Confusão na biblioteca.

   Seu Guilherme sempre foi amante de um bom texto, enterrava a cara no meio daquelas histórias e viajava naquelas páginas, já publicou alguns livros para a faixa infante juvenil, escrevia com tanta qualidade que parece que seus personagens saltavam das páginas, direto para as imaginações do leitor.
    Hoje em pleno dia de frio acomodou em sua cadeira de balanço em sua biblioteca sobre um grande acervo cultural, todos os exemplares ali exposto já fora passado pelos crivos deste ser humano dotado de uma inteligência fenomenal, mas demostrava tanta humildade qualidade comuns de pessoas sábias, observa a queda vertical da neblina que chegava pesar as folhas das copos de leites plantados ali do lado de fora; no jardim de inverno, mas aproximadas à uns cinco metros dista dos olhos observador deste nosso grande persona que tão dedicado aos seu netos.
    Apesar de meia dúzia de criaturinhas barulhentas; netos amorosos. Vestido de agasalho de lã confeccionado pelas agulhas habeas da vovozinha costureira.      Os vidros do grande janelão até ficou embaçada, ele observava a natureza, quando o sopro da brisa fazia tremular a folhagem, ora foliava uma revista de notícias atuais enquanto foi tomado por uma forte sonolência, se dirigiu ao seu quarto de dormir, a conta de atravessar o corredor que vinha da cozinha e dava acesso a sala de jantar, pronto,  já está viajando em seus sonhos, como dizia seus netinhos, vovô é um sonhador.
      E em seguida já pedia que vovô contasse os sonhos destas noites, ele inventava umas histórias e contava só para não decepcionar os netinhos e dizia que foi um sonho maravilhoso.
       Enquanto reinava o silêncio àquele momento... Foram as 21: horas exatamente que todos acordaram sobressaltados, um barulho em um dos cômodos desta casa, seu Guilherme dormia na caminha de solteiro em um dos sete quartos dessa casa, do outro lado do corredor quase em frente à biblioteca, o som expandiu por todos compartimentos, todos dormiam com as portas aberta era de costumes todos tirarem essa soneca justamente a este horário, mais tarde voltariam para a cama e dormiam pra valer.
       Neste dado momento  parece ter acordo  depois que se acostou em seus lençóis.

- Calma pessoal fique tranquilos, isso não é nada. (disse senhor Guilherme tentando acalmar a todos com poucas palavras além de acordar de longas horas de sono.)

Quando se encontraram na cozinha, cada um dava um palpite sobre o que estava acontecendo.

- No domingo passado aconteceu mesma coisa, naquela vez foi na cozinha, alguém estava bolino nas panelas, não conseguimos constatar nada, parece um mistério. Dona Letícia acrescentou sua fala enquanto o velho sonolento a interrompeu dando uma posição neste caso quase insolúvel.

– Acho que devemos procurar na biblioteca, assim senhor Guilherme tinha lá suas certezas.

           Mal abriram a porta já perceberam o estragos, a coleção inteirinha da Divina Comédia espalhada pelo chão, sem contar os pequenos livros enfant juvenil jogados por todos os lados, o livro capa dura de Pedro e o Lobo havia caído de pé, ficou sem apoiar em nada, mas estava com as páginas do meio abertas, foi por isso que ficou em pé, logo se vê que não é nenhuma mágica,

     Aninha, foi logo correndo arrumar seus livrinhos de primeiras leituras, mas logo perceberam que algo estava diferente, seus livros não são mais os mesmos.

- Veja vovô, estas páginas estão quase todo em branco parece que sumiu as letras, tanto o Pedro e o lobo não estampam mais aqui nessas paginas, meus livrinhos não serve mais, não tem como eu ler as minhas historinhas.

- Poxa! Que coisa interessante Aninha minha netinha, os personagens saíram para um passeio, imagine por anda esse Lobo Cruento, logo chegará notícia que estará preso em alguma jaula. (Disse em tom de brincadeira fantasiando a mente da menina)

- Não tem problema vovô eu o trarei novamente para as páginas de meus livrinhos que tanto me fez sonhar com essas histórias maravilhosas, vou telefonar para as minhas amiguinhas de classe e tomar algumas informações sobre estes dois fujões.
Certeza que ele foi para a latitude leste, tem uma pequena floresta de pinho, Pedro não vive sem árvores, não suportaria o clima urbano.

Neste mesmo momento o telefone toca, Aninha corre e diz para sua mamãe não atender, que é para ela, certeza que se refere o sumiço dos dois turistas de arrabaldes.

- Alô... sim!!!... Pode falar amiguinha. ( disse Aninha apreensiva exigindo a resposta dessa fala do outro lado da linha)

- Alô Aninha, eu sou a celinha sua amiguinha de classe, lembra-se de mim? ( Celinha falava ansiosa para passar uma notícia inesperada, mau respirava de tanto medo.)

- Sim lembro sim!... Como eu não me lembraria?... Lemos o mesmo livrinho de história que a professora pediu como dever de aula (Aninha completou confirmando o diálogo da amiguinha )

- O Pedro e o Lobo (disse Celinha)

- Sim, o Pedro e o Lobo (disse Aninha)

- Bem!... Amiguinha Aninha, parece que a historinha está acontecendo na realidade, vou te dizer e você não vai acreditar, acabo de presenciar estes personagens da historia passando pela rua que moro você nem vai acreditar, mas é verdade, foram em direção da floresta, Pedro andava depressa para alcançar o lobo, parecia àquela figura que estava estampada nas páginas do livrinho, ainda com as mesmas cores. (disse Celinha com os olhos arregalados com medo do lobo.)

