CORONEL VALENTE, FILHO MIMADO PROPOSTA INDECENTE. - Tereza Suzana.

Ainda não fazia um ano e meio de casamento, cabocla muito bonita, corpo de menina, repleta de boas qualidades, sorriso alegre com olhares brilhantes, boca, que boca!...não lhe faltava nada, dentes lindo que mais embelezava aquela face encantadora, lábios vermelhos e sensual. fruto da natureza.

Seu marido Nego Jão, trabalhador do pesado, sujeito de sorte, só tinha olhos para ele, jovem senhora, nem se pode dizer senhora... uns dezenove pra vinte anos, menina mesmo! Motivo para um casamento feliz movido por uma energia jovial. Ficava sozinha enquanto o maridinho saia para o serviço, casal morava bem no topo daquele espigão, a estradinha que servia as fazendas passava ali bem na porta daquela pequena casinha de alvenaria pintada de amarela, janelas e portas feita de madeira bruta lapidada retirada ali daquelas reservas, tudo feito a mão nos caprichos deste caboclo, nem tranca se preocupava, neste lugar ermo quase não passava ninguém, nem se preocupou com os espaços entre uma tábua e outra no batente destas portas e janelas, que mal protegia dos ventos frios que assolava nestas direções.

No claro do dia a luz penetrava por todos os cantos desta humilde casinha, singela moradia, mais muito acolhedora, sua vizinha mais próxima ficava bem ali á uns quatrocentos metros, a única que tinha para prosear e contar as novidades do dia, já que devido esta solidão ainda existia pouco assunto.

Suzana havia levado o bando de gansos para se banhar no lago onde tinha uma cachoeira, quando acabou de chegar já estava dentro de casa quando percebeu que o cachorro estava latindo muito, abriu a porta para conferir que o animal estava tão afoito e logo deu de cara com um moço montado em um belo cavalo puro sangue, de chapéu de cor cinza parecido com feltro e trajava uma roupa assim um pouco elegante, calça azul marinho de linho, botinas pretas bem brilhosas, camisa xadrez e um lenço amarrado no pescoço, rapaz de estatura grande cabelos bem peteados e de barbas fechada, pouco crecida, bem negras, parecia até que meia azulada, pessoa muito elegante, se apresentou com o nome de Guerino filho do Coronel Quaresma.

- Bom dia!!.. a senhora é mesmo dona Suzana, esposa de Nego Jão?
- Como o senhor disse, esposa de Nego Jão sim sinhô, desculpe, mais ele não está pros momentos, senhor pode voltar lá pelas quatro horas da tarde?
- A senhora não se avexe, a minha vinda aqui é rápida, tenho um recado pro Nego Jão, é de meu pai, coronel Quaresma, mas vamos por parte, depois a gente cuida deste assunto é que no momento estou precisando que a senhora me faça um favor, me arrume um balde de água para eu dar para meu cavalo, o bicho tá até que salivando de sede, pode fazer este favor pra eu?
- Olhe seu coronelzinho Guerino, o senhor não se preocupe com a sede do seu cavalo, pode levar ali no reservatório bebedouro dos animais, lá tem água pra servir uma tropa inteira.
- Muito agradecido, quer dizer, muito agradecido deveria dizer meu cavalo que tá morrendo de sede.
Guerino apeou do cavalo e puxando pela na rédea dirigiu-se até uns dez metros ao enorme tanque enquanto que dona Suzana o acompanhava.

O coronelzinho foi pregando os olhos naquele corpão bonito de Suzana, ele está gostando daquilo que está vendo, mulher cheia de formosura, mas fruto proibido. Ela de vestidinho de xita, simples e transparente, quase não tampava nada e este rapaz aproveitou para come-la com os olhares. Enquanto o cavalo bebia água este rapaz espiava Suzana com desejos em pensamento pecaminoso, Suzane até que percebia aqueles olhos penetrante do coronelzinho, ficava inquieta com aquelas atitudes imprópria do rapaz que sabia que era casada e já merecia respeito.
O animal se fartou de tanta água, matou a sede, em seguida chacoalhou o corpo que quase derrubou os arreios, arreganhou os dentes, emitiu um pequeno relincho de satisfação de ter bebido aquela água saborosa e em seguida urinou em abundância, enquanto não se sabe onde aquele animal guardava aquele enorme pinto, Suzane olhando arregalou os olhos e exclamou. Dizendo ao Coronelzinho:

