QUEM AJUDOU A GAROTA?
ERA UM MINÚSCULO POVOADO. NA VERDADE, UM VALE CERCADO DE VERDE , COM DENSAS FLORESTAS. PARA DELE SAIR ERA NECESSÁRIO ATRAVESSAR CAMINHOS ESTREITOS E QUE, NORMALMENTE, NINGUÉM FAZIA SEM COMPANHIA.
UMA DAS RAZÕES QUE NÃO SAÍA DA BOCA DOS MAIS VELHOS, SEM DÚVIDA, ERAM OS PERIGOSOS LOBOS DA REGIÃO, QUE FICAVA MUITO ALÉM DO ATLÂNTICO. FAMINTOS ELES VIVIAM EM BANDOS, À ESPREITA DE UM CARNEIRO OU BEZERRO QUE SE AFASTASSE DOS DEMAIS. TÃO PERIGOSOS ERAM QUE OS PASTORES COSTUMAVAM NÃO FICAR SÓS COM O GADO. HAVIA QUEM JURASSE QUE ALGUNS MENINOS E MENINAS QUE SUMIRAM TINHAM SIDO DEVORADOS. É BOM QUE SE DIGA, QUE ESSAS CRIANÇAS TRABALHAVAM, COM POUCO MAIS DE SETE ANOS E QUEM ME CONTOU ESTA HISTÓRIA FOI UMA DELAS, QUE NÃO MAIS ESTÁ NESTA FACE PLANETÁRIA.
ESSA GAROTA CONTOU QUE, EM CERTO FIM DE SEMANA, PRECISARIA IR À SUA ALDEIA, PARA LEVAR ALGUMA COISA PARA SEU PAI E IRMÃOS. SUA MÃE FALECERA E A SITUAÇÃO DE SEUS OUTROS SEIS IRMÃOS ERA DE PENÚRIA. POR ISSO, O PAI A COLOCOU PARA “SERVIR”, OU SEJA, TRABALHAR. ASSIM FAZIA, COM CHUVA OU NEVE, COM OS PEQUENINOS PÉS( SEM MEIAS OU BOTAS PRÓPRIAS, APENAS UM CALÇADO TOSCO ABERTO), QUASE CONGELANDO (MAS ISSO É OUTRO ASSUNTO).
O PAI A AVISARA DE QUE NUNCA VIESSE AO ANOITECER. ERA MUITO PERIGOSO, SOBRETUDO PORQUE O FARIA SOZINHA. NINGUÉM QUERIA SABER. MAS, NAQUELE DIA, SUA PATROA INVENTOU TANTAS TAREFAS, QUE JÁ ERA QUASE DE NOITE, QUANDO, FINALMENTE, PEGOU OS MANTIMENTOS QUE LEVARIA. PEQUENINA COMO ERA, PRECISAVA PÔ-LOS À CABEÇA DE FORMA A SUPORTAR O PESO.
SEU PAI, APESAR DE SER DURO DEMAIS, ALÉM DOS AVISOS, ENSINARA-LHE UMA PEQUENINA ORAÇÃO PARA CASOS DE PERIGO EXTREMO – NÃO A TRANSCREVO POR RESPEITO À RELIGIÃO DE CADA UM. ESSA MINÚSCULA PRECE, DITA COM MUITA FÉ, A LIVRARIA DE QUALQUER PERIGO PELOS CAMINHOS ( EU AINDA A TENHO).
LÁ SE FOI A MENINA. O SOL JÁ DAVA BOAS-VINDAS PARA A NOITE. VIAM-SE POR SOBRE A COPA DAS GRANDES ÁRVORES AS PRIMEIRAS ESTRELAS E ELA PELO CAMINHO. FLORESTA FECHADA. PEDRAS E MAIS PEDRAS, CONSIDERANDO O LOCAL REMOTO E DESERTO. NADA SE OUVIA, A NÃO SER O ESVOAÇAR DE UM OU OUTRO PÁSSARO QUE PROCURAVA ABRIGO NOTURNO.
NUMA CURVA DO CAMINHO, TREMENDO, ELA VIU - DE UM LADO E DE OUTRO, SOBRE OS PEDREGULHOS UM FEROZ BANDO DE LOBOS QUE, AO VÊ-LA, PARECE QUE SE PREPARAM PARA O “BANQUETE”,MOSTRANDO, POR SUAS POSIÇÕES E ATITUDES QUE - DALI – NÃO IRIAM EMBORA SEM SABOREAR ALGUÉM .
