#MEMORIAL Recantista# VI SAUDADES NO VELHO OESTE POÉTICO
A Cidade americana de Utah, tem suas lendas de velho Oeste, misturadas à poeira, que nem o melhor asfalto ou revestimento de solo, piso etc...pode fazer desaparecer. O melhor a fazer é cantar uma música animada, um hino cristão, um mantra pagão ou deixar a imaginação fluir e, fingir que ela não existe.
Volta e meia os antigos moradores, alardeiam as saudades de chapéus de cowboys, ligas em coxas carnudas, tornozelos de lindas virgens aparecendo, tiros de balas explosivas nos sonetos, contos e poemas, que explodiam no ar, fazendo o autor encher os bolsos do povo da funerária.
O som do piano tocado pela pistoleira Maria do Céo, encantava e até fazia parar as apostas no pôquer, quando entremeado com trovas deliciosamente naturais, que ela mesma declamava cantando. Ela era uma mulher madura e respeitadíssima no seu Sallon Blue Sky. Quem lhe acompanhava no banjo, trajava roupas cinzentas e um chapéu de cowboy, era um derivado dos Cherokees, James Assaf, um adotado americano de ataques à pequenas fazendas. A poesia que brotava de sua inspiração, era cantada com sua voz maravilhosa e, ganhava uma dança coreografada pela dançarina Dayse Félix, no centro do palco. O engraçado é que ela, conseguia transformar o que ele cantava, numa dança instigante, tão sensual e às vezes divertida. O que era muito bom pra ela, que recebia umas boas moedas, palmas preciosas rrrsss...
Ilmar, se mantinha no centro do Sallon, pois falava muito, sobre tudo e, era praticamente um ponto de notícias para quem se aproximava dele. Como ele já havia participado, de alguns duelos poéticos explosivos e, sempre sobrevivendo, porque as suas prosas atualizadas, faziam com que ele vencesse com facilidade.
Já Facuri e Favinho de Mel Fadinha, sendo de outros países, tinham tendas montadas ao lado de antigas fazendas. Contavam histórias, agregavam muita gente e se entendiam muito bem, com todos que curiosos passavam por lá. O que alguns moradores antigos como Miguel Jacó, um poeta diversificado achava inusitado, era que nas tendas a poeira não entrava. Facuri então, cobria a tenda, pendurava dentro dela, muitos véus, parecia um harém. Favinho de Mel Fadinha, era pura alegria em sua loirice, andava rápido com vestidos longos, mas, de tecido leve. Talvez tivesse passado pela China, antes de aparecer em Utah.
As saudades das lendas vividas no período do velho Oeste, alimentavam-se de mentes progressistas, que pensavam que os tempos antigos poderiam voltar. Os preparativos dos saudáveis duelos, mexiam com todo mundo, a Cidade em qualquer canto, naquela época, parecia mais viva.
** Aqui reverenciando os saudosos amigos recantistas, que agora fazem a alegria no céu e, marcaram a minha trajetória por aqui: Maria do Céo Correia, James Assaf, Facuri, Miguel Jacó, Ilmar, Favinho de Mel Fadinha e Dayse Félix.
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