Pedro e Jacó jogaram as pás nos ombros, seguiram por aquela passarela que mais parecia um túnel tal era o avanço dos galhos das árvores entrelaçando a mais ou menos uns quatro metros e meio, pouco mais altos que nossas cabeças.
Atrás a recém-viúva ainda com o terço enrolado nos dedos, logo Pedro se dispersou, largou a companhia do amigo naquela caminhada neste sombrio cemitério, foi cuidar de outras obrigações nesse campo santo, parece que estava chegando outro cadáver nesta hora, ele foi conferir e dar ao novo presunto um caixão apropriado para esses casos, para que o ML verifique o que causou aquele sinistro; caixão para acondicionar defuntos, enquanto que Jacó caminhava rumo ao quartinho de guardar ferramentas, parece que por hoje não chegará mais nenhum enterro, só se for de fora dessa cidade, o obituário desse município não consta mais nenhum féretro por hoje.
A senhora toda elegante de lenço preto ainda enrolando no pescoço alcançou e tocou nos ombros do rapaz, não parecia nenhum pouco ter acabado de enterrar seu marido, muito sorridente e com certo assanhamento, sorrindo até pelos cotovelos, roupas não muito adequada para acompanhar um enterro ainda mais quando se tratava de seu marido.
Jacó um sujeito ainda novo, mas trabalhava dês de quando passou sua maior idade nesse mesmo serviço, desse mesmo cemitério, nunca presenciou assim uma viúva tão alegre, tinha a mania de quando estava falando com alguém cutucar com os dedos, pegar na mão, encostar a cabeça nos ombros da pessoa com quem estava falando.
- pensei que a senhora estivesse chorando a essas horas, a final é seu marido que acabei de soterrar agora nesse momento, é mesmo uma viúva alegre, muito me surpreende.
- eu sou mesmo sexy... Isso não é bom meu rapaz?  Quero viver minha vida com intensidade, sou muito jovem, esse aí que ficou de baixo da terra agora a pouco, ele  me disse em leito de morte:
Jacó ficou atento para o que ela revelaria.
+ Fryda minha querida, divirta-se minha princesa, essa vida é sua, faça dela o que bem entender desfrute, dê e se entregue a todo prazer.
- isso era o que eu sempre fantasiava em plena vida conjugal, não realizei, lhe fui fiel, agora estou dispensada de todas essas obrigações. (Disse Fryda em tom de palavras vaidosa de mostrando toda a sensualidade nos movimentos e gestos na boca. Esse rapaz não era de negar fogo, não passa nenhuma coelhinha que ele não taca o pau, até parecia que Fryda sabia dessa grande disposição para o sexo além desse ofício tão funesto)
- a mim me faz pensar que a senhora não amava mais seu marido, diz assim com desprezo, parece que gostou mesmo de sua morte, olha minha querida, já enterrei muitos maridos, mas nunca percebi uma viúva tão sexy e espontânea como você.
- Olha aqui Jacó, você não percebeu minhas intenções, quero realizar uma minha fantasia com você, gostaria que você me blindasse com esse meu estranho prazer, quero transar com o coveiro que enterrou meu marido, e sabendo que esse coveiro é você isso já me excita muito e muito, vejo que está próximo de eu realizar meu desejo, em uma expectativa enlouquecida.
Fryda tomou o braço do coveiro Jacó, apertou a mão do rapaz, Jacó percebeu a maciez da pele daquela fêmea linda de corpo gostoso, sonho de consumo de qualquer homem de sexo sadio.
Jacó percebeu uma energia que parecia vibrar percorrendo toda a extensão do corpo genuinamente masculino, Fryda puxou o rapaz levou o para trás de uma capela de catacumba, lugar discreto, fora das dos olhos dos curiosos, porem o cemitério naquela hora se encontrava totalmente deserto, Fryda entrou na espécie assim de capela, chamou com insistência Jacó que já estava entrando também,  desceu a calcinha ficando aparente aquela bunda linda e toda rosada, qualquer um enlouquecia diante de um lindo presente, o rapaz observava aquilo tudo e pensava que hoje seria seu grande dia de sorte.
A recente viúva de corpo atraente virou se de frente, Jacó fixou os olhos de admiração naquelas curvas nuas e convidativo, em minutos esses corpos se emaranharam, se embaraçaram completamente tomados por volúpcia de vaidade, ela ficou enluquecida de prazer, sua tão sonhada fantasia foi realizada em clima de insanidade, terminada essa sessão Fryda ainda continuava fora de si, deitada sobre quele piso frio se enrolada naqueles utencilhos que usara para forrar aquele local funesto de fazer amor.
 
 Fryda e Jacó se saciaram do prazer do sexo, Fryda realizou sua fantasia, agora cada um pra seu lado, e eu vou continuar aqui com meus enterros, agora já vem chegando outro defunto fresco tomara que venha com outra viúva bem novinha e bem gostosa.
Antherpot/03/06/2019.     

Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 03/06/2019
Reeditado em 11/02/2022
Código do texto: T6664107
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