A literatura é o lugar das grandes confissões.

A LITERATURA É O LUGAR DAS GRANDES CONFISSÕES.

Prefacio

Ao escrever, muitas das vezes, os leitores podem interpretar algum gracejo, mas na verdade o escrevente está a gracejar com ele mesmo. Nem o escrevente tem interesse pela imagem criada, nem a imagem criada tomaria conhecimento de nenhuma veleidade por parte do escrevente. O escrever é contemporizar a saudade do passado, o escrever forma e informa palavras em forma de metáforas que resgata o que se foi, no passado, vivido ou mesmo sonhado.

Escrever é o pensar no que foi feito e no que não foi realizado.

Qual o adolescente que não tenha desejado penetrar nas inatingíveis namoradas e que algumas das vezes, a timidez o amarrava, volatizava seus pensamentos em tormentos.

Enquanto escrevia ao papel, algumas palavras escapuliam, outras confundiam e outras nem poderia dizer, assim fora desenhando na mente e recebendo uma baforada de afetos, de palavras acariciantes estimulantes e sentia-se todo langoroso e avoado.

Todo o escrevinhar, se faz simultaneamente com a recordação de passados e peripécias dos dias presentes.

As vezes penso que a paixão é alguma vivência da lembrança que os estereótipos guardam na memória do subconsciente e o consciente transforma em forma de lambança.

Os apaixonados reza, se beija, se lambuza como se fosse amor, depois mais a frente cria tantas confusões de possuir o outro como propriedade privada aí os sentimentos de cuidar de zelar pelo outro passa a uma exigência de o outro ser extensão do eu. Tanto nos homens como nas mulheres, o ciúme também está associado com insegurança, pessoas com baixa autoestima podem apresentar muito ciúme pois atribuem ao outro o poder de determinar o valor que elas têm e, quando acreditam que o par está deixando de lhes atribuir tal valor, passam a enciumar.

O ciumento é um doente e como doente precisa se tratar, muitos até mata a parceira e diz que foi por amor. Irineu