Banquete de vampiros

Reunião de sanguinários / antonio herrero portilho

Naqueles anos já passados há tanto tempo... Dizem lá pelas eras medievais aconteciam essas reuniões nestas tabernas construídas em grutas, esses seres quase humanos quase imortais se juntavam para por as conversações em dias, bebericava, comiam e de mostrava através dos arrotos e soluços a satisfação em apreciarem estes sabores.
Enquanto tossiam descongestionavam a garganta, engolindo como estivesse todos esfomeados, no momento degustava aqueles sabores não muito apreciáveis por seres normais, algo descomunal, um horror.
O tilintar dos talheres e taças deixava aquele ambiente em clima de refeitório para vampiros, a bebida servida em taças cheias de sangue, os garfos e facas trabalhavam coordenadamente enquanto um prendia com pontas agudas, as facas cortavam com precisão aquela carne até que macia, mas sabe-se lá qual seriam estas origens.
- Por favor, amiga Mosfera, vá até a cozinha e traga-me o coração, destas carnes o coração é a peça mais saborosa segundo a minha preferência (disse Betão o vampiro da terceira classificação nesta hierarquia de casta vampiresca.)
- Sinto muito companheiro, já comeram o coração desta vítima, como você sabe o coração é a parte que o chefe mais aprecia você não tem o direito de exigir nada, você é o terceiro na escala, por favor, se contente com esta sua posição nessa espécie assim de família vampírica. (disse Mosfera obedecendo a ordens do chefe. )
- Isso é um absurdo! Passei horas a fio pousadas na torre daquela velha igreja aguardando essa vítima, só pensava em devorar aquele coraçãozinho jovem, imaginava comer aquela coisinha saborosa, mas neste momento me deparo com esta grande decepção, aí tenho de ceder minha vez para o chefe, não gostei dessa situação. ( Betão disse com a voz embargada pela indignação)... Sendo assim vou criar minha produção independente e mandar este meu chefe às favas.
 De repente Mosfera volta à sala onde acontecia esse jantar e diz algumas palavras de consolo ao resmunguento vampiro Betão.
- Paciência aí rapaz inconformado, não se estresse não, fique calminho que eu vou lhe compensar esta sua falta, tenho quase pronto àquela outra peça dessas carnes que eu sei que você tanto adora você sabe não é? (Mosfera disse isso para que ele acalmasse aquele nervosismo.)
 - Ah sei querida amiga, você está dizendo o filé das nádegas, é verdade, gosto mesmo, você vai separar um pedaço pra eu?
- Sim!... Só que este vai sair mais tarde, você aguarde lá em sua casa, eu mandarei o serviçal entregar, o corpo ainda está estendido no tablado.
- Ok, eu vou pra casa e fico aguardando lá.
Betão possuía dupla personalidade, para o povo daquela cidade Betão era um micro empresário; fabricava de urnas funerárias e proprietário de uma agência para féretro, daí para se transformar em vampiro, só um passinho à diante, raríssimas pessoas sabiam dessa segunda personalidade vampiresca; tinha o poder de transformar em morcegos outra metamorfose... se põem em um senhor das trevas, mas isso tudo acontecia em reunião secreta em celebrações ocultista. Este senhor transitava por aquelas ruas assim como não acontecia nada com suas transmutações metamorfoseia, até parecia um homem normal tão grande era sua disfarçastes, tal qual a todos que participava deste grupo de sacerdote do mal...
Naquelas terras de muito e muitos extensão de quilômetros, cenário destes fatos acontecias estas desventuras putrificas, imagens de horrores existiam oculto aos olhos de todos os súditos ou qualquer outro que seja vivente, essas propriedades sempre foi guarnecidas por soldados gladiadores; homens de grande porte, de físico avantajados,  bravios de firmes e espertos em lutas de espadachins, não era qualquer um que evadia ou atravessava estas divisas, pois ali habitava muito horrores, atrocidades, cativeiros, a verdade é que havia outro mundo por trás daquelas muralhas e tudo acontecia na calada da noite, esses ocultismos teria que ser longe dos olhos dos populares,  pois a santa inquisição estava em busca de punir os bruxos, feiticeiros, adivinhos e curandeiros que assim eram queimados em públicos e ali se configurava justamente estes que os cavaleiros procuravam.
Quando Betão chegou a casa lhe aguardava uma das mais árduas tarefas, dona Celina nem esperou abrir o portão direito já foi passando o recado que acabara de chegar pelo telefone:
Beto quando percebeu que Celina vinha em sua direção percebeu de imediato que algo já acontecia, naquela cidade cravada nas montanhas, quase que não acontecia nada, muito pacata a vida neste lugar, raras a vezes que morria alguém, o comércio de Betão não prosperava muito já que os serviços funerários só podiam exercer seus trabalhos aos casos de mortes naturais, os corpos e despojos de guerras dos soldados que morriam em combate ou em guerras, deveriam ficar no mesmo lugar do abate e morte, os corvos e urubus se encarregavam de dar fins nestes corpos, ordem do superior, serviços funerários não era para esse fim.
- Bom dia senhor Roberto (Betão) Tem serviço na bancada, e é de um senhor muito conhecido seu, adivinha! (Disse Celine com ar de simplicidade e atitude ingênua)
- Não me amole senhora Celine, passei uma noite de decepções, estou trincando de raiva. (Betão expeliu quase todo seu veneno, e quem pagou o pato foi sua serviçal Celine.) Mas assim mesmo Celine continuou com o diálogo.
... Foi aquele rapaz; o Monge... Aquele que tentava curar as doenças, dessa vez foi ele mesmo que morreu, pegou a doença de um de seus pacientes... Morreu de Sífilis, até paralisou a bexiga, foi uma lástima, ele curou tantos doentes, mas desta vez não curou a sua. (Celine passou todos os detalhes do defunto, mas Betão não deu muita atenção, estava focado mais no seu lanchinho especial que estaria para chegar a qualquer momento.)
- Maldição!... Mil maldições! Nada está saindo da maneira que eu quero... este presunto não poderia ser outro...  Uma morta jovem de coração novinho... Não degusto essas carnes de gênero masculino, tão pouco coração, só das moças e senhoras de idade jovem, a carne é mais macia, vou ter que trabalhar aquele finado monge fedido, ufa!... Um dia abandono esta profissão e cada familiar que enterre seus mortos... Ah!...Estou cansado desta lida. (O vampiro Betão bocejava, pensava e falava resmungando.)
Em seguida surge o momento tão esperado, o lanche; alguém chega à porta e chama com as formalidades devidas e logo Betão vai atender.
- Aqui está seu manjar, esse não é o manjar dos deuses e sim, o manjar dos diabos, mas foi dona Celine que me mandou entregar (Disse o rapaz serviçal com ar de gracejos)
_ Não estou para piadinhas, me dê isso logo e dê o fora, estou com fome, mal esperarei terminar o serviço com o defunto Monge e venho a degustar essa minha comidinha preferida.  (Betão disse isso soltando faíscas pela boca tal era seu nervosismo.) mal terminou de preparar o corpo do monge e logo foi saborear seu bife de carne humana, que ele mesmo decapitou desossou, fatiou temperou Celine só teve o trabalho de vigiar as panelas e servir à mesa.   

Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 11/03/2018
Reeditado em 06/02/2024
Código do texto: T6276496
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