[relato de um grande amor]

- Você começou a deixar um espaço que, aos poucos, eu procurei alguma forma de preencher!

-> Eu nunca deixei espaço algum! Eu sempre estive aqui...

- Eu sei que sempre esteve, mas você SE FEZ ESTAR.

-> Eu sei. Eu tenho medo, você sabe...

- Eu sei.

-> Isso é um adeus?

- Não. Isso é um "seu medo de perde-me de uma vez, faz com que você me perca aos poucos."

-> O quê eu faço?

- Fique. Se faça presente...

-> E o meu medo?

- Deixe comigo! Vou escondê-lo em um lugar onde ninguém mais achará...

-> Nem você?

- Nem eu!

Eles se abraçaram. Por alguns pequenos instantes, tudo parecia estar bem. Ele tinha os olhos quase verdes. Ele tinha a boca quase vermelha. Ambos pareciam feitos um para o outro, não a diferença de idade que o fazia parecer ter nascido para ele.