A BRUXA E OS LADRÕES
ERA UMA CASINHA TÃO PEQUENINA. PELO MENOS ASSIM PARECIA, VISTA DE LONGE, NAQUELE ALTO DA SERRA, CERCADA DE ÁRVORES. APENAS UM PONTINHO DE LUZ QUE SE PERDIA NA NOITE E NA IMAGINAÇÃO DAQUELA MENINA, QUE, SOZINHA, FICAVA A PENSAR QUEM PODERIA MORAR ALI.
SUA MÃE, TALVEZ PARA EVITAR QUE ELA SE PERDESSE, POIS TINHA O COSTUME DE SAIR SOZINHA RUMO À FLORESTA E A REGIÃO ERA CHEIA DE LOBOS, DIZIA QUE LÁ MORAVA UMA BRUXA QUE NÃO GOSTAVA DE CRIANÇAS. A GAROTINHA OUVIA E SUA CURIOSIDADE, ENTRETANTO, PROSSEGUIA.
CERTO DIA, POR NECESSIDADE DE IR A OUTRO ALDEIA, SUA MÃE LEVANTOU-SE ANTES DO SOL – TUDO ERA A PÉ, NAQUELE TEMPO – E LÁ PELA TARDE ESTAVAM PERTO DAQUELA CASA. A MÃE DIZIA-LHE: “A BRUXA NÃO TE VAI FAZER MAL”
QUASE AO PÔR-DO-SOL, CHEGARAM BEM PERTO DO LUGAR E CHOVIA MUITO, ALÉM DE UM FRIO TERRÍVEL. NÃO TIVERAM OUTRA ALTERNATIVA A NÃO SER PEDIR ABRIGO ÀQUELA MORADA. ATENDEU-AS UMA SENHORA, MUITO VELHINHA, CABELOS DE NEVE, PORÉM, MUITO SIMPÁTICA.
- ENTREM, ESTÁ NEVANDO. VOCÊS NÃO PODEM FICAR AÍ FORA. PERNOITEM AQUI. AMANHÃ, CONTINUARÃO.
A DONA DAQUELA CASA PERCEBEU O MEDO DA CRIANÇA E LOGO SORRIU, COM OS POUCOS DENTES QUE TINHA E LHE TROUXE UM PÃO QUENTINHO, QUE, SEGUNDO ELA ACABARA DE FAZER NO FORNO, ALÉM DISSO, LHES SERVIU UMA SOPA – OU CALDO, COMO CHAMAVAM , NO LUGAR – DELICIOSO. ERA DE FRANGO, CRIADO NO SEU PRÓPRIO QUINTAL.
AS HORAS FORAM PASSANDO E ELA LHES MOSTROU UMA CAMA DE PALHA LIMPINHA E COBERTAS ONDE PODERIAM AQUECER-SE E PASSAR A NOITE SEM PERIGO. SÓ QUE A MENINA NÃO TIRAVA OS OLHOS DELA. ENTÃO ELA DISSE:
- MENINA, EU NÃO FAÇO MAL A QUEM TEM DEUS NO CORAÇÃO. SOSSEGUE.
JÁ ALTA NOITE, ALGUÉM BATEU À PORTA DAQUELA SENHORA , A QUEM TODOS CHAMAVAM DE BRUXA. ERAM TRÊS MELIANTES, QUE ACREDITAVAM QUE ELA TINHA DINHEIRO EM CASA E QUERIAM ROUBÁ-LA. NO ENTANTO, FIZERAM-SE DE VIAJANTES E PEDIRAM UM POUCO DE PÃO OU SOPA, POIS ESTAVAM MORRENDO DE FOME.
ELA OS MANDOU ENTRAR E OS COLOCOU À MESA, COMO ERA POSSÍVEL VER DE ONDE ESTÁVAMOS E JÁ QUE A CASA ERA PEQUENINA. A VELHINA OFERECEU A ELES SOPA QUE TODOS COMERAM E O PÃO QUE ELA TINHA FEITO. DELICIARAM-SE. SÓ QUE COMEÇARAM, ENTÃO, COM AS PERGUNTAS :
- VOVÓ: ONDE GUARDA O DINHEIRO. NÓS SABEMOS QUE TEM.
A VELHA SENHORA LHES RESPONDEU:
-A MINHA ÚNICA RIQUEZA É ESTA CASINHA E O QUE CRIO E CULTIVO NO QUINTAL. NÃO TENHO MAIS NADA.
