ENTRE DOIS MUNDOS.
Quando essa senhorinha saiu à janela para aguardar o claro do dia, percebeu que não havia acontecido essa grande aurora, com as mãos na cabeça segurando um monho de cabelos e de olhos arregalados de admiração exclamou com espanto surpreendente.
- Meu deus! como está demorando para surgir o claro desta manhã!... me parece a madrugada mais longa de toda a minha vida, disse dona F com grande exclamação.
Seu esposo ali bem próximo desempenhando sua função de trabalhar o couro animal de forma artesanal, e aproveitando da tanta admiração de sua esposa, bocejou demostrando muita fadiga apesar que ainda estava no início deste dia, retratando uma face exaustiva revirando aqueles par de velhos olhos azuis, enrugando a testa, esboçando uma expressão naquele semblante de característica estrangeira, disse:
- Estou percebendo tudo isso também, não me lembro desta imagem assustadora á muito tempo, sinto um mau pressentimento, pois; já faz alguns dez anos que isto não acontece e pela minha sabedoria adquirida com meu ancestrais, dizem que acompanhado com esta atmosfera tenebrosa sempre aparece algo inesperado, acho que esses são os momentos certo para acordar os seres deste submundo que já alguns anos estão adormecidos nesta paisagem sinistra, vamos aguardar e veremos se minhas intuições serão confirmada.
Localizada entre o mar e uma grande elevação montanhosa existia esta pequena cidade; sobre o deserto de montanhas e florestas que dificultava o acesso a este povoado com moradores estranhos que viviam e residam aqui por algumas gerações. Quase todos estes povos não conheciam a evolução da humanidade, nem nos mapas cartográficos, se quer encontrava esta localização, diziam as lendas que esta localidade servia para moradias e refúgios de bruxas e vampiros e muitos outros monstros sobrenaturais, alguns deles ainda residiam por ali disfarçados em pessoas comuns e se escondiam em grutas e cavernas; as bruxas ainda transitavam nestas florestas de uma vegetação horrendas habitadas por corujas e bandos incontáveis de morcegos.
As bruxas quando se sentiam ameaçadas pelos caçadores destas espécies, se vestiam em enormes mariposas de uma cor azulada, isso depois de ingerirem um guisado que só elas sabiam; poção de formula mágica.
Os morcegos se transformavam em vampiros e disfarçavam em seres humanos normais.
Lá no topo de um dos mais altos penhascos, ali bem a vista dos habitantes desse lugar existia uma velha torre abandonada muito alta erguida em uma base construída de pedras de um pequeno castelo, mas; esta torre porem se tratava de um farol que guiava os navegantes que transitava por este oceano, distanciava poucos mais de uns trezentos metros desta pequena aldeia, este monumento exibia toda sua imponência e grandiosidade aos olhos de todos estes povos.
A princípio não se encontravam caminhos para chegar até este mar, devido as enormes montanhas de pedras acompanhadas por uma bravia corrente marítima, o acesso às embarcações parecia impossível, construir um ancoradouro para aquelas caravelas velhas e grotescas estava totalmente fora dos planos de qualquer arquiteto por mais audacioso que seja.
Nestas margens, a localização dessas águas de pouca profundidade apesar do leito do oceano estar forrados de densas rochas pontiagudos, porem só um morador da aldeia conhecia um único local nas montanhas que dava acesso ao topo: O velho artesão que trabalhava o couro, o senhor “A”, o seleiro; Moradores muito influente do lugar.
Senhor A e senhora F guardava muitos mistérios que já mais alguém sonhava em existir nestes tempos, para eles nada evoluíram desde a vinda para este pequeno mundo sobre esta terra, que eles descobriram em momento de muita perseguição em tempos da santa inquisição em que os religiosos queimavam e destruíam aqueles que possuíam as formulas secretas da magia através dos escritos antigos.
Senhor A e Senhora F por longos anos conviveu com os mais de mil pergaminhos, apesar de estudar com os mais sábios mágicos daquela época exercia a função de... Uma espécie de guardião que exercia uma função secreta na biblioteca de Alexandria.
Eles conseguiram resgatar muitos documentos constando registros de dezenas de centenas formulas e receitas de magias, cálculos matemáticos, astronomia, e muito conhecimento das filosofias astrais, diziam que cultuavam os espíritos dos quais habitavam em torno do astro rei; o sol.
Só eles possuíam esses livros (pergaminhos), na ocasião do incêndio nesta biblioteca; o maior celeiro da sabedoria dos tempos, conseguiu se apoderar destas relíquias milionárias, enquanto muitos pensam que o fogo do incêndio havia queimado, mas na realidade ele; senhor “A” estava de posse dos mais importantes calhamaços de pergaminhos guardado e muito protegidos pelas as serpentes mais venenosas daquelas terras horas habitadas, pelos animais portadores dos venenos mortais.
