Agatha - A Freira
Me chamo Agatha, não tenho um sobrenome, habito o Convento da Santa Cruz de São Bento e sou uma Freira com votos perpétuos. Moro aqui desde sempre, pois fui acolhida por essas bondosas irmãs e criada por elas, fui posta na "roda" quando era uma recém nascida.
Tenho 1.75 de altura, minha pele é branca como a neve e tenho muitas sardas, meus olhos são castanhos, meus cabelos são compridos e são alaranjados, quase vermelhos, sou ruiva.
Quando completei 20 anos, professei meus votos, não sei nada sobre a minha família, se é que eu tenho uma, minha família são minhas irmãs de Convento. Habito as terras da Borgonha, no Reino de Hereford, cujo Rei se chama Leopoldo Lazarus, O Nobre, um rei muito bondoso, de um coração puro, o responsável pela parte administrativa do reino é um Duque que não me lembro o nome e um Conde de nome Alizarin Hall da Borgonha.
Sou uma freira exorcista, porém ninguém sabe disso, tenho um dom especial, consigo enxergar "espíritos malignos" e consigo expulsá-los também, todos que estão perto de mim não conseguem mentir, apenas a Madre Superiora, a Irmã Soledad das Chagas de Cristo sabe a verdade sobre mim, comecei a manifestar esses dons alguns meses depois que professei meus votos e desde então o uso para libertar as pobres almas que são feitas cativas pelos "espíritos malignos".
Certa vez fui chamada a uma casa de uma família bem simples para desvendar um caso do filho do casal, o menino apresentava sintomas de uma possessão demoníaca, recebi autorização da Irmã Soledad e me dirigi ao local, quando cheguei lá, o espírito que estava no jovem rapaz começou a gritar lá de dentro:
- Irmã Agatha da Santa Cruz de São Bento, não se aproxime de mim.
- Deixe essa pobre alma em paz e volte para o inferno, seu imundo.
Quando entrei na casa, o jovem rapaz foi atirado pela janela e saiu rolando até o pequeno jardim da casa, o espirito que estava em seu corpo o sacudia de um lado para o outro, peguei meu crucifixo, minha água benta, dei a volta pelo outro lado da casa e comecei o ritual de exorcismo. Disse para o pai do jovem para segurá-lo com força e com muito custo consegui expurgar aquele espírito imundo.
Quando estava voltando para o Convento, no meio do caminho, encontrei uma jovem muito bela, de longos cabelos pretos e olhando dentro dos meus olhos ela disse:
- Ainda vou te matar, Irmã Agatha da Santa Cruz de São Bento.
Depois que disse isso, a jovem deu um enorme grito e caiu por terra.
Voltei para o Convento e sigo minha vida, porém não dou trégua para o mal, onde eu puder ir para expurgar o mal, lá eu estarei, irei combater o mal até o último dia de minha vida, pois Cristo vive e reina.
Sobre o meu nome, Irmã Agatha da Santa Cruz de São Bento, eu mesmo o escolhi em homenagem a esse glorioso Santo que protege a humanidade contra as ciladas do demônio.
Irmã Agatha da Santa Cruz de São Bento.