PRIMEIRO AMOR
"Meu primeiro amor
Foi como uma flor
Que desabrochou e logo morreu..."
Fora seu amor desde a infância e, diga-se de passagem, amor à primeira vista. Foi bater os olhos e dizer: ele é o amor da minha vida, pra toda a vida. Era grande a paixão! Passou a infância, perpassou a adolescência... Sonhava com o primeiro beijo, esperava que ele um dia a notasse, que viesse a declarar o seu amor por ela. Foram poucos os contatos, mais de vista. Estudaram inicialmente na mesma escola, salas diferentes, depois em escolas diferentes, se reencontraram novamente em outra escola, horários diferentes... E assim ela ia vivendo de sonhos e esperanças, sonho em namorá-lo um dia, esperança de vê-lo por algumas vezes. Encantava-se com seus olhos (um olhar maroto!), seu jeito de andar, seu sorriso de canto de boca, sua boca, sua voz que tão pouco ouvia. Amava quando a chamava de baixinha (era assim que ele a tratava), era quase minha pequena e isso lembrava-lhe as canções de Roberto Carlos. Quanto romantismo e carinho percebia naquela palavra e ele nem desconfiava. Não a notava. O tempo passou, ela o viu nos seus namoricos e “namorões” também, moças mais velhas que ela, porque ele também o era. Suas esperanças em tê-lo para si quase sucumbiram, mas seus sonhos eram maiores, tanto quanto o seu amor e isso as fazia ressurgir. Teve seu primeiro namorinho, não era ele. Foi bom de momento, depois passou a não ter sentido, todos os seus sentidos se centravam nele e somente nele, ainda o amava, era a sua boca que ela desejava, seu beijo, tal sonhado beijo.
Carlos o seu nome, o chamavam de Didico, era doce para ela, em silêncio o repetia: Di di co... Amor quase impossível, seu nome em seus lábios quase um segredo... Só a sua melhor amiga sabia que o amava, perdidamente o amava... Didico...
Do seu primeiro namorado para ele foi um pulo. Terminou o namoro, o queria, não era capaz de esquecê-lo, ele era o seu sonho maior. Alguns contatos dele com uma outra amiga, pois agora já não era mais segredo. Depois de tantos anos o escondendo em seu coração, precisava colocar para fora. Ele estava só, era a sua chance. Bastou uma frase da amiga para ele, nem lembra mais qual foi, e estava aberta a sua chance, a sorte fora lançada. Em poucos dias o encontra com um amigo, um papo descontraído, nada de anormal, nem esperava e na saída o primeiro beijo. O mundo rodou, não sabia se era sonho ou realidade... Era realidade e ela durou por meses... O amava cada vez mais. Mas algumas realidades chegam a ser cruéis e o que ela ouvia por outras bocas era uma realidade dura demais para uma jovem e quase inaceitável, se não fosse o seu amor.
Ele era usuário de drogas, nem parecia, nunca lhe oferecera nada, suas conversas eram normais, era amável, educado, mas para a sociedade um maconheiro. E ela temia... Temia que o seu amor a estivesse deixando cega. Nunca usaria drogas, tinha convicção, assim como também não o queria assim. Seus sonhos eram altos demais e esperava que fosse uma fase, que ele um dia iria atravessar. Nunca tocou no assunto com ele, fingia não saber, acreditava que o amor seria capaz de tirá-lo dessa vida. Esperou, esperou resultados. Estava atenta aos comentários, se ele havia melhorado. Nesse meio tempo o destino os separou, agora cidades diferentes. O seu amor, no entanto, era maior que a distância, maior que tudo. Só que a realidade se agigantara, ele não mudara de vida. Foi realista também. Criou coragem para sufocar esse amor, não dava mais, que futuro teria? Foi em frente, outro namorinho. Até o dia em que se reencontraram.
Era uma noite de carnaval e ele a indagara qual o motivo do seu afastamento. Ela sutilmente mostrou-lhe suas dificuldades, o fato de seus pais a pressionarem a pôr um fim nesse romance. Seus olhares cruzaram-se, congelaram por um instante, ela quis mudar a direção, mas ele delicadamente pegou no seu queijo e a faz olhar nos seus olhos, profundos... doces...e marejados... Então a última pergunta foi feita: Só por causa dessa maldita droga? Sim! Respondera. Não dá mais... No silêncio o adeus... E assim terminara sua breve e interrompida história de amor. Dessa noite em diante, poucas notícias dele, não muito boas e o tempo e a distância se encarregou de varrê-lo da sua vida. Mesmo que o amor ainda exista, mesmo assim... Seu primeiro amor...
"...É porque bem sei...
Quem eu tanto amei
Não verei
jamais..."
