Amor Virtual
Quando estou a teclar
Diante da minha tela
Observo que em algum lugar
Alguém deve estar
Imagino que assim como eu
Do outro lado deve ter alguém
Com um coração repleto de sentimentos
Que merece todo o meu respeito e atenção
Muitos não os valorizam
Dizem que são apenas virtualidade
Mas sou obrigado a contrariar
Os que defendem tal afirmação
Quantas vezes meu fardo estava pesado
E foi justamente diante dela
Com o seu carinho e sua atenção
Que eu rasgava meu coração
Nunca mediu esforços
Nem tempo
Sempre estava ali
De braços abertos a me receber
Essa amizade pra mim
É como um bálsamo
Que sempre me refrigerou nas minhas angústias
Diante disso digo: Obrigado meu amigo virtual.
Quando estou a teclar
Diante da minha tela
Observo que em algum lugar
Alguém deve estar
Imagino que assim como eu
Do outro lado deve ter alguém
Com um coração repleto de sentimentos
Que merece todo o meu respeito e atenção
Muitos não os valorizam
Dizem que são apenas virtualidade
Mas sou obrigado a contrariar
Os que defendem tal afirmação
Quantas vezes meu fardo estava pesado
E foi justamente diante dela
Com o seu carinho e sua atenção
Que eu rasgava meu coração
Nunca mediu esforços
Nem tempo
Sempre estava ali
De braços abertos a me receber
Essa amizade pra mim
É como um bálsamo
Que sempre me refrigerou nas minhas angústias
Diante disso digo: Obrigado meu amigo virtual.
Virgulino que nesse caso, não é o Lampião, diferente do conhecido, ele é sujeito pacato, tranquilo, introvetido, dado a pouca conversa e devido a todos esses atributos, acabou se transformando num solteirão de 49 anos.
Virgulino mora na pacata cidade de Coqueiral, no interior do nordeste Pernambucano, tão cedo ja conseguira aposentar, devido ter trabalhado numa mina, lá pelas bandas de Minas Gerais, esse foi o seu único serviço, onde trabalhara por 20 anos e já havia 8 anos que o solteirão estava nessa folga toda, mas infelizmente nas coisas do coração ele não batia um bolão.
Na sua casa era o único solteiro, sendo que o casal de irmãos que tivera, já estavam todos casados e só ele a fazer companhia para sua mãe dona Izaltina, que ficara víuva há 15 anos.
Se tem uma coisa que veio ajudar Virgulino, era o advento da internet. Sempre foi uma pessoa inteligente e já que não era muito bom de papo, resolveu se apegar ao computador e a internet por onde passava horas e horas. Virgulino adorava navegar e era muito entendido na área de informática.
Virgulino até tinha vontade de conhecer uma menina pela qual se apaixonaria, teria filhos, constituíria uma família, mas era totalmente sem jeito na arte da prosa com as moiçolas. Então quando não estava se distraindo na internet, estava a consolar e fazer companhia para sua mãe. Dona Izaltina era apaixonada com Lampião, sempre fora um excelente filho e se preocupava muito com ela.
Como o que tem mais avançado ultimamente, tem sido a área dos relacionamentos sociais, Virgulino resolvera associar a um site de bate-papo e conhecera Luana, uma jovem de 28 anos, que morava no interior Paulista. Luana aparentava ser uma pessoa que passava segurança, parecia sincera e isso foi chamando a atenção de Virgulino, já que pessoalmente ele não era muito bom de assunto, mas ali na virtualidade ele estava se destacando como um excelente gentleman.
Os encontros não eram pessoais, não eram em nenhum parque de diversões, mas todas as noites, eles se encontravam ali, em frente a tela do computador. Luana trabalhava no escritório de contabilidade, chegava em casa pontualmente às 18 e 30 horas, ali tomava banho, cuidava dos seus cabelos, passava creme, jantava, tirava um tempo pra ficar um pouco com seu familiares e sistematicamente às 21 horas, estava ali na frente da tela Virgulino e Luana.
Luana apesar dos seus 28 anos, ainda conservava o seu jeito menina de ser, era brincalhona, extrovertida e mesmo sendo algo virtual, a única forma que Virgulino conhecia Luana era através de fotos, mas ao teclar, era como se ele estivesse ali do lado dela, contemplando-a e de repente os sonhos começaram a nascer no coração de ambos.