APAVORADA, DE REPENTE, ELA LEMBROU DA PEQUENINA ORAÇAO QUE O PAI LHE ENSINARA. RECUOU UM POUQUINHO. OS ANIMAIS PRONTOS A DAR O BOTE E ELA, ENTÃO, À BEIRA DA MORTE, FEZ A PRECE COM TANTA FÉ QUE COLOCOU SEU SER EM CADA PALAVRA AO SENHOR.
ESTRANHAMENTE, EM UMA FRAÇÃO DE SEGUNDOS, DOIS JOVENS HOMENS APARECERAM, BELAS FISIONOMIAS, TRAJANDO ROUPAS QUE NÃO ERAM CONHECIDAS – LONGAS E DE LINHO CRU. TRAZIAM NAS MÃOS UMA ESPÉCIE DE CAJADO E SE COLOCARAM UM DE CADA LADO DO CAMINHHO, DIZENDO A ELA:
- PASSE, MENINA, NADA VAI TE ACONTECER. VOCÊ TEM MUITA FÉ...
ELES PARECIAM TER “ENCANTADO” OS LOBOS, PARALISADOS. A PEQUENA, QUASE VOANDO FOI EMBORA, BALBUCIANDO AGRADECIMENTOS E A ORAÇÃO.
ELA NUNCA SOUBE QUEM ERAM AQUELES HOMENS SURGIDOS NUM LAPSO DE TEMPO NÃO SABIA DE ONDE. AO OLHAR PARA TRÁS JÁ NÃO OS VIU, EMBORA OS LOBOS CONTINUASSEM ESTRANHAMENTE PARADOS, BOCARRAS ABERTAS, COMO PETRIFICADOS.
SOUBE AO OUTRO DIA QUE OS LOBOS TINHAM DEVORADO UM BEZERRO QUE FUGIRA DO CERCADO, E,COMO SE NÃO BASTASSE, AINDA FERIRAM OUTRO PEQUENO CORDEIRO. PORÉM, NUNCA SOUBE QUEM ERAM AQUELES JOVENS E DE ONDE TINHAM VINDO.
ERA UM MINÚSCULO POVOADO. NA VERDADE, UM VALE CERCADO DE VERDE , COM DENSAS FLORESTAS. PARA DELE SAIR ERA NECESSÁRIO ATRAVESSAR CAMINHOS ESTREITOS E QUE, NORMALMENTE, NINGUÉM FAZIA SEM COMPANHIA.
UMA DAS RAZÕES QUE NÃO SAÍA DA BOCA DOS MAIS VELHOS, SEM DÚVIDA, ERAM OS PERIGOSOS LOBOS DA REGIÃO, QUE FICAVA MUITO ALÉM DO ATLÂNTICO. FAMINTOS ELES VIVIAM EM BANDOS, À ESPREITA DE UM CARNEIRO OU BEZERRO QUE SE AFASTASSE DOS DEMAIS. TÃO PERIGOSOS ERAM QUE OS PASTORES COSTUMAVAM NÃO FICAR SÓS COM O GADO. HAVIA QUEM JURASSE QUE ALGUNS MENINOS E MENINAS QUE SUMIRAM TINHAM SIDO DEVORADOS. É BOM QUE SE DIGA, QUE ESSAS CRIANÇAS TRABALHAVAM, COM POUCO MAIS DE SETE ANOS E QUEM ME CONTOU ESTA HISTÓRIA FOI UMA DELAS, QUE NÃO MAIS ESTÁ NESTA FACE PLANETÁRIA.
ESSA GAROTA CONTOU QUE, EM CERTO FIM DE SEMANA, PRECISARIA IR À SUA ALDEIA, PARA LEVAR ALGUMA COISA PARA SEU PAI E IRMÃOS. SUA MÃE FALECERA E A SITUAÇÃO DE SEUS OUTROS SEIS IRMÃOS ERA DE PENÚRIA. POR ISSO, O PAI A COLOCOU PARA “SERVIR”, OU SEJA, TRABALHAR. ASSIM FAZIA, COM CHUVA OU NEVE, COM OS PEQUENINOS PÉS( SEM MEIAS OU BOTAS PRÓPRIAS, APENAS UM CALÇADO TOSCO ABERTO), QUASE CONGELANDO (MAS ISSO É OUTRO ASSUNTO).