- Grande!!!... este seu cavalo é muito bonito.. Veja!!!
- Desculpe ai o incomodo Suzane eu não previa tais atitude deste cavalo.
- Não se preocupe não coronelzinho, os bichos são inocentes, não sabe nada das maldades humanas.
- É que este cavalo é inteiro, e estes modo assim tão assanhado ele sempre faz.
- Que é Inteiro... cavalo inteiro? – Perguntou Suzana em tom de curiosidade.
- Cavalo inteiro é que não lhe falta nada em seu corpo, quer dizer que ainda não foi castrado...
- Castrado quer dizer capado.. é??
- É... eu e meu pai já tá preparando para cortar este saco dele, a faca já tá bem afiada, só tamos aguardando o momento certo, ele vai ver só se pode ficar ai mostrando esta coisa feia para estas mulher casadas e recatadas.
- Não coronelzinho!!... não...Não faça isso com o cavalinho... tadinho, deixa ele inteiro mesmo, assim ele é até mais bonito...
- Tá bom, tá bom... então vou atender seu pedido, você salvou um pedaço muito precioso que compões o corpo deste meu cavalo...
- Agora seu coronelzinho, agora que este animal bebeu quase toda a água do meu tanque e já guardou a estrovenga diga logo o que você quer com meu marido ou é melhor que você amonte nele e pegue o caminho de volta, porque se meu marido pegar nós conversando assim tão a vontade certeza que quem vai sair daqui capado é o senhor coronelzinho Guerino.

Quando ela disse que seu marido o caparia se visse os dois assim tão a vontade, Guerino fez um gesto assim de arrepio, apertando a mão nos culhões como estivesse sentindo dor ali nestas partes que incluía a matula compondo seu pinto e os testículos, dona Suzana abriu um sorriso assim de gracejo e perguntou para aquele homenzarrão, no momento assustado:

-Uai!...que foi que aconteceu? Coronelzinho, parasse que você ficou amarelado, tu tá com medo?... seu sujeitinho...O rapaz respondeu meio precavido, quase atropelando as palavras:
- Não!... é que quando fala em cortar algo com facas afiadas me causa muito incomodo...me dá um arrepio, ainda mais quando se trata de decepar estas minhas coisas tão mimosas que eu me orgulho tanto de possuir aqui dentro de minhas calças... me corre um gelo no corpo inteiro, não fala isso não dona Suzana, eu passo mau...
- Vocês homens são mesmos todos safados mesmo,não é...? quando se trata de cortar o do cavalo vocês não sente nada, mas se é para cortar o de vocês ai passa mal... se avergonhe .. sô..

- É assim a nossa natureza de homem... tem que ter paciência com nós.