Todos os dias, tanto Luana, como Virgulino, ficavam ansiosos, querendo que o dia apressasse, para que enfim pudessem se comunicar. Era algo inefável, difícil até de explicar, mas grande era o amor que eles nutriam um pelo outro. Pelo menos é assim que Virgulino imaginava. Uma coisa Virgulino poderia dizer, não tinha como responder por Luana, mas grande era o afeto, o carinho, o amor e a admiração que ele tinha pela jovem Luana.
A distância que separavam era tão grande, apesar do amor que os uniam, Virgulino via o quanto os dois eram diferentes. Virgulino era pacato, introvertido, simples. Luana parecia uma pessoa mais comunicativa, alegre, extrovertida, mimada. Em certos momentos Virgulino imaginava que talvez nunca iriam se conhecer, mas nada disso importava pra ele. O que importava era que naquele exato momento, em algum lugar desse brasilzão, existia alguém do outro lado da tela que se importava com ele, queria saber como ele estava, como foi o seu dia, e essas pequenas coisas, para Virgulino era tudo.
Durante exatos cinco anos, Virgulino tinha como sagrado o horário das 21 horas, sabia que nesse horário sagrado, alguém estava a esperar para desfrutar da sua companhia. E ele amava a presença encantadora da Luana, que a partir do momento que se encontravam, eram risos e mais risos, brincadeiras, até quando menos esperava, chegava 23 horas e Luana ja estava preparada para ir naná, pegar a sua caminha, para ir trabalhar o outro dia.
Virgulino amava aqueles momentos, sentia uma pessoa importante, sabia que alguém se importava com ele, só o fato dela nesse exato momento largar tudo para estar ali com ele, não tinha dinheiro que pagava aquela satisfação, que inundava o seu ser. Ele podia não vê-la com os olhos físicos, mas com os olhos da alma, do coração era como se ela todos os dias estivesse ali do lado dele. Podiam estar a quilômetros de distância, mas mentalmente estavam ali, bem juntinhos, e isso para Virgulino não tinha preço.
Apesar da sintônia que existiam entre ambos, algo fazia com que Virgulino temesse que uma dia essa relação pudesse ter fim. No fundo, talvez pela distancia, a verdade é que Luana não confiava totalmente nele, e de vez em quando, sempre aparecia algo que aborrecia Luana, e isso amedrontava, isso fazia com que em algum momento, essa relação tão bonita, que excede o plano fisico, que girava em torno de um certo Platonismo, pudesse ter fim.
Esse dia infelizmente chegou, e Luana sem explicação, sem mais e sem menos, saíra e nunca mais apareceu no site. Aquilo foi como uma facada no peito de Virgulino, e o pior que ele não tinha como recorrer, não tinha como contactar com ela, por que a única forma de contato que eles tinham era o site.
Passados três anos até hoje, Virgulino entra no site na esperança de encontrar com Luana. Todos os dias ele fica na maior empolgação, espera dar 21 horas e entra no site e a partir desse momento, esvai toda esperança e uma tristeza toma conta de Virgulino. A verdade é que mesmo depois de tanto tempo, Virgulino continua esperançoso, na expectativa que um dia sua amada possa ressurgir novamente. Enquanto isso não acontece, todos os santos dias Virgulino segue sua rotina sistematicamente nesse horário. E mesmo nunca tendo a visto, Virgulino traz dentro de si as boas recordações daquele que foi o seu único e verdadeiro amor.
Virgulino mora na pacata cidade de Coqueiral, no interior do nordeste Pernambucano, tão cedo ja conseguira aposentar, devido ter trabalhado numa mina, lá pelas bandas de Minas Gerais, esse foi o seu único serviço, onde trabalhara por 20 anos e já havia 8 anos que o solteirão estava nessa folga toda, mas infelizmente nas coisas do coração ele não batia um bolão.
Na sua casa era o único solteiro, sendo que o casal de irmãos que tivera, já estavam todos casados e só ele a fazer companhia para sua mãe dona Izaltina, que ficara víuva há 15 anos.
Se tem uma coisa que veio ajudar Virgulino, era o advento da internet. Sempre foi uma pessoa inteligente e já que não era muito bom de papo, resolveu se apegar ao computador e a internet por onde passava horas e horas. Virgulino adorava navegar e era muito entendido na área de informática.
Virgulino até tinha vontade de conhecer uma menina pela qual se apaixonaria, teria filhos, constituíria uma família, mas era totalmente sem jeito na arte da prosa com as moiçolas. Então quando não estava se distraindo na internet, estava a consolar e fazer companhia para sua mãe. Dona Izaltina era apaixonada com Lampião, sempre fora um excelente filho e se preocupava muito com ela.
