COLETÂNEA DE MINICONTOS (mistério)
I - SENTIDOS
Farpas afiadas, invadiam profundamente cada um dos seus poros. A fuga desembestada pela floresta de pinheiros, fora tresloucada e o medo, impedia que ela sentisse qualquer dor...isso era tão estranho...
II - VALORES
Aquarela mafiosa, cores escuras, tons que variavam do vermelho brilhante ao tom mais fechado grená. Nada de tintas ou texturas, a musa/tema da tela em questão, ali estava por assim dizer, exposta...um tanto decomposta...esparramada pelo chão da sala, o que destoava totalmente da decoração extremamente clean e minimalista da casa, afinal, o siciliano se casara com uma bastardinha americana peituda, que odiava móveis pesados. Ah! a velha Mama, devia estar se revirando no caixão...mas, a morte que ali se apresentava, parecia não ter tanta importância, aos olhos da fiel serviçal da família, que seguia tranquila na sua rotina habitual, já a falta da mesa grande e pesada, onde tantas vezes a família fatiara, o presunto de Parma, isso sim a incomodava.
III - TEQUILA
Bebi um shot, dois, cinco e também...acho eu... umas oito Tequilas...
Onde eu tô ? Tô nú? Que tatoo é essa...é uma suástica? Mas, eu sou negro!...Que japonês pelado é esse aqui na cama? Eita!! Tem um alemão gigante e nú, dormindo com o braço sobre o meu corpo e, ainda tem um monte de outros homens nús, dormindo espalhados pelo quarto dourado...dourado???? Essa casa não é minha! Que lugar é esse? Cadê a ruiva que eu tava azarando na boate? Tudo em mim dói e arde...parece que eu fui esfolado...Que merda que aconteceu?