Intimidades Íntimas
…o maldito Filósofo é o núncio alienado que a sociedade não quer ouvir e portanto, impedido de anunciar certas verdades intoleráveis.
Leio livros, ouço música, indiferença observo, assusta-me o sombrio, queimo as minhas retinas nuas na réstia dos raios sol que chocam-se contra a alvura da neve, reflito sobre os porquês dos ecos, fumo uma bituca de cigarro, crio asas, imito os pássaros, tento entender por quem os sinos dobram; por fim, junto as letras na escrita para salvar, evitar a queda do mutável e incomodado teto da residência de meu semelhante. Escrever é disseminar intimidades, é praticar a solidariedade, sentir-se útil altruísta
Não me permito a hipocrisia, desonestidade, a falta de honradez e seriedade. Definitivamente, não existo no presente. Sem contar que quando havia um pingo de esperança escorrendo nos fios de cabelos longos dos esperançosos, nunca acreditei, agora de cabeças raspadas, absolutamente carecas, afirmo plenamente: o futuro é como as estradas que caminham incertas; sobretudo, uma segue por aqui, outra tafuia por lá, mais outra que não sabe aonde vai dar! E ainda tem aquelas que ao se enrolar em seus caracóis antinaturais, saem pela tangente. Essas são as piores, pois, beijam os abismos.
Pesquisei todas as ciências, estudei miríade de idiomas, conheço a metade do mundo, fumei maços e mais maços de charutos, porém, não aprendi rezar e menos ainda, pensar; logo, peco pela minha (in) existência.