AMOR & SEXO

Primeiro dia de aula,o Liceu fervia de novos alunos.Ao entrar deu de cara com a garota mais linda da sala,foi atração instantânea e mútua.

- Oi...

- Oi...

- Tá vago?

- Tá

- Prazer,Leo.

- Prazer,Taty.

Sem dizer mais nada sentou-se do lado daquela bela morena.Naquele momento,faltou palavras para puxar assunto.Ficaram calados num silêncio ensurdecedor.

Dali por diante,ficaram se olhando o tempo todo,disfarçadamente.Não prestaram atenção a mais nada;nem as aulas,nem aos amigos,nem ao tempo que passava fugaz.

No intervalo da aula foram se refugiar no pátio arborizado,lá o clima era outro e convideram-se para um bate-papo informal e sem tabus,mas muito legal e proveitoso.

- Oi...

- Oi...

- Que aula morgada.

- Que professor chato.

(Riram-se por terem tido a mesma ideia boba.)

- Trabalho num banco

- Eu,numa lojinha.

- Tenho 17 anos.

- Eu também.

- Sou evangélica.

- Catolico.

- Tenho só paqueras,e voce?

- Eu também.

- Curte sexo?

- Curto.

- É virgem?

- Sim.E voce?

- Tambem.

Entrelaçaram-se as mãos num amarELO simbolico.Sem titubearar deram o primeiro beijo com afeto timido.A campanhia soou.o tempo acabou.Estava na hora de voltar para uma nova aula.

A noite,se falaram pelo celular,ficaram horas ,foram até tarde da madrugada trocando confidências e mensagens meigas com teor de duplo sentido.

- Tou tão abobalhada de tão feliz de ter te conhecido.

- Eu também.

- Voce é um amor!

- Obrigado.Voce também.

- Boa noite,Leo!

- Até amanhã,Taty!

- Beijos,voce sabe onde...

- Safado...

- Teadoro.

- Tchau...

- Tchau...

Desligaram o celular ao mesmo tempo,mas não conseguiram se desligar psicologicamente.Depois de algum tempo o celular dela voltou a tocar insistentemente.

- Alô,Taty...

- O que foi,Leo?

- Tou sem sono,só dá voce.

- Tambem,só dá voce aqui.

- manda um nudez.

- o quê ?

- Um nudez...

Um minuto de silêncio que durou uma eternidade.Ela desligou de repente.Talvez não tenha gostado da ousadia.Sem ao menos esperar,ela mandou um nudez que o fez ficar deslumbrado.

No dia seguinte,encontraram-se a tardinha no mesmo lugar de sempre quando saiam do trabalho,o crepúsculo ia se apagando como uma vela.'Carpie Diem"- Aproveitaram o máximo aqueles últimos raios.

- Meu chefe me deu uma folga hoje.

- O meu também.

Mentiram descaradamente em nome do amor.Por que estavam perdidamente,loucamente apaixonados.E o que importa no amor é o bem-estar que ele proporciona.

Bastou cair a noite para a dança das mãos bobas e das caricias febris e prolongadas começarem a agir.Só se escutavam suspiros,murmúrios e confissões...

- Ah,Taty...

- Ah,Leo...

- Vem vindo gente!

- Só mais um pouco...

- Vou gozar.

- Eu também.

E não é que gozaram na mesma frequência.Fazendo com o que desandassem a sorrir frouxamente.Fecharam zíperes e botões da roupa e foram embora num abraçaço felizes da vida.

Não era um namoro benquisto,as suas famílias eram contra pela diferença de crença.Pela ótica da igreja aquele namoro estava fadado a ser um desastre;era melhor cada um ficar na sua fé.Evitando assim dor e sofrimento.Mas eles nem deram ouvidos:O amor a tudo vence!

- Tá dificil com meus pais.

- Eu sei.Lá em casa também.

- O que a gente faz?

- Vamos encontrar uma saída.

- O amor sempre vence no final.

- Se não vencer é por que nao é o fim.

Com a chegada das festas de fim de ano,Taty e suas amigas de trabalho organizaram uma festinha que iria varrar o dia e a noite numa imensa fazenda.Estava tudo preparado.Inclusive,seria Naquele dia que ia perder a virgindade.Era seu plano.Custe o que custasse!

E assim ela fez: Entre churrasco e chopps à vontade,e conversas alegres e frouxas,se afastaram de fininho da algazarra da turma,se embrenharam floresta adentro,até encontrarem um lugar verdinho e solitário juntos às águas de descansos.

Longe,muito longe do barulho da festa,sem ninguém para importunar,despiram-se e deitaram-se na grama.Lembraram-se do Gênesis onde Adão e Eva viviam pelados na presença de deus no paraíso.

Ela faz mençao ao livro de Cânticos dos cânticos,tirou da mochila que trazia uma imensa 'bíblia' e o dialogo adaptado e tosco que se iniciou entre eles foi mais ou menos assim:

Taty - Me beije todo o corpo com o beijo da tua boca quente.Teu amor é

mais delicioso que todos os vinhos.

(Por isso as virgens te amam) Sou morena,sou gostosa,a mais

atraente da terra dos teus olhos,a mais virgem dentre as virgem.

Diga-me,voce,a quem ama a minha vagina virgem,onde apascenta o teu

rebanho viril.Diga-me para que eu não fique como uma barata tonta

te procurando a esmo.

Leo - voce é como uma poltranca malhada atrelada ao torso de uma

moto.É assim que te comparo.Que lindo é o teu corpo,nele me

perco nas veredas do prazer.

Taty - Voce,para mim,é uma seringueira erecta que depois do sexo

adormece entre meus seios pontiaguados.

Leo - Como voce é linda,Taty! Puta que pariu,como voce é linda!

Taty - Digo o mesmo: Como voce é bonito,Leo! Que filho da mãe bonito!

Leo - Teus olhos,Taty,são como dois vaga-lumes à noite.

Teus cabelos,são rebanhos de nuvens .

Teus dentes,são estrelas desatando-se do céu.

Teus lábios,sao pórticos do meu prazer.

(Tua boca é gostosa como uma carne de peixe.)

Tuas têmporas,tem diferenças iguais quando acordas.

Teus seios ameninados,são ovelhinhas pastando no oco dos meus

desejos.

Tua vagina,Taty,embriaga uma matilha de lobos ferozes e

famintos.

Tuas coxas,sao baluartes sem igual.

Tua bunda,são dois cumes em fugas!

Taty - Levanta e vem,entra amado,na minha floresta em chama e prova

do meu fruto sazonal.

Ele tomou o livro e guardou.Estas foram as últimas palavras dela,e a beijou eroticamente,rolando,excitadamente na grama e,ali transaram sem preservativo e sem pudor.Quando terminaram perguntou a ela:

- Gostou?

- Gostei.

- Vamos de novo?

- D'novo.

E foram de novo.E de novo...E foi assim que eu nasci entre gemidos de prazer e dores...

Joelson Gomes da Silva
Enviado por Joelson Gomes da Silva em 12/12/2020
Reeditado em 13/03/2021
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