- NÃO É VERDADE. PASSE AS MOEDAS PARA NÓS, CASO CONTRÁRIO, NINGUÉM NUNCA MAIS A ENCONTRARÁ.
CLARO QUE A MÃE E A CRIANÇA SE ENCOLHERAM DE MEDO. ELAS OS VIAM, MAS NÃO ELES A ELAS.
- RAPAZES, EU JÁ DISSE QUE NÃO TENHO NADA. VOCÊS GOSTARAM DA SOPA?
- GOSTAMOS, QUEREMOS O DINHEIRO.
NESSE INSTANTE, A VELHINHA TROUXE PARA A MESA A PANELA DE SOPA QUE SERVIU A ELES E PEDIU(ERA OUTRA, DE FERRO, PARECIA DE BRUXA:
- VEJAM O QUE VOCÊS COMERAM: ERAM ANIMAIS RASTEIROS: MINHOCAS, LACRAIAS, ESCORPIÕES, TERRA E TANTA COISA REPUGNANTE.
ELES COMEÇARAM A VOMITAR. MAS, NESSE INSTANTE, UMA FIGURA DE CAPUZ ENTROU PELA PORTA COM UM PEDAÇO DE MADEIRA NA MÃO E COMEÇOU DAR NELES. LEVARAM UMA SURRA QUE MAL SE AGUENTAVAM E JEITO QUE PODIAM, SAÍRAM DALI TODOS QUEBRADOS.
A VELHINHA DISSE PARA NÓS: - EU NÃO TENHO NADA. ACONTECE QUE MEU IRMÃO ESTÁ SEMPRE ALERTA LÁ TÚMULO DELE PARA COLOCAR PARA FORA OS LADRÕES. QUANTO A VOCÊS, NÃO TENHAM MEDO. VOCÊS COMERAM A MINHA SOPA - NÃO A DELES - E NADA LHES ACONTECERÁ.
- MEU IRMÃO, JÁ ESTÁ DE NOVO NO TÚMULO E NÃO LHES FARIA MAL. PODEM ME CHAMAR DE BRUXA. MAS, SO FAÇO O QUE DEVO A QUEM MERECE.
ERA UMA CASINHA TÃO PEQUENINA. PELO MENOS ASSIM PARECIA, VISTA DE LONGE, NAQUELE ALTO DA SERRA, CERCADA DE ÁRVORES. APENAS UM PONTINHO DE LUZ QUE SE PERDIA NA NOITE E NA IMAGINAÇÃO DAQUELA MENINA, QUE, SOZINHA, FICAVA A PENSAR QUEM PODERIA MORAR ALI.
SUA MÃE, TALVEZ PARA EVITAR QUE ELA SE PERDESSE, POIS TINHA O COSTUME DE SAIR SOZINHA RUMO À FLORESTA E A REGIÃO ERA CHEIA DE LOBOS, DIZIA QUE LÁ MORAVA UMA BRUXA QUE NÃO GOSTAVA DE CRIANÇAS. A GAROTINHA OUVIA E SUA CURIOSIDADE, ENTRETANTO, PROSSEGUIA.
CERTO DIA, POR NECESSIDADE DE IR A OUTRO ALDEIA, SUA MÃE LEVANTOU-SE ANTES DO SOL – TUDO ERA A PÉ, NAQUELE TEMPO – E LÁ PELA TARDE ESTAVAM PERTO DAQUELA CASA. A MÃE DIZIA-LHE: “A BRUXA NÃO TE VAI FAZER MAL”
QUASE AO PÔR-DO-SOL, CHEGARAM BEM PERTO DO LUGAR E CHOVIA MUITO, ALÉM DE UM FRIO TERRÍVEL. NÃO TIVERAM OUTRA ALTERNATIVA A NÃO SER PEDIR ABRIGO ÀQUELA MORADA. ATENDEU-AS UMA SENHORA, MUITO VELHINHA, CABELOS DE NEVE, PORÉM, MUITO SIMPÁTICA.
- ENTREM, ESTÁ NEVANDO. VOCÊS NÃO PODEM FICAR AÍ FORA. PERNOITEM AQUI. AMANHÃ, CONTINUARÃO.