- Está acontecendo um fato muito curioso, acho que as fantasias infantis estão se tornando realidade, os personagens fogem das paginas dos livros, percebo uma revolução, causando uma desarrumação nas nossas cabecinhas mudando o rumo das histórias. Precisamos fazer alguma coisa, tomar alguma atitude.

- Você me aguarde algumas horas que vou lhe dar um retorno, depois vamos reunir nossa turminha e verificamos o que está se passando, aproveitaremos o feriado prolongado.

    O vovô  ficou preocupado com oque estava acontecendo

- Vejo que preciso ajudar estes netinhos, vou acompanhar os meninos nesta jornada, primeiro esperarei todos tomarem a iniciativa, pelo que ouvi parece que será nesta manhã de feriado.
     Ele percebeu que algo estranho estava acontecendo, muito tumulto, mas somente eles estão percebendo; Os meninos e vovô , está visualizando o mesmo que as crianças, parece que as páginas do livro passam voando em sua frente como imagens realistas, estampadas nos livros de sua biblioteca destacam bem ali em frente de seus olhos.
      Algo impressionante confunde a cabeça daquele velho homem, imaginem como ficaria a cabeça destas crianças nesta jornada em busca de resgatar os fujões que esvaziaram o conteúdo do livrinho de Pedro e o Lobo.
      Ele passava entre um grande arbusto quando de surpresa ouviu gritos de índios, era os da tribo dos apaches, a galope com seus cavalos malhados de preto e branco rumaram em direção das montanhas, os índios estavam furiosos, Buffalobill com a cavalaria Americana, perseguiam. 
       Estas  imagens se perderam quando todos entraram para o desfiladeiros, Bufalobill aprofundou no grande Quenio, essa cena os meninos aventureiros não presenciaram, imagem muito assustadora para estas infantis criaturas:                 Aninha, Juninho e a batota toda empenhada nesta aventura.
       Vovô Guilherme ficou surpreso quando viu em cena aquela página 32, a mesma imagem que desapareceu do livro da biblioteca, tudo está estranho para o velho Guilherme, nesse mesmo instante em que os meninos seguia a trilha ha uns duzentos metros a frente, o vovô tentava alcançar, mas os meninos andava apressado, Pedro e o Lobo não estava nas proximidade.
           Os meninos já começavam a sentir cansaço nestas dez horas da manhã desse feriado.
      Nem só os livros, mas também as revistinhas em quadrinhos, até cenas cinematográficas.
         Parece que  viviam um sonho interminável. os desenhos das páginas ganhavam vidas, o velho sábio de chapéu de copa pontiaguda; Dumblodore, Harry Potter se exibia em senários fantásticos assim como os profissionais das companhias cinematográficas criaram para contar as histórias.
         Toda as imaginações esboçado em desenho outrora impresso em livros e revistas saltavam para a realidade, um grande delírio, os mestres em alquimias, a ciência primitiva temporariamente se instalavam aqui no planeta realidade; uma panaceia, como a cura de todos os males surgidas dos guardados nas antigas bibliotecas expostas em papiros quase se desmanchando pelo tempo, páginas escritas a muitos séculos passados.
          A história de Pedro e o Lobo a qual os meninos tentam trazer de volta à biblioteca do vovô Guilherme também é uma grande perca para a literatura mundial.                                                As crianças estão empenhada em colocar tudo no lugar e trazer à realidade, assim como fora escrito, por Sergei Prokofiev, ainda que muito encantadora, mas assim se configura na inocência que o autor inspirou.

        Nesse cenário imaginativo, os personagens da literatura mundial fazia presença, a maioria deles estavam ali, mas porem o vovô  sentia falta dos seus personagens, aqueles que ele criou em seus livros, por enquanto não foram vistos por aqui neste bosque de pinheiros.
        Caminhando por aquelas trilhas   ouviu um chamado dizendo: - Mestre, Mestre, eu estou aqui, está me vendo... Aqui ó ( debaixo de uma grande folhagem lá estava o indiozinho acocorado, com olhares tímidos pedia a atenção para seu criador senhor Guilherme.

         - Então meu grande herói, minha criatura, chame todos os nossos personagens de volta, vamos resgatar todos esses fugitivos, estou te incumbindo dessa tarefa, vá e traga de volta à minha biblioteca a meus livros e áudios vídeos de forma que podemos abrir os livros, ler as páginas, assistir aos filmes ou ir ao cinema. ( seu Guilherme ordenou e exigiu cumprimento dessas tarefas)

      Neste dado momento Juninho e a turminha que o acompanhava vinha em direção do velho Guilherme dizendo em gritos altos dizendo:

- Pronto!!!.. já terminou nossa busca, tudo já está resolvido, eles já estão todos de volta às páginas dos nosso livros, Pedro e o lobo já voltaram para seus lugares, até o patinho feio, agora já pode procurar, eles estão lá.

       O velho reuniu a turminha de meninos e meninas estão todos regressando cada um para suas casas.

      Der repente um grande barulho acordou o vovô Guilherme, era o gato amarelo que subia nas prateleiras para dormir e acabou derrubando uma pilha de livros acordando o velho Guilherme do soninho gostoso da tarde, pronto o sonho acabou.
(Antherport.).
Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 07/06/2018
Reeditado em 12/06/2018
Código do texto: T6358278
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