NA TRAMA DO VESTIDO NEGRO (miniconto)
Todos têm seu segredos, suas reticências. Eu escondo meus lamentos, nas tramas dos tecidos dos meus teares. Nos claros as lágrimas, nos vermelhos a dor do coração rasgado, nos amarelos a rotineira decepção, nos azuis a inocência, nos verdes as esperanças esquecidas, nos prateados as noites insones, nos dourados os sonhos desfeitos, nos arroxeados as marcas das noites de loucura e nos negros, esse amor mórbido que alinhava e costura os meus suspiros e ais.
Todos têm seu segredos, suas reticências. Eu escondo meus lamentos, nas tramas dos tecidos dos meus teares. Nos claros as lágrimas, nos vermelhos a dor do coração rasgado, nos amarelos a rotineira decepção, nos azuis a inocência, nos verdes as esperanças esquecidas, nos prateados as noites insones, nos dourados os sonhos desfeitos, nos arroxeados as marcas das noites de loucura e nos negros, esse amor mórbido que alinhava e costura os meus suspiros e ais.