- Deixa de tro-ló-ló e diga logo que você quer e pica a mula.
- É sobre uma divida que seu marido Nego Jão tem com meu pai coronel Quaresma, ele me mandou aqui para que eu cobrasse este dinheiro, se ele não tá no momento é melhor eu voltar outra hora.
Coronelzinho, pulou no lombo do alazão, se ajeito a forquilha das perna no arreio e disse despreocupadamente, com a voz um pouco baixa, pensando em perdoar esta divida, a final o que é estes poucos dinheiros para quem possui milhares em contas em vários bancos deste país..
- Ah sim!!!.. foi um dinheiro que ele pediu como empréstimo no plantio do ano passado. E quanto é o valor mesmo coronelzinho?
- É só R$ - 55.000,00 disse o coronelzinho com expressão de como não é nada, que a quantia é pouca.
- Vou passá o recado a ele, mas acho que ele não tem esse dinheiro agora... a colheita este ano fracassou, só se ele vender aquelas porcadas de raça, juntando mais um pouco de um dinheirinho, mas a maioria destas posses me pertence, e mais que ele tem guardado ai talvez ele arrecada este dinheiro.
- Não se preocupe não dona Suzana, disse o coronelzinho Guerino com o sentimentos de compaixão - depois a gente resolve este assunto... com calma nós chegamos em um acordo.
Tocou com o calcanhar no sovaco do cavalo, apertou o chapéu na cabeça. Disse isso já com vontade de voltar outras vezes, bateu com a mão aberta na garupa deste animal, este potro valente levantou as duas patas dianteira e mais que depressa bateu em retirada. Guerino enquanto cavalgava por estrada á fora em pensamento curtia aquela decepção por não ter concluído aqueles desejos, a partir daí surgiu uma cobiça muito grande pela a tão formosa cabocla Tereza Suzana, ele só pensava nesto.
Quando Guerino chegou a casa seu pai coronel Quaresma estava na varanda da casa grande da fazenda, e assim observava seu filho retirar do seu cavalo os apetrechos de montaria, Seu Quaresma percebeu algo estranho em seu filho, notava-se que ele tava chorando baixinho, coronel pai só via e tentava descobrir qual é o motivo deste choro, der repente o som dos resmungue de seu filho aumentou de altura, agora já ficou escândalo em berros, parecia coisa fora de idade. O velho Coronel desceu a escada da varanda e deslocou se até o lugar onde seu filho tava e foi perguntar o que ouve, qual é o motivo de tanto choro. O rapaz soluçava enquanto reclamava de sua impossibilidade de não concluir tudo aquilo que desejava com a cabocla Tereza Suzana, indignado com a mão fechada e com o punho dava soco contra a tábua do curral. Pai Coronel aproximou do filho, com muita preocupação perguntou o que se passava para tanta indignação e frustração.
- Que é isso rapaz, que está acontecendo meu filho? esse desespero todo vem de onde?
É... meu pai, foi aquela mulher, esposa de Nego Jão que me deixou assim, tô sofrendo uma raiva tremendo porque eu queria por porque queria ficar com ela, ... é uma mulher muito bonita cheia de formosura... a verdade é que eu fiquei encantado com aquele corpo lindo, eu só pensava em pega – la mas não foi possível, recusou minha conversas, até disse que se o marido dela, Nego Jão soubesse que eu estava fazendo gracinha, Nego Jão me caparia no ato. Fiquei com muita raiva disso meu pai. Eu quero aquela mulher pra mim, ném que for pra matar Nego Jão e me casar com esta viúva mais formosa do mundo.
- Pai... o senhor que foi tão conquistador, já comeu tantas mulheres na sua vida, nem dá pra contar, me ajuda a resolver este problema, eu quero ficar com Tereza Suzana nem que for um dia, nem que for uma noite.
- Tá bom filho, tá bom!!! Pode contar comigo, porque eu vou te ajudar, não se esqueça que com meu dinheiro já comprei tudo que quis, mas, porem eu vou tomar alguns procedimentos que você pode até se assustar, de início vou de consultar para ter certeza que você vai me dar uma resposta satisfatória, e tudo vai correr como eu quero, fique ai de braços aberto na horizontal.
- Que vai fazer comigo, o senhor está desatando minha cinta, parece que o senhor vai baixar minhas calças?

Coronel Quaresma aproximado de seu filho, começou a desnuda-lo, rapagão aí lá de uns vinte anos. As calças e as cuecas ficaram lá amontoado no botina, Coronel Quaresma ficou admirado com a saúde sexual deste jovem seu filho, pegou na mão o pinto de seu filho, verificou seu testículos, apertou nos dedos, viu que está tudo certo.

- Quieto ai com este seu bicho rapaz, me respeite, quando você era pequeno já lhe dei muitos banhos, eita!... Filhão machão que eu tenho... tô orgulhoso com você, sossegue este pinto aí, você parece que gostou é?...em... eu sou seu pai e estou com uma intenção de te ajudar, não foi isso que você me pediu?.. Olhe eu vejo que você meu filho é perfeito, não tem nenhum defeito, nem se quer uma pequena fimose, seu pinto regaça com facilidade, tá no ponto de enfiar isto nesta mulherada que estão por aí, elas finge que não quer, mas quer, elas gosta. Agora guarde isso ai. Que vou fazer um jogo muito interessante, você eu, Tereza Suzana e Nego Jão...

