. Tanta trabalheira por falta de um celular, já imaginaram os diabos todos de telefones móveis e as antenas fixadas em seus próprios chifres? Seria uma confusão dos diabos.

Ruivinha fez tudo conforme fora exigido, pedia que entrasse, enquanto que o controlador de acesso resistiu um pouco, queria impedir, mas a entidadesinha disse que era mando do Estrela Maior, Ruivinha ainda o alertou, - caso dificulte a entrada não se esqueça que eu posso te demitir nesse mesmo instante, tenho essas ordens.

- Estou te impedindo somente por um motivo, você vai deparar com cenas horríveis, você pode ficar muito abalada, é só por esse motivo, peço que me desculpe, você é uma mocinha muito delicada e melindrosa e essas imagens são muito fortes, se você quiser eu mando uma pessoa ir até lá no setor dele e chama-lo... e chama-lo, pode ser assim?

- Já que você me amedrontou tanto, faça isso, mande o chamar, disse a diabinha apreensiva. O chefe o espera até as 14:hs, sem falta, já estou batendo de volta ao meu setor.

A diabinha pegou a mesma condução que a trouxe e rumou de volta, seguiram o mesmo rasto de ida, mas, porém, pediu para que o condutor a levasse para casa, dizer para o chefe que não voltaria ao trabalho nessa outra metade do dia.

- Se caso ele me perguntar o porquê? Perguntou o condutor.

- Diz a ele que desceu pra mim, coisa de mulher e ciclo menstrual.

- Tudo bem, tudo bem.

Dentro de poucos minutos o condutor desse veículo de passageiro estaciona na porta do Gabinete do Estrela Maior e logo esse rapaz é perguntado da diabinha.

- Ela disse que tirou uma folga devido seu incomodo menstruais, mandou dizer que por esses três dias a contar esse desse meio período não virá ao trabalho, disse que vermelhou tudo.

- Não entendo nada disso, mas vou me informar com minha velha ela sabe de tudo desse assunto, não gostei nada dessas folgas enquanto os serviços estão acumulando e ela aí nessas folgas.

Enquanto isso o rapaz ao qual a Ruivinha foi levar o recado chega, entra na sala do Estrela Maior e já começam tratar do assunto de ir a terra cumprir o mandado de morte a tais criaturas, assim começam os planos:

- Sente-se, qual é seu nome?

- Félix, me chamo Felix, isso em vida, agora com essa vinda para cá, não sei se o nome continua.

- Nomes de batismos aqui não importa, seu nome para mim é Amigo. Disse o Estrela Maior.

- Mandei minha secretária ir pessoalmente te chamar, preciso de seu trabalho, peguei sua pasta, li seus dados, tá escrito que você é um ótimo arqueiro, domina muito bem arcos e flechas, você é justamente o que eu quero para essa missão, ainda mais, lutador de capoeira e toca berimbau muito bem, que bom em. Onde meu caro soldado viveu quando estava na terra? Perguntou Estrela Maior em clima de bons amigos?

- Minha mãe sempre me dizia que nasci nas florestas tropicais, trabalhei como extrativista, colhia os frutos que nascia natural da selva, com meus amigos índios e outros nativos me desenvolvi, aprendi dominar e manusear as flechas como arma de defesa e sobrevivência.

- Tá bom, tá bom... nem precisa conversar mais nada, segurou pelos ombros e dirigiu até a porta que saia daquela sala, e disse:

- Quero que você se dirija até o departamento aqui do lado e siga a sua missão, os passos a seguir você entenderá. Disse o Estrela Maior

Felix fez o que lhe fora dito, aguardou no balcão, assim como um almoxarifado, aguardou por uns minutos e logo vieram atender, Felix apresentou a papeleta como uma ordem, assinado pelo Estrela Maior, o rapaz dessa seção mais que depressa foi buscar a pequena bagagem e entregou a Felix, era um tipo de uma bolsa comprida, media mais ou menos um metro de tamanho, abriu para conferir, era um arco e flecha, juntamente com um berimbau, o rapaz ficou contente com o presente, procurando mais a fundo do tal Embornal encontro um feixe de flecha, pegou e achou interessante, súbito percebeu que cada seta estava escrito o nome da pessoa que seria atingido, para cada vítima já estavam indicada com nome e indicação. Sem nada a dizer mais,

Felix sentiu um ardor muito forte nas narinas, viu que precisava de espirrar, fechou os olhos e olhou para cima, foi, foi, até que não suportou a pressão, soltou um enorme espirro, muito grande mesmo, parecia uma explosão, Quando abriu os olhos percebeu de imediato, já estava aqui no planeta terra ao qual foi incumbido a resgatar, e levar para os infernos aqueles que os quais estavam vivendo no pecado.