O PAI A AVISARA DE QUE NUNCA VIESSE AO ANOITECER. ERA MUITO PERIGOSO, SOBRETUDO PORQUE O FARIA SOZINHA. NINGUÉM QUERIA SABER. MAS, NAQUELE DIA, SUA PATROA INVENTOU TANTAS TAREFAS, QUE JÁ ERA QUASE DE NOITE, QUANDO, FINALMENTE, PEGOU OS MANTIMENTOS QUE LEVARIA. PEQUENINA COMO ERA, PRECISAVA PÔ-LOS À CABEÇA DE FORMA A SUPORTAR O PESO.
SEU PAI, APESAR DE SER DURO DEMAIS, ALÉM DOS AVISOS, ENSINARA-LHE UMA PEQUENINA ORAÇÃO PARA CASOS DE PERIGO EXTREMO – NÃO A TRANSCREVO POR RESPEITO À RELIGIÃO DE CADA UM. ESSA MINÚSCULA PRECE, DITA COM MUITA FÉ, A LIVRARIA DE QUALQUER PERIGO PELOS CAMINHOS ( EU AINDA A TENHO).
LÁ SE FOI A MENINA. O SOL JÁ DAVA BOAS-VINDAS PARA A NOITE. VIAM-SE POR SOBRE A COPA DAS GRANDES ÁRVORES AS PRIMEIRAS ESTRELAS E ELA PELO CAMINHO. FLORESTA FECHADA. PEDRAS E MAIS PEDRAS, CONSIDERANDO O LOCAL REMOTO E DESERTO. NADA SE OUVIA, A NÃO SER O ESVOAÇAR DE UM OU OUTRO PÁSSARO QUE PROCURAVA ABRIGO NOTURNO.
NUMA CURVA DO CAMINHO, TREMENDO, ELA VIU - DE UM LADO E DE OUTRO, SOBRE OS PEDREGULHOS UM FEROZ BANDO DE LOBOS QUE, AO VÊ-LA, PARECE QUE SE PREPARAM PARA O “BANQUETE”,MOSTRANDO, POR SUAS POSIÇÕES E ATITUDES QUE - DALI – NÃO IRIAM EMBORA SEM SABOREAR ALGUÉM .
APAVORADA, DE REPENTE, ELA LEMBROU DA PEQUENINA ORAÇAO QUE O PAI LHE ENSINARA. RECUOU UM POUQUINHO. OS ANIMAIS PRONTOS A DAR O BOTE E ELA, ENTÃO, À BEIRA DA MORTE, FEZ A PRECE COM TANTA FÉ QUE COLOCOU SEU SER EM CADA PALAVRA AO SENHOR.
ESTRANHAMENTE, EM UMA FRAÇÃO DE SEGUNDOS, DOIS JOVENS HOMENS APARECERAM, BELAS FISIONOMIAS, TRAJANDO ROUPAS QUE NÃO ERAM CONHECIDAS – LONGAS E DE LINHO CRU. TRAZIAM NAS MÃOS UMA ESPÉCIE DE CAJADO E SE COLOCARAM UM DE CADA LADO DO CAMINHHO, DIZENDO A ELA:
- PASSE, MENINA, NADA VAI TE ACONTECER. VOCÊ TEM MUITA FÉ...
ELES PARECIAM TER “ENCANTADO” OS LOBOS, PARALISADOS. A PEQUENA, QUASE VOANDO FOI EMBORA, BALBUCIANDO AGRADECIMENTOS E A ORAÇÃO.
ELA NUNCA SOUBE QUEM ERAM AQUELES HOMENS SURGIDOS NUM LAPSO DE TEMPO NÃO SABIA DE ONDE. AO OLHAR PARA TRÁS JÁ NÃO OS VIU, EMBORA OS LOBOS CONTINUASSEM ESTRANHAMENTE PARADOS, BOCARRAS ABERTAS, COMO PETRIFICADOS.
SOUBE AO OUTRO DIA QUE OS LOBOS TINHAM DEVORADO UM BEZERRO QUE FUGIRA DO CERCADO, E,COMO SE NÃO BASTASSE, AINDA FERIRAM OUTRO PEQUENO CORDEIRO. PORÉM, NUNCA SOUBE QUEM ERAM AQUELES JOVENS E DE ONDE TINHAM VINDO.