- Será que vai dar certo pai?
-Lógico!!! Eu não disse que com meu dinheiro compro tudo, e isso é o que eu mais tenho. Preste atenção que vou por em prática este meus planos. Primeiro, o que você foi fazer lá na casa dela que eu te mandei?
- Foi para que eu cobrasse aquela dívida de R$-55.000,00.
- Vou fazer um jogo... uma proposta á Nego Jão, neste jogo quem vai ganhar? É você meu filho!!! Agora eu quero que você providencie um menino de recado e mande que vá até a casa de Nego Jão, manda dizer que vou negociar aquela dívida, conforme os acordos eu posso até perdoar esta conta, mande logo esse menino, que vá á galope, quero estas decisão rápida, mais que urgente.

No outro dia lá pelas quatro horas da tarde, coronel Quaresma ainda tava dormindo aquele soninho da tarde, ele tava sozinho, o povo da casa havia saído para algumas visitas nas imediações. Só ficaram as moças que servia as visitas e se seu Quaresma. Bateram palma em frente a casa grande, chamou umas duas ou três vezes.

- Tem gente ai... seu coronel, me responde por favor. Disse Nego Jão em voz alta, insistiu ... repetiu até que alguém abriu a janela, era o coronel. Se achegue seu moço, sente ai na varanda que logo vou ai...aguarde só um minutinho. Disse o coronel esfregando os olhos e tentando ajeitar os cabelos com a mão ainda meio sonolento.

Daí alguns minutos já previsto, Coronel Quaresma surgiu de um longo corredor que dava entrada e saída da porta da frente, trouxe com ele um rolo de fumo de cordas daqueles bem forte e um cigarro de palha já pronto enrolado e preso nos lábios, fumava soltando grandes baforadas – disse com o jeito que a prosa vai ser longa: Tome ai e experimente deste fumo, comprei estes dias na venda do vilarejo... Enquanto se cumprimentaram em seguida engataram em uma prosa que parecia não acabar de tão longa, contaram histórias já vividas á anos, tempos que conduziam boiadas, vendendo e comprando gado por estes sertões de meu país. O pai de Nego Jão foi o mais fiel companheiro de coronel quaresma nos tempos que já passou, Nego Jão ainda menino quando também viajava na frente do arreio assim quando a viaje era mais curta e coronel quaresma conduzia estas boiadas por estes sertões.
Para fechar a prosa mandou as moças da cozinha que servisse um café com leite e uns bolos de milhos, comeram estes quitutes e em seguida Coronel se levantou e pediu para o companheiro o acompanhasse até alguns quarenta passo ali por perto, pararam ali na sombra da velha figueira, coronel retirou da cabeça seu chapéu com uma mão apertou no peito como um sinal de atenção, apoiou a mão esquerda no ombro de seu amigo Jão, olhando face a face a seu companheiro disse com voz firme e exigindo que o mesmo prestasse atenção na proposta que o coronel faria para Nego Jão.

-Seu coronel, a tarde já vai indo embora e o senhor ainda não desatou esta conversa, estamos aqui para resolver esta pendenga, esta divida, se abra logo que eu preciso ir embora, deixei minha esposinha sozinha e estas noites são perigosas pro estes lados, sabe como é né, um lindeza desta que eu tenho assim sozinha, corre risco com estes mau intencionados, solta logo esta conversa, diz o que quer... vamos lá.

- Nego Jão, quando existe grandes amizades e companheirismo por tanto tempo entre nossas famílias, também deve existir bastante fidelidade, amigos uns se ajuda o outro, você tá com um grande problema com esta divida comigo e eu estou pretendendo ajudar, pois não vou deixar este meu amigo em apuros, você precisa de minha ajuda e eu também preciso de tua ajuda, vamos retribuir nossos favores. Quero que você me socorre neste meu grande problema.

- Então pode dizer, se caso for de meu alcance a gente se resolve, e por que não pode ser? diga lá Coronel quaresma. Disse Jão cheio de vontade de socorrer este amigo que se dizia perdoar a divida, mas nem sabia de que se tratava, esta troca deste favor. Ainda de mão no ombro do amigo o coronel Quaresma foi relatando com palavras bem compassada e esclarecedora todo o motivo de lhe trazer até aqui.

- Nego Jão meu grande amigo, se trata de meu filho Guerino, meu filho Guerino nesta manhã quando passou pela sua casa, no momento que lhe mandei cobrar esta dívida.