SEGUNDA PARTE, AS MORTES MISTÉRIOSAS

A morte rondava por ali perto, os copos tilintavam, os sabores do aguardente rasgavam as gargantas daqueles frequentadores armados de belos revolveres de calibre grosso, quando debruçados nos balcão de servir nesse bar, as armas ficavam expostas presas nas cinturas, cada um se esforçavam mais e mais para serem superiores aos o outros, qualquer palavrinha de depreciação nem que fosse das mais simples seria motivo para desavença, a estupidez e a violência explodia por qualquer palavra mal interpretada, certeza que era por ali que motivava os tiroteios resultando a morte, havia sempre um representante do inferno fazendo plantão junto a esses locais de encontro de homens maus, ninguém percebia, mas o tinhoso sempre dava um empurrãozinho para a tragédia acontecer.

Joaquinzão andava para lá e para cá, achincalhava todos aqueles frequentadores daquele horário, sujeito de estatura grande, forte, se achava o galo do terreiro, dava tapas e pescoção nos mais fracos, esse cara precisaria urgentemente de um corretivo para o sossego desses frequentadores amantes da cachacinha.

Felix assim que aterrissou aqui no solo planeta terra, foi invadido pelas saudade de vidas passadas por aqui, em seu bolso ainda continha a mesma quantia em dinheiro do dia em que morreu, não fazia muito tempo do falecimento de Felix, contou o dinheirinho e passou de frente do bar dos valentões, entrou e pediu que o comerciante servisse um copo de aguardente, mas quando ele estava saboreando, Quinzão pegou Felix pelo colarinho e jogou porta fora do botequim, ainda disse algumas palavras absurda, pelo fato do rapaz vestir tais trajes, Quinzão o acusou de homossexual, Felix para evitar mais confusão, pediu outro copo e foi tomar em uma mureta às uns doze metros a retirado do balcão, quieto, mas só pensava em vingança, verificou seus apetrechos; bolsa a tira colo e conferiu as flechas, e tinha uma escrita: A primeira “Quinzão” nesse momento Quinzão havia ido fora do bar, parece que procurava um toilette que ficava nas partes dos fundos do salão, demorava voltar, todos começaram começou sentir a falta de Quinzão, foram a procura ao redor do bar, não demorou nada a encontrar, lá estava Quinzão estendido ao chão com uma flecha atravessada ao pescoço.

Dês de alguns tempos assassinatos de mortes estranhas estão acontecendo nesse lugarejo e essa arma desses crimes todas diferente, de confecção artesanal, as vítimas se davam com uma flechada atravessada no pescoço, morte certeira, o arco emissor desse objeto ponte agudo de medida mais ou menos um metro de cumprimento, pequeno no tamanho, mas letal pela velocidade causando hemorragia instantânea, sem tempo abio de levar ao socorro de algum pronto atendimento se configurava em óbito esses casos já vem acontecendo quase todos os dias.

Dia quatorze de agosto último, foram os festejos de aniversário desse pequena cidade de pouco mais de quinze mil habitantes, mas as grandes aglomerações mesmo se dava com os habitantes das zonas rurais, em época de festas comemorativa aumentava o transito e as aglomerações, ocasião de campanha política, os candidatos viam isso como grande oportunidade de conquistar votos para o próximo pleito.

Agripino; um influente político dessas regiões, discursava em praça pública em cima da traseira de uma caminhonete de frente a uma academia de lutas de capoeiras ao sons de berimbaus, fazia discursos inflamados, se prontificava de combater as corrupções, o roubo do dinheiro público é o que mais acontecia, a família do prefeito atual vivam as custas do dinheiro do município, crimes de peculatos, rachadinhas, o luxo da primeira dama desse município estavam sendo custeada com o dinheiro do povo.

