NÁDIA LUNA WEST E A VIAGEM DO CHAPÉU (alguns recantistas estão por aqui) lembrando o Velho Oeste
Saindo dos delírios poeirentos da velha Utah, onde o Velho Oeste duelava com armas poéticas, ferozes e ecoadas. Sem esquecer da saga da bela Ioiô Belle Carson, 'A Viúva Negra do Velho Oeste' seu patrimônio e descendência.
Desvirginando o passado, aparece numa versão mais moderna, a resguardada pistoleira aposentada, Nádia Luna West. Sempre nutrida, na pele e nas ancas, com o sorriso estreito e o olhar malicioso e, que nunca abandonou o seu chapéu 🤠 de cowboy...mais correto cowgirl, cor de palha bem dourada de Sol, com uma faixa grená, tendo uma espora de cavalo presa no contorno.
Aqueles que a reconheciam, mesmo com os anos passados, ficavam mais afastados dela, porque o boca a boca antigo...sabia que um determinado chapéu com espora, já havia aberto umas testas ou gargantas, há muito tempo atrás. O chapéu sempre pertenceu à bela, Nádia Luna West...uma lenda do Velho Oeste.
Dona de 30% da ferrovia, às vezes fazia algumas viagens, para acompanhar o seu investimento. Só que na última inspeção dos dormentes e trilhos, o chapéu dela voou e, o vento quase gargalhava, por ter roubado uma coisa sagrada e importante, da antiga pistoleira.
A idade já pesava em Nádia Luna West, mas, a sua mente estava 100% ativa. Colocou todos os funcionários da ferrovia, para achar o chapéu. Sendo que para os homens como Moa Jack, Zédio Lee e Olavo Kent, ao pé do ouvido disse qual seria a recompensa...se vocês tivessem visto o rubor e um leve estremecinento, nas partes baixas das calças deles, saberia o que ela prometera...Ah! Nádia Luna West... não mudava nunca.
Já para as mulheres, prometeu um valor generoso em moedas de ouro. A ferrovia parou por 24 horas, porque o chapéu com fita grená e espora, tinha que ser resgatado do vento.
Seis horas depois, Sonya Noir, Estevão Jones, Juli Sand e Lumah James, acharam o chapéu ao mesmo tempo, dormindo descansado, sobre um monte alto de palha de milho.
A promessa de 'coito selvagem de quebrar o couro' e, o montante prometido em moedas de ouro, entraram em conflito. Moa Jack, Zédio Lee e Olavo Kent descobriram e correram atrás. 'My God' foi um 'pega pra capar' tremendo! Palha para todos lados e, o vento gargalhante se apossou do chapéu de novo. Restou aos 'combatentes' do Oeste renovado, se livrarem de toda palha de milho seca, infiltrada nos cabelos e roupas.
Oito horas a mais depois, um dos maquinistas, Joseph Martins, a Mary Jun bilheteira e Arnor Crokey que treinava os encarcerados, no 'bate e trava' dos dormentes, acharam o chapéu de Nádia Luna West, preso num catavento no formato de galo, numa fazenda onde plantavam aipo salsão e laranjas.
Correram pra lá, se engalfinharam, se arranharam, puxaram cabelos e só conseguiram, ser expulsos à balas poéticas explosivas de sonetos, voando sobre as suas cabeças. O fazendeiro Jadel Louis, pegou o chapéu e guardou em casa.
Assim que soube de todos os imbróglios, Nádia Luna West, foi com o índio Cherokee Tony Zitcala buscar o chapéu, disse ao fazendeiro Jadel Louis, qual era a recompensa.
A bela e antiga pistoleira, dona do chapéu de fita grená com espora, nunca mais saiu daquela fazenda e, o fazendeiro Jadel Louis, vive com um sorriso satisfeito, sob os ralos cabelos grisalhos... é meus amigos...pelo visto, Nádia Luna West, segue cumprindo as suas promessas.
** Caso se interesse, por saber mais da minha saga de Utah no Velho Oeste, encontrarão nos contos de aventura, em minha escrivaninha, tenho vários para apreciação, desde já obrigada.