- Sim Suzana me disse, me passou o recado e já foi esclarecido que no momento não tenho este dinheiro. Disse com poucas palavras a seu amigo Coronel.

- É por ai que eu quero levar esta nosso conversa ... ele é um rapaz muito jovem ainda, tá ai com todas as funções de macho funcionando com muita força, foi dai que ele cresceu os olhos pela sua mulher Tereza Suzana.

Nego Jão enrugou a testa, esbugalhou os olhos e demostrou uma face de fúria enraivecido e disse com palavras cheias de ódios:

- Olhe Coronel que eu não tô gostando nada desta prosa, minha mulher e de muito respeito, uma santa de esposa, não admito estas safadeza com ela.
- Calma ai companheiro que eu acabo logo com esta conversa. disse o coronel tentando amansar Nego Jão.

- Ficou muito encantado com aquela sua belezura criatura e agora só pensa em a possui-la. O rapaz passa horas arretado por estes cantos da fazenda, chorando que nem uma criança que viu um brinquedo na vitrina e não pode comprar, pensei nesta divida em troca de satisfazer as vontades deste meu rapaz, ai vicê não fica devendo mais nada, a gente apaga tudo, você concordando aí não me deve mais nada, tá me compreendendo amigo Jão?

- Então ele que vá procurar este brinquedo pra outras bandas, porque em minha mulher ninguém bole, não há dinheiro que pague esta infidelidade, eu mato um fio de uma égua que ficar arodeando minha casa tentando algo com minha esposinha. Terminou a frase dita febril de raiva e disse que c$-55.000,00 não paga esta fidelidade.
Levando as mãos na garganta do velho coronel, Nego Jão pronto para esganar este senhor disse com a voz tremula:

- Agora eu vou te matar velho sujo, você vai com estes seus problemas pra longe de mim, não se preocupe que eu vou pagar esta sua conta, no momento não tenho este dinheiro, mas vou arrumar e te pagar, levanto esta quantia logo, logo sem precisar vender minha mulher para nenhum moleque mimado vadiar e o senhor diga a ele que eu não quero vê-lo na minha frente, se não eu mato.

Coronel Quaresma sentiu as mãos de Nego Jão prender sua garganta a ponto de perder o folego e alertou Nego Jão que tirasse as mão dele que se não seria um homem morto.

-Nós estamos arrodeado de meus capangas, minha jagunçada tão todos por ai, escondidos nestes matos é só eu dá um sinal eles te trucida, pica de bala em segundos, escuta que eu digo que é melhor pra nós dois.

Nego Jão tirou as mão do pescoço do coronel e esfriou um pouco desta cólera e passou escutar com mais atenção o velho Quaresma.

- Ele quer por toda a maneira possuir sua mulher, quer por tudo nesta vida ter um caso com ela, nem que seja por um dia só perdido para sempre na história, vejo que ele sofre muito com esta necessidades de homem, aí foi pensando nisto e me pus a barganhar nossas problema, eu perdoarei a sua divida em troca de você deixa Suzana ficar com ele nem que seja um dia e uma noite.

Nego Jão em estado de muito nervoso, colérico, ficou muito indignado com a proposta do Coronel Quaresma, pensava muito, analisava bastante a proposta de seu amigo agora opositor que só para satisfazer o gosto do filho pretendia comprar com seu rico dinheiro uma aventura com seu filho e a esposa de seu velho amigo Nego Jão.

- Eu sei o que você está pensando, você acha pouco esta quantia em dinheiro, perdoar esta dívida, somente isso.... acho que você tem razão, vou aumentar esta oferta que é para você aceitar e calar a boca, preste atenção Jão, você vai ficar rico para sempre, vai poder tocar esta sua lavoura com mais tranquilidade, viverá uma vida confortável para toda a sua vida.

- Coronel Quaresma, tu tá querendo me abusar com este seu dinheiro e veja só quem tá em jogo, minha santa esposinha que sempre me foi fiel, nunca me traiu, nós sempre vivemos um para o outro, ela se casou virgem, nunca conheceu outro homem, agora eu entregar la para outro homem, isso é muito difícil de aceitar e ainda mais, este dinheirada toda me querendo virar a cabeça, não sei não... qual é o reforço da proposta?