O som do berimbau soou à uns dezoitos metros de distância, Felix sacou o arco de atirar flechas, posicionou o tacape, fez pontaria e deflagou o dispositivo em direção ao alvo, nesse mesmo momento a plateia vibrava animadíssima com as palavras proféticas de Agripino, der pente um silêncio mortal, o candidato tombou para atrás, foi mais uma morte instantânea, Agripino se esvaiu em uma poça de sangue, uma flecha quase atravessou seu pescoço, os populares se evadiram desse local, tudo ficou vazio o comício terminou em morte, mais um caso a desvendar.

Felix seguiu seu itinerário e partiu para a próxima vítima, abriu sua bolsa e pegou o feixe de tacape que os mesmos descreviam o nome das próximas, conferiu e já estava a caminho, seu Paulino seria o alvo da próxima flechada, não ficava muito longe do caso de Agripino.

O enviado dos quintos dos infernos já se aproximava da casa do senhor Paulino, pela calçada mudava os passos apressados, logo senhor Agripino saiu pelo portão, fechou o e saiu com aquele ar sereno, fisionomia angelical carregava debaixo do braço um livro religioso, certeza dirigia-se ao culto, muito cuidadoso com a fé nas coisas sobrenaturais, costume de orar todos os dias, mesmo quando estava em casa. Felix seguia o passo a passo a fins de cumprir com as ordens de seu superior. compromisso, Paulino estava relacionado nesses casos de morte, Felix aguardava o momento certo, logo percebeu, Paulino entrou em um templo religioso, Felix se frustrou, percebeu que essa vítima seria um trabalho mais difícil, o diabo mensageiro ficou a uns dez metros afastado da porta dessa igreja, mais uns quinze de comprimento do salão, somando, a distância daria uns vinte e cinco metros fora do território protegido pelas orações e pregações, mas porem Felix tinha muita habilidade com o manejo dessas armas, trinta metros de distância ainda era muito pouco para sua flecha certeza.

Lá estava Paulino de peito livre orando naquele altar, um alvo excelente para esse arqueiro do diabo; Felix. Havia noventa e nove por cento de possibilidade de acertar a flechada, apesar de que esse local de reza e orações não fazia muito bem para esse mensageiro do diabo, mas já que era para cumprir, vamos lá. Felix posicionou com o tacape pronto para deflagar conforme a mira na pontaria, é lá se foi, mas porem a flecha que estava direcionada para o peito do senhor Paulino encontrou pela frente o livro sagrado que esse religioso segurava, fincou na bíblia e não feriu senhor Paulino, o livro que ele segurava preso ao peito antecipando o alvo fatal não atingiu o senhor Paulino, outras flechas foram disparadas em direção de seu Paulino, mas sem sucesso, dizia os fiéis que seu Paulino era um homem ungido, um homem de deus, o diabo soltou um esturro muito forte, lançava labaredas pela boca e olhos, os irmão religiosos saíram correndo atrás desse diabo, jogavam bíblias para acertar o tal chifrudo, enquanto o diabo desapareceu por aquelas ruas. Felix entrou em contato com o Estrela Maior e tudo ficou acertado, voltaria para a mesma função de antes, Estrela Maio já estava satisfeito com o serviço, os principais exemplares que Estrela Maior precisava era o senhor Quinzão e Agripino, sendo assim considera-se missão cumprida, o grande búfalo pulguento chama o rapaz de volta para o inferno, mesmo que esses crimes ainda não foram desvendado. Felix fica namorado da Ruivinha, enquanto Estrela Maior morre de ciúmes, enquanto a vida nos quintos dos infernos continua super badalada, Ruivinha e Felix fazem festinhas todos os fins de semana, os sobrinhos do Estrela Maior são os principais agitadores consumidores de carnes de Búfalos e cervejinha super geladinha. O grande Búfalo Bisões está te convidando, se desejar passar um fim de semana aqui nesse inferno, não se preocupe, Felix se encarregará desse tele trans porte.

Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 08/03/2022
Reeditado em 09/03/2022
Código do texto: T7468458
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