A DONA DAQUELA CASA PERCEBEU O MEDO DA CRIANÇA E LOGO SORRIU, COM OS POUCOS DENTES QUE TINHA E LHE TROUXE UM PÃO QUENTINHO, QUE, SEGUNDO ELA ACABARA DE FAZER NO FORNO, ALÉM DISSO, LHES SERVIU UMA SOPA – OU CALDO, COMO CHAMAVAM , NO LUGAR – DELICIOSO. ERA DE FRANGO, CRIADO NO SEU PRÓPRIO QUINTAL.
AS HORAS FORAM PASSANDO E ELA LHES MOSTROU UMA CAMA DE PALHA LIMPINHA E COBERTAS ONDE PODERIAM AQUECER-SE E PASSAR A NOITE SEM PERIGO. SÓ QUE A MENINA NÃO TIRAVA OS OLHOS DELA. ENTÃO ELA DISSE:
- MENINA, EU NÃO FAÇO MAL A QUEM TEM DEUS NO CORAÇÃO. SOSSEGUE.
JÁ ALTA NOITE, ALGUÉM BATEU À PORTA DAQUELA SENHORA , A QUEM TODOS CHAMAVAM DE BRUXA. ERAM TRÊS MELIANTES, QUE ACREDITAVAM QUE ELA TINHA DINHEIRO EM CASA E QUERIAM ROUBÁ-LA. NO ENTANTO, FIZERAM-SE DE VIAJANTES E PEDIRAM UM POUCO DE PÃO OU SOPA, POIS ESTAVAM MORRENDO DE FOME.
ELA OS MANDOU ENTRAR E OS COLOCOU À MESA, COMO ERA POSSÍVEL VER DE ONDE ESTÁVAMOS E JÁ QUE A CASA ERA PEQUENINA. A VELHINA OFERECEU A ELES SOPA QUE TODOS COMERAM E O PÃO QUE ELA TINHA FEITO. DELICIARAM-SE. SÓ QUE COMEÇARAM, ENTÃO, COM AS PERGUNTAS :
- VOVÓ: ONDE GUARDA O DINHEIRO. NÓS SABEMOS QUE TEM.
A VELHA SENHORA LHES RESPONDEU:
-A MINHA ÚNICA RIQUEZA É ESTA CASINHA E O QUE CRIO E CULTIVO NO QUINTAL. NÃO TENHO MAIS NADA.
- NÃO É VERDADE. PASSE AS MOEDAS PARA NÓS, CASO CONTRÁRIO, NINGUÉM NUNCA MAIS A ENCONTRARÁ.
CLARO QUE A MÃE E A CRIANÇA SE ENCOLHERAM DE MEDO. ELAS OS VIAM, MAS NÃO ELES A ELAS.
- RAPAZES, EU JÁ DISSE QUE NÃO TENHO NADA. VOCÊS GOSTARAM DA SOPA?
- GOSTAMOS, QUEREMOS O DINHEIRO.
NESSE INSTANTE, A VELHINHA TROUXE PARA A MESA A PANELA DE SOPA QUE SERVIU A ELES E PEDIU(ERA OUTRA, DE FERRO, PARECIA DE BRUXA:
- VEJAM O QUE VOCÊS COMERAM: ERAM ANIMAIS RASTEIROS: MINHOCAS, LACRAIAS, ESCORPIÕES, TERRA E TANTA COISA REPUGNANTE.
ELES COMEÇARAM A VOMITAR. MAS, NESSE INSTANTE, UMA FIGURA DE CAPUZ ENTROU PELA PORTA COM UM PEDAÇO DE MADEIRA NA MÃO E COMEÇOU DAR NELES. LEVARAM UMA SURRA QUE MAL SE AGUENTAVAM E JEITO QUE PODIAM, SAÍRAM DALI TODOS QUEBRADOS.
A VELHINHA DISSE PARA NÓS: - EU NÃO TENHO NADA. ACONTECE QUE MEU IRMÃO ESTÁ SEMPRE ALERTA LÁ TÚMULO DELE PARA COLOCAR PARA FORA OS LADRÕES. QUANTO A VOCÊS, NÃO TENHAM MEDO. VOCÊS COMERAM A MINHA SOPA - NÃO A DELES - E NADA LHES ACONTECERÁ.
- MEU IRMÃO, JÁ ESTÁ DE NOVO NO TÚMULO E NÃO LHES FARIA MAL. PODEM ME CHAMAR DE BRUXA. MAS, SO FAÇO O QUE DEVO A QUEM MERECE.