Como o que tem mais avançado ultimamente, tem sido a área dos relacionamentos sociais, Virgulino resolvera associar a um site de bate-papo e conhecera Luana, uma jovem de 28 anos, que morava no interior Paulista. Luana aparentava ser uma pessoa que passava segurança, parecia sincera e isso foi chamando a atenção de Virgulino, já que pessoalmente ele não era muito bom de assunto, mas ali na virtualidade ele estava se destacando como um excelente gentleman.
Os encontros não eram pessoais, não eram em nenhum parque de diversões, mas todas as noites, eles se encontravam ali, em frente a tela do computador. Luana trabalhava no escritório de contabilidade, chegava em casa pontualmente às 18 e 30 horas, ali tomava banho, cuidava dos seus cabelos, passava creme, jantava, tirava um tempo pra ficar um pouco com seu familiares e sistematicamente às 21 horas, estava ali na frente da tela Virgulino e Luana.
Luana apesar dos seus 28 anos, ainda conservava o seu jeito menina de ser, era brincalhona, extrovertida e mesmo sendo algo virtual, a única forma que Virgulino conhecia Luana era através de fotos, mas ao teclar, era como se ele estivesse ali do lado dela, contemplando-a e de repente os sonhos começaram a nascer no coração de ambos.
Todos os dias, tanto Luana, como Virgulino, ficavam ansiosos, querendo que o dia apressasse, para que enfim pudessem se comunicar. Era algo inefável, difícil até de explicar, mas grande era o amor que eles nutriam um pelo outro. Pelo menos é assim que Virgulino imaginava. Uma coisa Virgulino poderia dizer, não tinha como responder por Luana, mas grande era o afeto, o carinho, o amor e a admiração que ele tinha pela jovem Luana.
A distância que separavam era tão grande, apesar do amor que os uniam, Virgulino via o quanto os dois eram diferentes. Virgulino era pacato, introvertido, simples. Luana parecia uma pessoa mais comunicativa, alegre, extrovertida, mimada. Em certos momentos Virgulino imaginava que talvez nunca iriam se conhecer, mas nada disso importava pra ele. O que importava era que naquele exato momento, em algum lugar desse brasilzão, existia alguém do outro lado da tela que se importava com ele, queria saber como ele estava, como foi o seu dia, e essas pequenas coisas, para Virgulino era tudo.
Durante exatos cinco anos, Virgulino tinha como sagrado o horário das 21 horas, sabia que nesse horário sagrado, alguém estava a esperar para desfrutar da sua companhia. E ele amava a presença encantadora da Luana, que a partir do momento que se encontravam, eram risos e mais risos, brincadeiras, até quando menos esperava, chegava 23 horas e Luana ja estava preparada para ir naná, pegar a sua caminha, para ir trabalhar o outro dia.
Virgulino amava aqueles momentos, sentia uma pessoa importante, sabia que alguém se importava com ele, só o fato dela nesse exato momento largar tudo para estar ali com ele, não tinha dinheiro que pagava aquela satisfação, que inundava o seu ser. Ele podia não vê-la com os olhos físicos, mas com os olhos da alma, do coração era como se ela todos os dias estivesse ali do lado dele. Podiam estar a quilômetros de distância, mas mentalmente estavam ali, bem juntinhos, e isso para Virgulino não tinha preço.
Apesar da sintônia que existiam entre ambos, algo fazia com que Virgulino temesse que uma dia essa relação pudesse ter fim. No fundo, talvez pela distancia, a verdade é que Luana não confiava totalmente nele, e de vez em quando, sempre aparecia algo que aborrecia Luana, e isso amedrontava, isso fazia com que em algum momento, essa relação tão bonita, que excede o plano fisico, que girava em torno de um certo Platonismo, pudesse ter fim.
Esse dia infelizmente chegou, e Luana sem explicação, sem mais e sem menos, saíra e nunca mais apareceu no site. Aquilo foi como uma facada no peito de Virgulino, e o pior que ele não tinha como recorrer, não tinha como contactar com ela, por que a única forma de contato que eles tinham era o site.
Passados três anos até hoje, Virgulino entra no site na esperança de encontrar com Luana. Todos os dias ele fica na maior empolgação, espera dar 21 horas e entra no site e a partir desse momento, esvai toda esperança e uma tristeza toma conta de Virgulino. A verdade é que mesmo depois de tanto tempo, Virgulino continua esperançoso, na expectativa que um dia sua amada possa ressurgir novamente. Enquanto isso não acontece, todos os santos dias Virgulino segue sua rotina sistematicamente nesse horário. E mesmo nunca tendo a visto, Virgulino traz dentro de si as boas recordações daquele que foi o seu único e verdadeiro amor.