"Meu primeiro amor
Foi como uma flor
Que desabrochou e logo morreu..."
Fora seu amor desde a infância e, diga-se de passagem, amor à primeira vista. Foi bater os olhos e dizer: ele é o amor da minha vida, pra toda a vida. Era grande a paixão! Passou a infância, perpassou a adolescência... Sonhava com o primeiro beijo, esperava que ele um dia a notasse, que viesse a declarar o seu amor por ela. Foram poucos os contatos, mais de vista. Estudaram inicialmente na mesma escola, salas diferentes, depois em escolas diferentes, se reencontraram novamente em outra escola, horários diferentes... E assim ela ia vivendo de sonhos e esperanças, sonho em namorá-lo um dia, esperança de vê-lo por algumas vezes. Encantava-se com seus olhos (um olhar maroto!), seu jeito de andar, seu sorriso de canto de boca, sua boca, sua voz que tão pouco ouvia. Amava quando a chamava de baixinha (era assim que ele a tratava), era quase minha pequena e isso lembrava-lhe as canções de Roberto Carlos. Quanto romantismo e carinho percebia naquela palavra e ele nem desconfiava. Não a notava. O tempo passou, ela o viu nos seus namoricos e “namorões” também, moças mais velhas que ela, porque ele também o era. Suas esperanças em tê-lo para si quase sucumbiram, mas seus sonhos eram maiores, tanto quanto o seu amor e isso as fazia ressurgir. Teve seu primeiro namorinho, não era ele. Foi bom de momento, depois passou a não ter sentido, todos os seus sentidos se centravam nele e somente nele, ainda o amava, era a sua boca que ela desejava, seu beijo, tal sonhado beijo.
Carlos o seu nome, o chamavam de Didico, era doce para ela, em silêncio o repetia: Di di co... Amor quase impossível, seu nome em seus lábios quase um segredo... Só a sua melhor amiga sabia que o amava, perdidamente o amava... Didico...
Do seu primeiro namorado para ele foi um pulo. Terminou o namoro, o queria, não era capaz de esquecê-lo, ele era o seu sonho maior. Alguns contatos dele com uma outra amiga, pois agora já não era mais segredo. Depois de tantos anos o escondendo em seu coração, precisava colocar para fora. Ele estava só, era a sua chance. Bastou uma frase da amiga para ele, nem lembra mais qual foi, e estava aberta a sua chance, a sorte fora lançada. Em poucos dias o encontra com um amigo, um papo descontraído, nada de anormal, nem esperava e na saída o primeiro beijo. O mundo rodou, não sabia se era sonho ou realidade... Era realidade e ela durou por meses... O amava cada vez mais. Mas algumas realidades chegam a ser cruéis e o que ela ouvia por outras bocas era uma realidade dura demais para uma jovem e quase inaceitável, se não fosse o seu amor.
Ele era usuário de drogas, nem parecia, nunca lhe oferecera nada, suas conversas eram normais, era amável, educado, mas para a sociedade um maconheiro. E ela temia... Temia que o seu amor a estivesse deixando cega. Nunca usaria drogas, tinha convicção, assim como também não o queria assim. Seus sonhos eram altos demais e esperava que fosse uma fase, que ele um dia iria atravessar. Nunca tocou no assunto com ele, fingia não saber, acreditava que o amor seria capaz de tirá-lo dessa vida. Esperou, esperou resultados. Estava atenta aos comentários, se ele havia melhorado. Nesse meio tempo o destino os separou, agora cidades diferentes. O seu amor, no entanto, era maior que a distância, maior que tudo. Só que a realidade se agigantara, ele não mudara de vida. Foi realista também. Criou coragem para sufocar esse amor, não dava mais, que futuro teria? Foi em frente, outro namorinho. Até o dia em que se reencontraram.
Era uma noite de carnaval e ele a indagara qual o motivo do seu afastamento. Ela sutilmente mostrou-lhe suas dificuldades, o fato de seus pais a pressionarem a pôr um fim nesse romance. Seus olhares cruzaram-se, congelaram por um instante, ela quis mudar a direção, mas ele delicadamente pegou no seu queijo e a faz olhar nos seus olhos, profundos... doces...e marejados... Então a última pergunta foi feita: Só por causa dessa maldita droga? Sim! Respondera. Não dá mais... No silêncio o adeus... E assim terminara sua breve e interrompida história de amor. Dessa noite em diante, poucas notícias dele, não muito boas e o tempo e a distância se encarregou de varrê-lo da sua vida. Mesmo que o amor ainda exista, mesmo assim... Seu primeiro amor...
"...É porque bem sei...
Quem eu tanto amei
Não verei
jamais..."