Nestes documentos que foram escritos, editados, e copiados dês da idade média, neles havia vastas informação sobre a alquimia, preparo hipnóticos dominador da mente humana e até animal, “A” e “F” dois personas; magos de extrema sabedoria e competência aprenderam a criarem seus próprios Deuses, dominavam os espíritos e demônios, exercia esta função com muita habilidade, por isso eles estavam sendo procurados com veemência pelos imperadores daquela época que incumbiam os religiosos de capturara-los, prenderem e queimarem em praças públicas, mas; eles se salvaram, conseguiram fugir, os grandes Deuses da magia conspiraram contra estes perseguidores, para os soldados da santa inquisição só lhes sobraram grandes frustrações.
Entre uma martelada e outra trocava algumas prosas com sua companheira de muitos anos vividos.
Senhor A esposo de senhora F estava ali com seu serviço rotineiro curtiam os couros em seu ambiente de trabalho.
Nessa porta de comércio do ramo de selaria, confeccionava os arreios e celas para os cavalos que puxava os carros, carruagem, em algumas ocasiões fazia sandálias e até vestuários para soldados guerreiros gladiadores, esse casal tinha em mãos a chave que abria qualquer porta para desvendar qualquer mistério, eles tinham o poder da premunição em clarividência, antecipavam as ocorrências dos fatos que poderiam tonarem notícias nas próximas horas de qualquer natureza de tragédia.
Estes dois personagens causavam preocupação para os homens do poder daquele século, apesar de se mostrar pessoas poucas significantes, mas; eles guardavam muita sabedoria.
Hoje todos habitantes desse lugarejo acordaram com isso que vinha do céu, algo muito horripilante, causava pavor, “A” e “F” Já perceberam que algo não estava bem por estes dias e continuava seu trabalho cuidadoso em seu banquinho ao lado de sua companheira; ambos de origens místicas praticante das feitiçarias, mágicos em suas secretíssimas funções.
Nesse momento, até essas horas o dia ainda estava escuro e nebuloso, um céu cinzento como se estivessem nuvens muito carregadas pairando sobre esta pequena cidade com arquiteturas do século quinze.
Der repente todo povoado ficou em pavorosos, olhando para o céu com expressão nos rostos de assustados e diziam com olhares aterrorizados:
- Olhem, olhem, vejam quem pousou lá na velha torre, é ela é ela... a Fênix; o grande pássaro da espécie águia, veio trazer algum anunciado, e isto é motivo para nós nos preocuparem, vamos aguardar os sinais que há de vir.
Senhor “Augusto” abriu a portinhola de seu estabelecimento, caminhou, alguns passos em meio aquele povo assustado e logo foi esboçando em seu semblante de preocupações, retirou sua boina e descobriu sua rala cabeleira ainda embranquecida implantada em seu crânio deformado de mostrando aspecto de horrores.
Com os quatros dedos de sua mão direita arranhou a pele do couro do crânio coçando como estivesse prevendo uma grande desgraça, em seguida lançou um olhar profundo em direção da grande ave que neste momento estava repousando calma e paciente sobre a alvenaria no alto da torre, que servia como farol para os navegantes.
Pronunciou com poucas palavras dizendo:
- Preparem-se, isso é um mau presságio, nestes próximos dias, teremos novidades, vem aí surpresas desagradáveis.
Retirou-se dali cabisbaixa com sinais de preocupações, dirigiu até em um compartimento de sua casa e foi logo visualizar seus pergaminhos (livros) e conferir se estavam todos em ordem, sentiu que desta vez suas escritas poderiam ser destruídas, pois os cavaleiros guardiões dos templos religiosos estavam a caminho dessa aldeia, e infelizmente para esses guerreiros não havia obstáculos.
Os Pégaso; estes cavalos alados possuíam asas nas pernas e voavam sobre longos e altos saltos, parece que agora todos habitantes dessa aldeia serão massacrados, mas; porem esse senhor “A” possuía uma estratégica para saudar-se vencedor.
Agora finalmente o claro do dia se foi e logo surgiu uma noite não muito igual as outras, o escuro não era negro e os raios de luz parece que ofuscava os olhos de todo seres vivos desse lugarejo perdido no mapa.
A noite foi tingida por uma cor azulada, que emitia feches de luz chocante, assim como nos dias foram dos dias mais longo de todo tempo, esta noite também veio com este propósito, e parecia interminável, o sol demorou muito para nascer; mas até que enfim aos poucos surgiu o claro do dia e aí uma grande surpresa estava exposta bem ali se apresentando para as admirações e delírios de todos, igual o descortinar de uma cena mágica.
O sol apareceu, mas; estava porem muito distante deste planeta e em contra ponto algo fantástico surgiu neste céu.
Havia uma enorme esfera ali ancorada bem pertinho desta terra, como se houvesse um planeta colado, ambos demostravam de mesmo tamanho, se tratava de uma bola colorida e habitada por criaturas muito estranhas e usava como transporte cavalos que voavam em longa distância que poderia ser transponível entre estes dois mundos. (continua...)
Antherport/ 21/02/14 ****
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