Coronel levantou a cabeça para os altos, se abanou com o chapéu, limpou a garganta, coçou os ovos, levantou a calça até o umbigo, assoviou um pouco... Jão apressou a decisão do velho, e exigiu que jogasse as cartas a mesa.

- Diga logo velho boiadeiro coronel Quaresma, tu que foi tão amigo de meu velho pai nas aventuras pelos sertões, rei dos prostíbulo, diga logo seu cabra da peste, querendo que eu entregue minha mulherzinha pra seu filho vadiar... pensa bem com esta sua proposta... que eu já vou pegar meu cavalo e ir me embora.

- Vou perdoar sua divida, vou lhe ofertar mais um milhão em dinheiro espécie e mais uma colhedeira NEW HOLLAND, a melhor que existe no mercado, novinha tirada da fábrica agora pouco, isso só por um dia e uma noite de meu filho com sua esposinha.

Nego Jão pensou, pensou, analisou as consequências que isso poderia surgir a partir daí, Tereza ficar conhecendo coisa diferente, pode virar a cabeça... respondeu ainda indeciso:

- Sei não Coronel...eu estava pensando que as minhas terras  são de poucas poucas extenções, essa máquina não seria de grande necessidade... colhedeira é pra muitos alqueires, minhas terras nã chega a isso....,  se incluir nesta troca mais aquela fazendinha que fica lá do outro lada da várzea... ai eu acho que eu topo a parada, mas só incluindo a fazendinha do outro lado da várzea... diga logo se concorda, antes que eu desisto de toda esta barganha... vamos coronel, não rateie...

Coronel pensou, pensou e bateu com a mão fechada no peito, silenciou por alguns minutos depois segurou a aba do chapéu e impulsionou para frente, atirou o chapéu bem para os autos, deu uma enorme gargalhada e disse com uma risada bem longa e com ar de bom humor:

- Eu estou ficando velho, estou ficando velho e bobão, muito bobão, gastar uma grande dinheirada desta só em troca daquela jóia que só Suzana esposinha de meu amigo Jão possui,  um pedacinho de uma carne rachada, mas muito desejada que fica lá debaixo da saia de TEREZA SUZANA.

- Peço que não trate este assunto como uma piada de circo, isso está custando a minha honra e meu orgulho de homem, Disse Nego Jão frustrado por não suportar a proposta irrecusável do velho coronel só lhe restou a chance de xingar e mau dizer deste velho de nome Quaresma disse:-

Fala pouco ai. velho surrupiador de galinhas, assaltante de poleiros, saruê sugador de sangue de ave. filho de uma puta rampeira. você ganhou esta.

- Meu filho é um cara de sorte, eu que queria estar no lugar dele... mas já estou velho, já gozei muito disso, comi muito desta fruta, agora o que me resta mesmo é a morte e não tô muito longe disso ... não...Mas na verdade não sou eu que estou ganhando esta barganha, esse dinheiro e terras em propriedade seria dele, ele que está bancando tudo isso, pois isso faz parte da herança que lhe caberia em divisão de bens, ele é filho único.

Nego Jão ficou com a parte que seria do Coronelzinho em troca de uma noite de amor com sua santa esposinha, que sempre lhe foi fiel e agora estará servindo de objeto de desejo sexual do filho mimado do coronel Quaresma, TEREZA SUZANA estará por um dia e uma noite satisfazendo os caprichos do GUERINO; o coronelzinho.
Nego Jão selou este compromisso afirma em documento em cartório e assim tudo se confirmou:

- ... Quero tudo assinado em escrituras em cartório, com uma cláusula no contrato em letras maiúsculas tarjada e bem esclarecedora:

- Eu consinto este ato sexual com a minha mulher TEREZA SUZANA, em preço destes valores.  Caso o Coronelzinho brochar, ou qualquer mau súbito, mesmo assim será pago o combinado eu não tenho nada com isso, tá valendo a proposta, azar dele...                                                       Assinado Coronel  Quaresma - Assinado Nego João.


Antonio Herrero Portilho/22/de julho de 2016. 05:54 horas










 

Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 22/07/2016
Reeditado em 15/09/2022
Código do texto: T5705294
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